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26/05/2006 - 20h23

"Vou ser Geraldo paz, amor e trabalho", diz Alckmin

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, respondeu hoje à declaração do presidente Lula, que disse que será novamente o candidato "paz e amor". "Eu vou ser o Geraldo paz, amor e trabalho, que é o que está faltando no Brasil", disse Alckmin.

"Precisamos de menos discurso, menos história, [e mais] eficiência, gestão, desenvolvimento e empregos", afirmou. "Sob o ponto de vista ético, [o governo] é uma lambança; sob o ponto de vista de gestão, não funciona." Alckmin disse que o governo está "imobilizado" desde a crise política.

Congresso

Alckmin também atacou hoje o Congresso por não punir os parlamentares envolvidos nos recentes escândalos --mensalão e sanguessugas. Alckmin disse que há uma "degradação de valores" e que a não-punição estimula a continuidade da roubalheira.

"Antes tinha roubalheira, mas ao menos punia. Hoje tem roubalheira e não pune", disse ele para cerca de 140 empresários dos conselhos representativos da Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais), comparando com o tempo em que foi deputado federal, quando, segundo o tucano, ao menos 11 deputados foram cassados.

"Há uma degradação de valores e de princípios, um desencanto com a vida pública, o que inclusive é ruim, porque não melhora", afirmou.

Ao final da sua fala, em entrevista, ele maneirou o tom da crítica, quando questionado sobre a responsabilidade das presidências da Câmara e do Senado pela falta de punições.

"Eu diria o seguinte: [a culpa] não é só do Congresso. O Legislativo é o Poder mais fraco. Tudo isso ocorre pelo Executivo. Quando você pega o sanguessuga, o problema é o Executivo, que é quem dá o dinheiro da ambulância. O Legislativo não tem recurso", disse.

"A outra [causa] é o exemplo. Isso perpassa a administração, expande. Se a coisa é meio solta, o sujeito vê impunidade, acaba estimulando esse tipo de comportamento."

Para Alckmin, a cláusula de barreira que entrará em vigor na próxima eleição vai facilitar a governabilidade para o próximo governo, já que o número de partidos com representação no Congresso se reduzirá dos atuais 19 para cerca de sete. Isso ocorrerá com os partidos que não atingirem 5% do eleitorado nacional e 2% em nove Estados.

Aliado a essa cláusula de desempenho, o tucano disse que, se eleito, aprovará, nos primeiros dias do seu governo, ao menos uma medida da reforma política, que é fidelidade partidária. Disse que isso contribuiria muito para a governabilidade.

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