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23/06/2006 - 08h33

Alckmin diz que, se eleito, vai defender o parlamentarismo

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FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou ontem em Recife (PE) que, se eleito, vai recolocar em discussão a mudança do sistema de governo, do presidencialismo para o parlamentarismo.

A mudança, que já foi tema de dois plebiscitos, em 1963 e 1993, com vitória do presidencialismo, voltaria à discussão, segundo Alckmin, após a reforma política, que considera prioritária. "O parlamentarismo pressupõe partidos fortes, e, hoje, os partidos são fracos", disse.

Referindo-se aos escândalos de corrupção envolvendo integrantes do Legislativo, o tucano disse ainda: "Se nós tivéssemos parlamentarismo, esse Congresso teria acabado. Já teriam convocado eleição geral".

Alckmin lembrou que o PSDB tem o parlamentarismo em seu programa de governo, mas ressaltou que a prioridade num eventual governo seu seria a discussão da fidelidade partidária. O tucano não comentou a possibilidade do fim da reeleição.

Em Recife, Alckmin recebeu o apoio formal do PPS à sua candidatura e assistiu à vitória do Brasil sobre o Japão na casa do ex-governador e aliado político Jarbas Vasconcelos (PMDB).

No encontro com os socialistas, o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (PE), entregou ao candidato uma apostila com 11 propostas de governo. Entre elas, incluiu a rediscussão da mudança do sistema de governo no país.

"A discussão não é ter ou não reeleição", afirmou Freire. "A discussão é se vamos continuar ou não no presidencialismo", declarou. "Temos um continente em instabilidade política por conta do presidencialismo, que é filho direto do império, do salvador da pátria, do rei."

Jarbas também disse ser a favor da rediscussão do sistema de governo, mas concordou com Alckmin: "A prioridade deve ser a reforma política". Sobre o eventual fim da reeleição, disse que não tem opinião formada sobre o assunto, mas afirmou que "não é por maus exemplos que ela deveria ser extinta".

Sobre a proposta do governo de reajuste salarial ao funcionalismo, vetado pela Justiça, o candidato do PSDB disse ser favorável ao aumento, mas acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de propor a medida apenas por interesse eleitoral.

"Sou favorável ao aumento", afirmou. "O problema é que é tudo feito em véspera de eleição, porque o único projeto dele é ganhar a eleição", declarou.

"O governo Lula é um governo atrasado. Ele passa três anos sem trabalhar e quer fazer as coisas na véspera da eleição, lançar pedra fundamental em fim de governo. Deveria dar aumento como eu fiz. Eu dei aumento em 2004, em 2005."

Na casa de Jarbas, Alckmin assistiu ao jogo ao lado do anfitrião e de Roberto Freire. Ele recusou cerveja alemã e vinho espumante. Bebeu apenas Coca-Cola e água de coco e comeu salgadinhos. Antes da partida, disse que o Brasil venceria por 3 a 1.

"Fui modesto", afirmou, após o jogo. Ele elogiou Ronaldo --"foi brilhante"-- e defendeu a permanência no time de Juninho, Cicinho e Robinho. O tucano assiste hoje a festa de São João de Caruaru (136 km de Recife).

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