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29/05/2006
-
17h09
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O PT vai esperar até o último momento por uma aliança com o PMDB. Somente depois de descartada a hipótese é que a vaga de vice do presidente Luiz Inácio Lula da Silva será negociada com os demais partidos da aliança.
O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), disse hoje que a coligação é fundamental não só para garantir a governabilidade num eventual segundo mandato de Lula, mas também pelos votos que o partido pode trazer para a campanha do presidente.
"Temos que trabalhar com a lógica de estratégia eleitoral e também com a viabilidade de uma aliança que permita uma governabilidade estável para o país nos próximos quatro anos", afirmou.
Uma aliança formal com o PMDB depende, segundo Berzoini, de acordos em torno das candidaturas nos Estados. "Temos que decidir essa questão [da vice-presidência] da forma mais madura possível. Dependendo das movimentações que fizermos nos Estados em nível nacional poderemos ter um vice do PMDB. Mas isso pode não ser alcançado, por isso temos outras hipóteses", advertiu.
O PT já abriu mão, por exemplo, de lançar candidato ao governo de Goiás, o que deve se repetir em outros Estados. A direção nacional interferiu e levou o partido a apoiar Maguito Vilela, do PMDB. O PT queria lançar na disputa Pedro Wilson ou Rubens Otoni. Teve que se contentar com a vaga de vice na chapa de Vilela.
Plano B
Caso não consiga consolidar a aliança com o PMDB, a vaga de vice do presidente Lula será discutida entre o PSB e o PRB, do vice-presidente José Alencar. "O nosso objetivo com o PMDB pode não ser alcançado então temos outras hipóteses", disse Berzoini.
No PSB, um nome provável é o do ex-ministro Ciro Gomes (Integração Nacional) e no PRB o do próprio José Alencar. "O nome de José Alencar é fortíssimo para continuar na chapa", salientou. Berzoini admitiu, no entanto, que mesmo a aliança com esses dois partidos depende ainda de conversas nos Estados.
Aécio
Berzoini comentou também sobre um possível apoio do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), à candidatura de Lula. A hipótese vem sendo comentada nos bastidores do PSDB e tem irritado dirigentes do partido. Berzoini aproveitou para colocar mais fogo na discussão. "Nós aceitamos o apoio de todo mundo. No Ceará, inclusive, a aliança estadual do PSDB pode resultar em mais votos para o PT", ironizou.
No Ceará, o PSDB está rachado e o grupo do senador Tasso Jereissati, presidente nacional do PSDB, irá apoiar o candidato do PSB, Cid Gomes, em detrimento do governador Lúcio Alcântara (PSDB). O PSB terá como vice um nome do PT.
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PT vai guardar para o PMDB a vaga de vice de Lula até o último momento
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da Folha Online, em Brasília
O PT vai esperar até o último momento por uma aliança com o PMDB. Somente depois de descartada a hipótese é que a vaga de vice do presidente Luiz Inácio Lula da Silva será negociada com os demais partidos da aliança.
O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), disse hoje que a coligação é fundamental não só para garantir a governabilidade num eventual segundo mandato de Lula, mas também pelos votos que o partido pode trazer para a campanha do presidente.
"Temos que trabalhar com a lógica de estratégia eleitoral e também com a viabilidade de uma aliança que permita uma governabilidade estável para o país nos próximos quatro anos", afirmou.
Uma aliança formal com o PMDB depende, segundo Berzoini, de acordos em torno das candidaturas nos Estados. "Temos que decidir essa questão [da vice-presidência] da forma mais madura possível. Dependendo das movimentações que fizermos nos Estados em nível nacional poderemos ter um vice do PMDB. Mas isso pode não ser alcançado, por isso temos outras hipóteses", advertiu.
O PT já abriu mão, por exemplo, de lançar candidato ao governo de Goiás, o que deve se repetir em outros Estados. A direção nacional interferiu e levou o partido a apoiar Maguito Vilela, do PMDB. O PT queria lançar na disputa Pedro Wilson ou Rubens Otoni. Teve que se contentar com a vaga de vice na chapa de Vilela.
Plano B
Caso não consiga consolidar a aliança com o PMDB, a vaga de vice do presidente Lula será discutida entre o PSB e o PRB, do vice-presidente José Alencar. "O nosso objetivo com o PMDB pode não ser alcançado então temos outras hipóteses", disse Berzoini.
No PSB, um nome provável é o do ex-ministro Ciro Gomes (Integração Nacional) e no PRB o do próprio José Alencar. "O nome de José Alencar é fortíssimo para continuar na chapa", salientou. Berzoini admitiu, no entanto, que mesmo a aliança com esses dois partidos depende ainda de conversas nos Estados.
Aécio
Berzoini comentou também sobre um possível apoio do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), à candidatura de Lula. A hipótese vem sendo comentada nos bastidores do PSDB e tem irritado dirigentes do partido. Berzoini aproveitou para colocar mais fogo na discussão. "Nós aceitamos o apoio de todo mundo. No Ceará, inclusive, a aliança estadual do PSDB pode resultar em mais votos para o PT", ironizou.
No Ceará, o PSDB está rachado e o grupo do senador Tasso Jereissati, presidente nacional do PSDB, irá apoiar o candidato do PSB, Cid Gomes, em detrimento do governador Lúcio Alcântara (PSDB). O PSB terá como vice um nome do PT.
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