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07/06/2006
-
18h57
KENNEDY ALENCAR
Colunista da Folha Online
O novo endurecimento da regra para alianças estaduais vitima em primeiro lugar, mais uma vez, o PMDB. O partido já havia sido o maior prejudicado com a manutenção da verticalização para as eleições de outubro, e caminhava para não lançar candidato ao Palácio do Planalto a fim de poder se aliar livremente nos Estados.
Por ora, está mantida a tendência peemedebista de não ter candidato a presidente, mas puramente por ser a opção menos prejudicial devido à nova interpretação do TSE a respeito da verticalização.
O PMDB perdeu a chance de se aliar a PT e PSDB nos Estados. E as alianças com o PFL dependerão de este partido decidir se continuará a apoiar a candidatura do tucano Geraldo Alckmin. A sigla só poderá se aliar nos Estados com legendas que não participarão da disputa presidencial.
O PFL e Alckmin ficam com o segundo lugar em termos de prejuízo. Os pefelistas têm mais alianças estaduais interessantes com o PMDB do que com o PSDB.
Como PMDB e PFL são siglas cujo poder emana do tamanho das bancadas na Câmara e no Senado, pode ser mais importante para os dois partidos ficar fora da eleição presidencial e se coligar nos Estados.
Joga ainda contra Alckmin a percepção que vai se cristalizando no meio político, real ou não, de que tem pouca chance de derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ou seja, para o PFL seria melhor não se aliar ao tucano, mas apostar na eleição de governadores, senadores e deputados.
Teoricamente, Lula é quem menos perde entre os grandes atores da eleição. Mas, no mínimo, ficará mais cara a aliança em articulação com PSB, PC do B, PRB e algumas legendas nanicas.
Motivo: aliados na eleição nacional não poderão ter candidatos separados a governador no pleito estadual. Em Pernambuco, por exemplo, PSB e PT podiam lançar candidatos a governador. Contrariando seu estilo, Lula vai escolher um deles e pedir que o outro se retire da eleição? O PT sempre deu mostras de que dificilmente abre espaço para aliados.
Outro exemplo: no Distrito Federal, PT e PC do B planejam lançar candidatos a governador. E agora? Se o PC do B apoiar Lula nacionalmente, uma dessas candidaturas terá de ser descartada.
O PL, o PTB e o PP, partidos que já tendiam a ficar fora da eleição presidencial, também não poderão se coligar livremente. Estão em situação similar à do PMDB. O PPS, que já tinha desistido da candidatura presidencial do deputado federal Roberto Freire (PE) para apoiar Alckmin, deverá reavaliar o seu destino eleitoral.
PPS e PDT poderão retomar a negociação para lançar um candidato a presidente e repetir a união nos Estados. Ou simplesmente poderão seguir o rumo que parece que será tomado por PMDB, PL, PTB e PP: ficar fora da eleição presidencial para se aliar nos Estados com quem estiver na mesma situação.
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Análise: PMDB, PFL e Alckmin são maiores prejudicados
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Colunista da Folha Online
O novo endurecimento da regra para alianças estaduais vitima em primeiro lugar, mais uma vez, o PMDB. O partido já havia sido o maior prejudicado com a manutenção da verticalização para as eleições de outubro, e caminhava para não lançar candidato ao Palácio do Planalto a fim de poder se aliar livremente nos Estados.
Por ora, está mantida a tendência peemedebista de não ter candidato a presidente, mas puramente por ser a opção menos prejudicial devido à nova interpretação do TSE a respeito da verticalização.
O PMDB perdeu a chance de se aliar a PT e PSDB nos Estados. E as alianças com o PFL dependerão de este partido decidir se continuará a apoiar a candidatura do tucano Geraldo Alckmin. A sigla só poderá se aliar nos Estados com legendas que não participarão da disputa presidencial.
O PFL e Alckmin ficam com o segundo lugar em termos de prejuízo. Os pefelistas têm mais alianças estaduais interessantes com o PMDB do que com o PSDB.
Como PMDB e PFL são siglas cujo poder emana do tamanho das bancadas na Câmara e no Senado, pode ser mais importante para os dois partidos ficar fora da eleição presidencial e se coligar nos Estados.
Joga ainda contra Alckmin a percepção que vai se cristalizando no meio político, real ou não, de que tem pouca chance de derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ou seja, para o PFL seria melhor não se aliar ao tucano, mas apostar na eleição de governadores, senadores e deputados.
Teoricamente, Lula é quem menos perde entre os grandes atores da eleição. Mas, no mínimo, ficará mais cara a aliança em articulação com PSB, PC do B, PRB e algumas legendas nanicas.
Motivo: aliados na eleição nacional não poderão ter candidatos separados a governador no pleito estadual. Em Pernambuco, por exemplo, PSB e PT podiam lançar candidatos a governador. Contrariando seu estilo, Lula vai escolher um deles e pedir que o outro se retire da eleição? O PT sempre deu mostras de que dificilmente abre espaço para aliados.
Outro exemplo: no Distrito Federal, PT e PC do B planejam lançar candidatos a governador. E agora? Se o PC do B apoiar Lula nacionalmente, uma dessas candidaturas terá de ser descartada.
O PL, o PTB e o PP, partidos que já tendiam a ficar fora da eleição presidencial, também não poderão se coligar livremente. Estão em situação similar à do PMDB. O PPS, que já tinha desistido da candidatura presidencial do deputado federal Roberto Freire (PE) para apoiar Alckmin, deverá reavaliar o seu destino eleitoral.
PPS e PDT poderão retomar a negociação para lançar um candidato a presidente e repetir a união nos Estados. Ou simplesmente poderão seguir o rumo que parece que será tomado por PMDB, PL, PTB e PP: ficar fora da eleição presidencial para se aliar nos Estados com quem estiver na mesma situação.
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