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08/05/2006 - 13h32

"Comendador" pede para ficar calado em depoimento à CPI

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da Folha Online

O ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, 55, condenado a 37 anos de prisão por comandar o crime organizado em Mato Grosso, ajuizou um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo o direito de permanecer em silêncio durante depoimento para a CPI dos Bingos. Comendador, como Arcanjo é conhecido, deve ser ouvido pela CPI dos Bingos às 9h desta terça-feira no Presídio Pascoal Ramos, em Cuiabá (MT).

A defesa de Comendador alega que o pedido serve para assegurar a Arcanjo o privilégio contra a auto-incriminação, "recusando-se a responder as perguntas cujos esclarecimentos possam acarretar-lhe grave dano jurídico".

Segundo a defesa, a condição de testemunha não afasta a garantia constitucional do direito ao silêncio.

Comendador, que foi preso no Uruguai em abril de 2003 e depois extraditado para o Brasil, é acusado de chefiar o crime organizado no Estado do Mato Grosso.

Em entrevista à Folha, comendador disse que o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) foi à sua fazenda em Cuiabá, em 2002, pedir dinheiro para a campanha eleitoral. Ele disse que não tratou de valores: encaminhou o senador ao seu ex-gerente de factoring Nilson Roberto Teixeira. O ex-policial não soube dizer se foi repassado dinheiro ao tucano.

Em depoimento à Justiça em 2002, Luiz Alberto Dondo Gonçalves, ex-contador de Arcanjo, disse que a empresa Confiança Factoring liberou R$ 5,7 milhões para bancar a campanha de Antero por meio do Grupo Gazeta. A operação teria sido um caixa dois. O senador tucano, que presidiu a CPI do Banestado, nega a acusação.

A PF (Polícia Federal) abriu inquérito para apurar o suposto caixa do PSDB em Mato Grosso nas eleições de 1998 e 2002. Nesse último ano, Antero disputou e perdeu o governo do Estado.

Com Folha de S.Paulo

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