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07/06/2006
-
09h08
MARTA SALOMON
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) complicou a situação de Paulo Okamotto, amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no relatório final da CPI dos Bingos.
Segundo o Coaf, a empresa Red Star (Estrela Vermelha), da família de Okamotto, teve movimentação "incompatível com o patrimônio e a capacidade financeira presumida, além de não mostrar ser resultado de atividade ou negócios normais da empresa".
Okamotto aponta a Red Star como origem do dinheiro destinado ao pagamento de parte da dívida de R$ 29,4 mil de Lula, que a oposição suspeita ter sido quitada com recursos do caixa dois do PT.
O relatório do Coaf reforça a possibilidade de Okamotto ter o indiciamento pedido pelo relator Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). Até ontem, o senador negociava o texto do relatório. Sobre o pedido de indiciamento de pessoas próximas de Lula, havia duas versões, segundo Garibaldi. "Ou pedimos o indiciamento ou o aprofundamento das investigações", disse sobre Okamotto e o chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho.
Desde dezembro, a CPI dos Bingos vinha cobrando do Coaf informações completas do rastreamento nas contas de Okamotto e da Red Star, após reportagem da Folha, na qual o amigo de Lula se apresentava como responsável pelo pagamento de sua dívida. As informações cobertas por tarjas pretas no relatório encaminhado em dezembro revelam que a Red Star movimentou R$ 645 mil entre maio de 2002 e agosto de 2005, no Bradesco, "sem indicação clara da finalidade".
O Coaf identificou pagamento de R$ 22,4 mil do PT à empresa. Okamotto diz ter repassado ao partido dinheiro para quitar a dívida do presidente. A Red Star comercializa brindes do PT. Okamotto, divulgou nota ontem em que diz que o relatório do Coaf "contém informações truncadas, incompletas e equivocadas a respeito da movimentação financeira da empresa Red Star".
Segundo a nota, o relatório foi obtido "de maneira criminosa e criminosa será sua divulgação". "Todos os recursos movimentados pela empresa Red Star são dinheiro limpo, fruto de atividades legais da empresa", conclui. Okamotto conseguiu bloquear o acesso da CPI aos seus dados bancários e deixou sem resposta ofício da comissão sobre a origem do dinheiro.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Bingos
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Empresa de Okamotto teve operação suspeita, diz Coaf
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) complicou a situação de Paulo Okamotto, amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no relatório final da CPI dos Bingos.
Segundo o Coaf, a empresa Red Star (Estrela Vermelha), da família de Okamotto, teve movimentação "incompatível com o patrimônio e a capacidade financeira presumida, além de não mostrar ser resultado de atividade ou negócios normais da empresa".
Okamotto aponta a Red Star como origem do dinheiro destinado ao pagamento de parte da dívida de R$ 29,4 mil de Lula, que a oposição suspeita ter sido quitada com recursos do caixa dois do PT.
O relatório do Coaf reforça a possibilidade de Okamotto ter o indiciamento pedido pelo relator Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). Até ontem, o senador negociava o texto do relatório. Sobre o pedido de indiciamento de pessoas próximas de Lula, havia duas versões, segundo Garibaldi. "Ou pedimos o indiciamento ou o aprofundamento das investigações", disse sobre Okamotto e o chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho.
Desde dezembro, a CPI dos Bingos vinha cobrando do Coaf informações completas do rastreamento nas contas de Okamotto e da Red Star, após reportagem da Folha, na qual o amigo de Lula se apresentava como responsável pelo pagamento de sua dívida. As informações cobertas por tarjas pretas no relatório encaminhado em dezembro revelam que a Red Star movimentou R$ 645 mil entre maio de 2002 e agosto de 2005, no Bradesco, "sem indicação clara da finalidade".
O Coaf identificou pagamento de R$ 22,4 mil do PT à empresa. Okamotto diz ter repassado ao partido dinheiro para quitar a dívida do presidente. A Red Star comercializa brindes do PT. Okamotto, divulgou nota ontem em que diz que o relatório do Coaf "contém informações truncadas, incompletas e equivocadas a respeito da movimentação financeira da empresa Red Star".
Segundo a nota, o relatório foi obtido "de maneira criminosa e criminosa será sua divulgação". "Todos os recursos movimentados pela empresa Red Star são dinheiro limpo, fruto de atividades legais da empresa", conclui. Okamotto conseguiu bloquear o acesso da CPI aos seus dados bancários e deixou sem resposta ofício da comissão sobre a origem do dinheiro.
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