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11/05/2006 - 10h12

Garotinho se alimentará de soro após 10 dias de greve

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da Folha de S.Paulo, do Rio de Janeiro

Depois de dez dias em greve de fome e 6,2 kg mais magro, o pré-candidato à Presidência pelo PMDB Anthony Garotinho acatou orientação médica e foi internado em um hospital do Rio para reidratação intravenosa com soro glicosado ontem à tarde, o que, na prática, encerra a greve de fome.

Para Garotinho, contudo, o jejum continua. "Não tenho como não aceitar a orientação do meu médico, mas a greve não acabou."

Segundo o médico do pré-candidato, Abdu Neme, será feita a reposição de sais minerais. Depois de "exaustiva avaliação", o médico concluiu que, apesar de lúcido e orientado, Garotinho estava com a pressão instável, o que provocava tontura e mal-estar.

Anteontem, ele havia dito que, ao repor as necessidades básicas do paciente, "na prática, os efeitos da greve de fome cessam". Segundo a nutricionista Cíntia Machado, uma pessoa pode viver "meses" apenas no soro.

"O corpo dele continuará sofrendo os efeitos da falta de proteína e gordura, mas a glicose não deixa de ser um nutriente. Ele não morre, mas não terá as calorias necessárias", afirma Cíntia.

Garotinho anunciou a decisão de ser internado às 17h de ontem ao lado de sua mulher, a governadora Rosinha Matheus. Estavam na sala da sede regional do PMDB, onde ele permaneceu durante todo o tempo em que esteve em greve. Depois do anúncio, seguiu em ambulância do Corpo de Bombeiros para o hospital particular Quinta D"or.

Garotinho afirmou que participará da convenção do partido no sábado em Brasília para defender a candidatura própria do PMDB à Presidência. Ele disse ainda que não desistiu da pré-campanha.

"Trindade do mal"

Em manifestação que reuniu cerca de 5.000 militantes trazidos ao centro do Rio por prefeitos do interior do Estado simpáticos a Garotinho e secretarias da área social, o pré-candidato disse estar sendo perseguido pelo que chamou de "trindade do mal". A entidade, diz Garotinho, é formada pelo "Lula, os bancos e as Organizações Globo".

De acordo com o deputado estadual Paulo Melo (PMDB), membros do diretório regional organizaram a manifestação. Pelo menos 110 ônibus trouxeram os manifestantes, que podiam ser divididos em três grupos: famílias pobres beneficiadas por programas assistenciais do governo Rosinha, evangélicos (religião professada pelo casal) e funcionários públicos de prefeituras aliadas.

Em discurso da janela no alto do prédio onde funciona o diretório, Garotinho afirmou estar disposto a dar sua vida para derrotar "os inimigos do povo".

O pastor Paulo Santos, da Assembléia de Deus, disse que igrejas do município convocaram fiéis para a manifestação. Os ônibus, segundo o cabo eleitoral Damião Antunes dos Santos, foram fornecidos pelo presidente da Câmara Municipal, Amsterdan Santos (PMDB).

Segundo manifestantes, o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (PMDB), cedeu ônibus e camisetas com propaganda de Garotinho. A assessoria do prefeito negou a informação.

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