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27/04/2006 - 16h23

Palocci sai da Polícia Civil indiciado em quatro crimes

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) saiu indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, formação de quadrilha e peculato (corrupção) do depoimento para a Polícia Civil. Ele foi ouvido hoje na Corregedoria da Polícia Civil, em Brasília, sobre o suposto esquema de corrupção envolvendo as empresas de varrição contratadas em Ribeirão Preto (SP) quando era prefeito da cidade.

O depoimento, que começou de manhã, foi acompanhado pelo promotor Daniel de Angelis. O delegado de Ribeirão Preto, Benedito Valencise, que preside o inquérito, não pôde comparecer ao depoimento, mas enviou uma carta precatória com as perguntas que deveriam ser feitas ao ex-ministro.

O ex-ministro negou ter conhecimento das irregularidades e dos contratos.

Palocci não foi ouvido anteriormente nas investigações da Polícia Civil porque tinha foro privilegiado devido ao status de ministro. Ele perdeu o privilégio ao pedir afastamento do cargo após envolvimento com o escândalo da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

O ex-ministro já foi indiciado na Polícia Federal por quatro crimes: quebra de sigilo bancário e funcional, prevaricação e denunciação caluniosa. Para a PF, Palocci é o mandante da ordem de quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que acusou o ex-ministro de freqüentar uma casa em Brasília usada para encontro de lobistas e festas com garotas de programa.

A Polícia Civil pretende indiciar outros suspeitos de envolvimento no esquema. O número de indiciados no inquérito deve chegar a "oito ou dez", segundo Valencise.

A única indiciada, até o momento, foi a engenheira Luciana Muscelli Alecrim, ex-diretora técnica do Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto).

Segundo as investigações, Palocci e os demais suspeitos teriam desviado recursos públicos para repassar à empresa de varrição Leão Leão e ao PT, o que configuraria crime de peculato.

Eles também são suspeitos de falsidade ideológica, por terem supostamente expedido documentos comprovando saídas de dinheiro com serviços de varrição que na verdade nunca ocorreram. Como o mesmo grupo de pessoas aliou-se para cometer os crimes ao longo dos anos, estaria configurada a formação de quadrilha.

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