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06/05/2006
-
17h17
da Folha Online
O ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, afirmou que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, o pivô do escândalo do "mensalão", e o PT planejavam arrecadar R$ 1 bilhão por meio de esquemas ilegais com empresários que tinham negócios com o governo. O ex-dirigente petista fez a revelação em entrevista ao jornal "O Globo", que adiantou hoje trechos do depoimento em seu site.
"O PT virou refém do Marcos Valério, não tinha mais jeito. O Marcos Valério estabeleceu canais próprios com petistas e com não-petistas. Tem muita gente, muitos partidos (estão envolvidos). Só que tudo caiu na nossa conta", diz ele.
Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sabia da atuação de Marcos Valério mas que muitos dirigentes do partido sabiam da atuação do empresário. "Mas não há santo nessa história toda, em nenhum partido, nem na direção do PT, que pagou o pato todo", afirma.
Silvio Pereira afirma que o plano inicial era arrecadar recursos para saldar dívidas de campanhas antigas. A direção do PT, no entanto, mudou de idéia e o empresário passou a arrecadar recursos também para as campanhas municipais de 2004, financiar planos de ampliação do partido além de ajudar políticos do PTB.
"O que aconteceu é que o Delúbio perdeu o controle. Ele só sabia de três ou quatro deputados do PT. O resto, que recebeu no Banco Rural, não era esquema do Delúbio", afirma.
Land Rover
No início da crise política de 2005, Silvio Pereira foi apontado pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como gerente de um esquema de corrupção nas estatais para abastecer a base aliada por meio de caixa dois.
Mais tarde, ganhou notoriedade com o episódio da Land Rover. Ele admitiu ter recebido um jipe de presente de um executivo da empresa GDK, que tem contrato com a Petrobras, e pediu sua desfiliação do PT.
Homem de confiança do ex-deputado José Dirceu (PT-SP), Pereira integrou a coordenação das últimas campanhas presidenciais do partido e participou da elaboração do estatuto do PT.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Silvio Pereira
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Ex-dirigente do PT afirma que Marcos Valério queria arrecadar R$ 1 bi
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O ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, afirmou que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, o pivô do escândalo do "mensalão", e o PT planejavam arrecadar R$ 1 bilhão por meio de esquemas ilegais com empresários que tinham negócios com o governo. O ex-dirigente petista fez a revelação em entrevista ao jornal "O Globo", que adiantou hoje trechos do depoimento em seu site.
"O PT virou refém do Marcos Valério, não tinha mais jeito. O Marcos Valério estabeleceu canais próprios com petistas e com não-petistas. Tem muita gente, muitos partidos (estão envolvidos). Só que tudo caiu na nossa conta", diz ele.
Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sabia da atuação de Marcos Valério mas que muitos dirigentes do partido sabiam da atuação do empresário. "Mas não há santo nessa história toda, em nenhum partido, nem na direção do PT, que pagou o pato todo", afirma.
Silvio Pereira afirma que o plano inicial era arrecadar recursos para saldar dívidas de campanhas antigas. A direção do PT, no entanto, mudou de idéia e o empresário passou a arrecadar recursos também para as campanhas municipais de 2004, financiar planos de ampliação do partido além de ajudar políticos do PTB.
"O que aconteceu é que o Delúbio perdeu o controle. Ele só sabia de três ou quatro deputados do PT. O resto, que recebeu no Banco Rural, não era esquema do Delúbio", afirma.
Land Rover
No início da crise política de 2005, Silvio Pereira foi apontado pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como gerente de um esquema de corrupção nas estatais para abastecer a base aliada por meio de caixa dois.
Mais tarde, ganhou notoriedade com o episódio da Land Rover. Ele admitiu ter recebido um jipe de presente de um executivo da empresa GDK, que tem contrato com a Petrobras, e pediu sua desfiliação do PT.
Homem de confiança do ex-deputado José Dirceu (PT-SP), Pereira integrou a coordenação das últimas campanhas presidenciais do partido e participou da elaboração do estatuto do PT.
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