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21/04/2006 - 15h29

Presidente do Conselho de Ética vê dificuldades para "CPI do Armagedon"

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online, na Ilha de Comandatuba (BA)

O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Ricardo Izar (PTB-SP), disse hoje que vê dificuldades na realização de uma nova CPI para investigar as relações entre o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e a família do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já apelidada de "CPI do Armagedon" (local em que, segundo os cristãos, começará o fim do mundo).

"Eu acho muito difícil. Nós vamos trabalhar até junho. Temos mais dois meses, e algumas CPIs nem terminaram. A [própria] CPI dos Bingos está cada vez mais fraca", disse ele, que participa do 5º Fórum Empresarial, na Bahia.

"Nós vamos ter no segundo semestre, a partir de junho, um recesso branco [com apenas duas ou três votações por semana]", acrescentou.

O deputado também admitiu dificuldades para a aprovação da emenda constitucional que prevê a extinção do voto secreto nas votações da Câmara e do Senado. Na quarta-feira, uma frente de parlamentares pressionou o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), a colocar em pauta a proposta ainda neste mês.

"Eu acho difícil [a aprovação], mas nós vamos lutar por isso. Na hora em que nós formos votar [a matéria], o voto vai ser aberto e o eleitor vai poder ver quem defende o voto secreto ou aberto", disse ele.

O deputado, no entanto, acha que o voto secreto deve ser mantido no caso de votações sobre vetos governamentais, o que evitaria que alguns parlamentares decidissem sob temor de represálias.

Processos no Conselho

Izar afirmou que os três processos restantes sobre o escândalo do mensalão no Conselho devem ser concluídos até maio. Ele também afirmou que os deputados que substituíram os parlamentares que renunciaram à vaga devem permanecer até o fim dos trabalhos.

Ele também comentou as absolvições no plenário da Casa que contrariaram a orientação pela cassação dos mandatos decidida no Conselho.

"O importante é o que o Conselho de Ética está cumprindo a sua obrigação. Está mostrando ao Brasil o que está acontecendo", disse ele.

"O procurador-geral [Antonio Fernando de Souza] indiciou determinados parlamentares que foram condenados no Conselho e absolvidos no plenário, incluindo provas, oitivas e testemunhos feitos no Conselho", acrescentou.

O repórter viajou à convite da organização do Fórum Empresarial

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