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07/06/2006
-
18h24
ANDREZA MATAIS
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), admitiu hoje a possibilidade de suspensão da aliança formal com o PFL para a disputa da presidência da República em função do entendimento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre a verticalização.
O Tribunal respondeu ontem à consulta feita pelo PL que os partidos que disputarem juntos a eleição presidencial não podem ser adversários nos Estados. O PFL fez seis consultas ao TSE para mensurar a extensão da decisão.
Dependendo da resposta, a chapa que tem Geraldo Alckmin (PSDB) como candidato a presidente e José Jorge (PFL) como vice poderá ser comprometida.
"Tudo pode acontecer. Nossa intenção é continuarmos firmes na aliança", afirmou Tasso Jereissati. "Pode acontecer alguma coisa [extinção da aliança formal] à medida que a gente aprofundar quais são as implicações da resolução do TSE. Rompimento, não. Pode haver a possibilidade, que é remota, da coligação formal não se consolidar"
PFL adia decisão sobre aliança
Diante das dúvidas geradas pelo TSE, o PFL vai adiar a decisão sobre a coligação com o PSDB. A convenção da legenda estava marcada para o próximo dia 14. O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), adiantou que a Executiva do partido deve adiar para o dia 21 a decisão da legenda sobre coligação.
O líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), confirmou que o quadro político dependerá das próximas manifestações do TSE sobre o assunto. "Tudo vai depender do que as próximas consultas disserem, mas uma corrida agora poderia prejudicar o candidato Alckmin e ajudar o presidente Lula", afirmou.
Assim como o PFL, o PPS também alterou sua agenda. O partido se reuniria no próximo dia 16 no Rio de Janeiro para declarar apoio informal ao candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. Agora, a tendência é que, em data ainda a ser definida, o partido decida por se coligar formalmente com o PSDB.
Com o quadro político indefinido, já há especulações de que possa ser feita uma aliança formal entre PMDB, PFL e PSDB. O candidato à presidência, nesse quadro, viria do PMDB.
TSE
O presidente do TSE, Marco Aurélio, explicou que a decisão do Tribunal visa confirmar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em favor da verticalização nas coligações políticas.
No entendimento do ministro, partidos coligados nacionalmente não podem se enfrentar nos estados. Da mesma forma, partidos que não tenham candidato à presidência e não estejam coligados com partidos que disputarão o Palácio do Planalto só poderão se juntar com outras legendas que estejam na mesma situação.
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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), admitiu hoje a possibilidade de suspensão da aliança formal com o PFL para a disputa da presidência da República em função do entendimento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre a verticalização.
O Tribunal respondeu ontem à consulta feita pelo PL que os partidos que disputarem juntos a eleição presidencial não podem ser adversários nos Estados. O PFL fez seis consultas ao TSE para mensurar a extensão da decisão.
Dependendo da resposta, a chapa que tem Geraldo Alckmin (PSDB) como candidato a presidente e José Jorge (PFL) como vice poderá ser comprometida.
"Tudo pode acontecer. Nossa intenção é continuarmos firmes na aliança", afirmou Tasso Jereissati. "Pode acontecer alguma coisa [extinção da aliança formal] à medida que a gente aprofundar quais são as implicações da resolução do TSE. Rompimento, não. Pode haver a possibilidade, que é remota, da coligação formal não se consolidar"
PFL adia decisão sobre aliança
Diante das dúvidas geradas pelo TSE, o PFL vai adiar a decisão sobre a coligação com o PSDB. A convenção da legenda estava marcada para o próximo dia 14. O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), adiantou que a Executiva do partido deve adiar para o dia 21 a decisão da legenda sobre coligação.
O líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), confirmou que o quadro político dependerá das próximas manifestações do TSE sobre o assunto. "Tudo vai depender do que as próximas consultas disserem, mas uma corrida agora poderia prejudicar o candidato Alckmin e ajudar o presidente Lula", afirmou.
Assim como o PFL, o PPS também alterou sua agenda. O partido se reuniria no próximo dia 16 no Rio de Janeiro para declarar apoio informal ao candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. Agora, a tendência é que, em data ainda a ser definida, o partido decida por se coligar formalmente com o PSDB.
Com o quadro político indefinido, já há especulações de que possa ser feita uma aliança formal entre PMDB, PFL e PSDB. O candidato à presidência, nesse quadro, viria do PMDB.
TSE
O presidente do TSE, Marco Aurélio, explicou que a decisão do Tribunal visa confirmar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em favor da verticalização nas coligações políticas.
No entendimento do ministro, partidos coligados nacionalmente não podem se enfrentar nos estados. Da mesma forma, partidos que não tenham candidato à presidência e não estejam coligados com partidos que disputarão o Palácio do Planalto só poderão se juntar com outras legendas que estejam na mesma situação.
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