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20/05/2006
-
09h53
KENNEDY ALENCAR
FERNANDO RODRIGUES
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravará participação no programa do PT de rádio e TV que irá ao ar na próxima quinta-feira. Educação terá maior destaque, numa antecipação do que deverá ser uma das bandeiras principais do PT na campanha. Realizações na economia e segurança pública também farão parte do roteiro.
A Folha apurou que a segurança pública deverá ser abordada, mas no início da semana ainda será avaliada a forma e o tom. Há temor de passar a imagem de uso político dos atentados do PCC em São Paulo, o que poderia resultar num tiro pela culatra.
A exemplo dos comerciais que já foram ao ar e do pronunciamento oficial de Lula por ocasião do feriado de 1º de Maio, o programa deverá bater na tecla de realizações para comparação com o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, numa tentativa de ligar a imagem do ex-presidente à do candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin. A gravação do depoimento de Lula está prevista para segunda-feira.
A fim de tentar evitar eventual recurso ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a exibição do programa, o PT prepara um formato e um texto que não configurem propaganda explícita. A idéia é dizer que será uma prestação de contas a respeito dos quase três anos e meio no Planalto.
O formato do programa, segundo um dirigente, seria "diferente" dos adotados normalmente por partidos políticos. A produção está a cargo da Link, agência do publicitário baiano Edson Barbosa.
A Folha apurou que outro publicitário baiano, João Santana, que fará a campanha de marketing de Lula, deu opiniões à cúpula do PT. O presidente ainda não assumiu a candidatura por cálculo político. Nos bastidores, já delegou funções, como deixar para o assessor especial para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, a elaboração do programa de governo.
O programa do dia 25 terá 20 minutos de duração e vai ao ar em cadeia nacional de TV às 20h30. No rádio, entra no ar às 20h. Cada partido que consegue passar dos 5% dos votos para deputado federal tem direito a esse tempo na mídia a cada seis meses.
O PT já utilizou neste semestre os seus 40 minutos para comerciais curtos, de 30 segundos ou um minuto. O tom até agora foi de exaltação ao governo Lula. A idéia é que o programa de quinta-feira ofereça um resumo de tudo o que já foi apresentado, mas de maneira mais emocional, tentando fidelizar o eleitorado propenso a repetir o voto no PT.
Os 20 minutos são considerados o teste final para Edson Barbosa. Se o resultado for bem aceito por Lula, o publicitário da Link pode receber alguma função na campanha reeleitoral do petista.
São Paulo
Na segunda-feira, será veiculado o programa estadual do PT. A segurança pública também será um dos temas centrais. Até ontem, a coordenação de campanha havia decidido não utilizar cenas dos últimos ataques no Estado.
O pré-candidato do PT ao governo de SP, Aloizio Mercadante, será o personagem central do programa, mas a ex-prefeita Marta Suplicy, o senador Eduardo Suplicy e dirigentes regionais também gravaram depoimentos. Lula deverá fazer participação.
A intenção é utilizar o programa para expor as fragilidades da gestão tucana no Estado, criticando diretamente Geraldo Alckmin. O líder do PT da Assembléia, Enio Tatto, falará sobre as dificuldades de investigação no governo.
Ao abordar a crise na segurança pública, Mercadante apresentará propostas para o problema. A Folha apurou que o PT estadual vai citar êxitos de programas de Marta na prefeitura para se contrapor à imagem de "ineficiência" da gestão Alckmin.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as eleições 2006
Lula deverá falar de educação e segurança em programa do PT
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FERNANDO RODRIGUES
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravará participação no programa do PT de rádio e TV que irá ao ar na próxima quinta-feira. Educação terá maior destaque, numa antecipação do que deverá ser uma das bandeiras principais do PT na campanha. Realizações na economia e segurança pública também farão parte do roteiro.
A Folha apurou que a segurança pública deverá ser abordada, mas no início da semana ainda será avaliada a forma e o tom. Há temor de passar a imagem de uso político dos atentados do PCC em São Paulo, o que poderia resultar num tiro pela culatra.
A exemplo dos comerciais que já foram ao ar e do pronunciamento oficial de Lula por ocasião do feriado de 1º de Maio, o programa deverá bater na tecla de realizações para comparação com o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, numa tentativa de ligar a imagem do ex-presidente à do candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin. A gravação do depoimento de Lula está prevista para segunda-feira.
A fim de tentar evitar eventual recurso ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a exibição do programa, o PT prepara um formato e um texto que não configurem propaganda explícita. A idéia é dizer que será uma prestação de contas a respeito dos quase três anos e meio no Planalto.
O formato do programa, segundo um dirigente, seria "diferente" dos adotados normalmente por partidos políticos. A produção está a cargo da Link, agência do publicitário baiano Edson Barbosa.
A Folha apurou que outro publicitário baiano, João Santana, que fará a campanha de marketing de Lula, deu opiniões à cúpula do PT. O presidente ainda não assumiu a candidatura por cálculo político. Nos bastidores, já delegou funções, como deixar para o assessor especial para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, a elaboração do programa de governo.
O programa do dia 25 terá 20 minutos de duração e vai ao ar em cadeia nacional de TV às 20h30. No rádio, entra no ar às 20h. Cada partido que consegue passar dos 5% dos votos para deputado federal tem direito a esse tempo na mídia a cada seis meses.
O PT já utilizou neste semestre os seus 40 minutos para comerciais curtos, de 30 segundos ou um minuto. O tom até agora foi de exaltação ao governo Lula. A idéia é que o programa de quinta-feira ofereça um resumo de tudo o que já foi apresentado, mas de maneira mais emocional, tentando fidelizar o eleitorado propenso a repetir o voto no PT.
Os 20 minutos são considerados o teste final para Edson Barbosa. Se o resultado for bem aceito por Lula, o publicitário da Link pode receber alguma função na campanha reeleitoral do petista.
São Paulo
Na segunda-feira, será veiculado o programa estadual do PT. A segurança pública também será um dos temas centrais. Até ontem, a coordenação de campanha havia decidido não utilizar cenas dos últimos ataques no Estado.
O pré-candidato do PT ao governo de SP, Aloizio Mercadante, será o personagem central do programa, mas a ex-prefeita Marta Suplicy, o senador Eduardo Suplicy e dirigentes regionais também gravaram depoimentos. Lula deverá fazer participação.
A intenção é utilizar o programa para expor as fragilidades da gestão tucana no Estado, criticando diretamente Geraldo Alckmin. O líder do PT da Assembléia, Enio Tatto, falará sobre as dificuldades de investigação no governo.
Ao abordar a crise na segurança pública, Mercadante apresentará propostas para o problema. A Folha apurou que o PT estadual vai citar êxitos de programas de Marta na prefeitura para se contrapor à imagem de "ineficiência" da gestão Alckmin.
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