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03/05/2006 - 11h37

Câmara pode absolver hoje 10º mensaleiro

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RANIER BRAGON
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Câmara pode absolver hoje o décimo deputado acusado de envolvimento com o mensalão. Pode abrir caminho ainda para que o décimo-primeiro também não perca o mandato.

Pela manhã, o Conselho de Ética vota "rachado" o parecer que pede a cassação do mandato de Vadão Gomes (PP-SP). À tarde, o plenário decide se cassa ou não Josias Gomes (PT-BA).

Nos dois casos, a avaliação entre os deputados ouvidos nos últimos dias pela Folha é que há risco de absolvição, principalmente devido à ação do PT e do PP.

Dos 19 deputados acusados de envolvimento com o mensalão, 4 renunciaram, 9 foram absolvidos e apenas 3 foram cassados --Roberto Jefferson (PTB-RJ), José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE). Além de Vadão e Josias, resta só o processo contra José Janene (PP-PR).

Vadão teve a cassação pedida pelo deputado Moroni Torgan (PFL-CE), relator do seu caso. Ele é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões de Marcos Valério.

Em seu relatório, Torgan enumera ligações telefônicas entre o pepista, o empresário e Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT).

O deputado do PP nega que tivesse qualquer relação financeira com Valério ou com Delúbio e diz que nada foi provado contra ele.

A análise encontra respaldo entre integrantes do Conselho de Ética que tendem a votar contra Torgan. Além disso, há o fato de que o PT não havia até ontem indicado integrantes para 2 das 3 vagas que possui no órgão.

A única vaga preenchida pelo PT é a de Angela Guadagnin (SP), que volta ao Conselho depois de ser punida com uma advertência verbal por ter dançado no plenário em comemoração à absolvição de João Magno (PT-MG). Para aprovar o relatório, são necessários 8 dos 15 votos.

Josias

O parecer do conselho tem de ser referendado pelo plenário da Câmara. Nesse estágio está o caso de Josias Gomes, que terá o seu pedido de cassação votado no final da tarde pelo plenário da Casa. Para ocorrer a cassação, é necessário o apoio de pelo menos 257 dos 513 deputados.
Na última votação de cassação, José Mentor (PT-SP) foi absolvido porque faltaram 16 votos para atingir os 257.

Josias é acusado de receber R$ 100 mil de Valério. Ele se defende dizendo que foi orientado por Delúbio a pegar o dinheiro para quitar dívidas da campanha de 2002.

O presidente do PT, Ricardo Berzoini, negou que haja articulação para um "acordão". "O PT em nenhum momento promoveu qualquer tipo de articulação política nesse sentido e não vai promover", afirmou.

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