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09/05/2006
-
19h37
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O STF (Supremo Tribunal Federal) indeferiu o pedido do ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira, que havia requerido a ampliação da liminar concedida em novembro de 2005 que garantia o direito de ficar calado em depoimento à CPI dos Bingos.
O ministro Marco Aurélio, relator do caso, entendeu que o pedido feito pela defesa de Sílvio Pereira seria distinto do que foi requerido inicialmente.
"Então, é de concluir pelo respeito às balizas da impetração, não cabendo redirecioná-la visando a alcançar ato posterior", afirmou Marco Aurélio.
Ele também rejeitou o pedido da defesa de Pereira, que queria restringir as respostas do ex-secretário-geral do PT a questões relacionadas com os bingos.
Alegando estresse pós-traumático, a defesa de Pereira havia pedido para ele não ser obrigado a depor, pois não tinha condições de saúde para comparecer à CPI.
A defesa apresentou atestado médico informando que ele se encontra em estado de estresse pós-traumático, depressão e distimia. No laudo, os médicos atestam que Pereira estava "descompensado emocionalmente" e "com ideações de menos valia bem como de auto-extermínio".
A convocação de Pereira já estava aprovada desde o final do ano passado, mas o assunto só foi retomado após a entrevista dada por ele para o jornal "O Globo". Na reportagem, ele disse que o empresário mineiro Marcos Valério de Souza queria arrecadar R$ 1 bilhão até o final do governo Lula junto a empresas que mantém contratos com o governo.
Pereira disse ainda que o "valerioduto" continuaria em funcionamento no governo federal por intermédio de outros lobistas.
As declarações de Pereira foram prontamente minimizadas por integrantes do PT. O presidente do partido, Ricardo Berzoini, o chamou de "traidor". O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse quem ele estava "atormentado espiritualmente". É que depois de dar a entrevista, Pereira teve um acesso de fúria, destruiu o próprio apartamento e acabou se machucando.
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STF rejeita pedido de Silvio Pereira para não depor à CPI
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da Folha Online, em Brasília
O STF (Supremo Tribunal Federal) indeferiu o pedido do ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira, que havia requerido a ampliação da liminar concedida em novembro de 2005 que garantia o direito de ficar calado em depoimento à CPI dos Bingos.
O ministro Marco Aurélio, relator do caso, entendeu que o pedido feito pela defesa de Sílvio Pereira seria distinto do que foi requerido inicialmente.
"Então, é de concluir pelo respeito às balizas da impetração, não cabendo redirecioná-la visando a alcançar ato posterior", afirmou Marco Aurélio.
Ele também rejeitou o pedido da defesa de Pereira, que queria restringir as respostas do ex-secretário-geral do PT a questões relacionadas com os bingos.
Alegando estresse pós-traumático, a defesa de Pereira havia pedido para ele não ser obrigado a depor, pois não tinha condições de saúde para comparecer à CPI.
A defesa apresentou atestado médico informando que ele se encontra em estado de estresse pós-traumático, depressão e distimia. No laudo, os médicos atestam que Pereira estava "descompensado emocionalmente" e "com ideações de menos valia bem como de auto-extermínio".
A convocação de Pereira já estava aprovada desde o final do ano passado, mas o assunto só foi retomado após a entrevista dada por ele para o jornal "O Globo". Na reportagem, ele disse que o empresário mineiro Marcos Valério de Souza queria arrecadar R$ 1 bilhão até o final do governo Lula junto a empresas que mantém contratos com o governo.
Pereira disse ainda que o "valerioduto" continuaria em funcionamento no governo federal por intermédio de outros lobistas.
As declarações de Pereira foram prontamente minimizadas por integrantes do PT. O presidente do partido, Ricardo Berzoini, o chamou de "traidor". O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse quem ele estava "atormentado espiritualmente". É que depois de dar a entrevista, Pereira teve um acesso de fúria, destruiu o próprio apartamento e acabou se machucando.
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