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30/06/2006 - 17h15

Dirceu diz que críticas ao Bolsa Família são "cegueira sectária" da oposição

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O ex-ministro e deputado cassado José Dirceu (PT-SP) retrucou hoje as críticas feitas pelos oposicionistas de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta ganhar votos entre os mais pobres com o pagamento do Bolsa Família.

Em resposta ao discurso em que Lula disse que preferia governar para os pobres, o líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), afirmou que o presidente quer manter os eleitores "viciados" nos recursos dados pelos programas sociais.

O candidato do PDT à Presidência, senador Cristovam Buarque (DF), afirmou que Lula não governa para os pobres, mas apenas concede pequenas melhorias na renda. "Não quero chamar isso de esmola, mas é uma minúscula transferência de renda", declarou.

Dirceu afirmou, em artigo publicado no site do PT, que o apoio a Lula é "fruto, primeiro, de sua própria liderança, construída ao longo dos últimos trinta anos; e, segundo, da força de seu partido, o PT, o preferido dos eleitores segundo as pesquisas".

"Os críticos chegam a chamar o Programa de 'Bolsa Esmola' para concluir, numa análise simplista do quadro eleitoral, que o voto popular está sendo comprado pelo governo. Só isso --imaginam-- explicaria a rejeição popular à coalizão tucano-pefelista e o apoio ao presidente Lula", afirmou.

"Nega-se, às camadas populares, qualquer traço de consciência crítica que as leve a discernir os aliados das elites que só sabem agir em benefício próprio", acrescentou.

Dirceu contestou ainda que o aumento de gastos com programas sociais seja problema para as contas públicas. Na avaliação do ex-deputado, o crescimento da dívida pública interna e o encargo com juros são os principais problemas para a política fiscal do governo.

"A verdade nua e crua é essa: naquilo que a elite só enxerga "esmolão", o que emerge é um novo modelo de desenvolvimento com distribuição de renda", afirmou. "É evidente que o nosso principal problema não são os gastos nos programas sociais, mas a cegueira sectária daqueles que não se conformam com os avanços do governo Lula", concluiu.

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