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07/07/2006
-
19h31
ANDREZA MATAIS
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
Sem poder fazer campanha durante a semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem criado fatos políticos para divulgar números do seu governo.
Hoje, Lula participou de reunião do Ministério dos Transportes no Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes). No encontro, o ministro Paulo Sérgio Passos divulgou um balanço da Operação Tapa-burados nas estradas.
Desde que a operação foi implementada, em janeiro, o ministério vem divulgando balanços parciais. Apenas o de hoje contou com a presença do presidente Lula.
Empolgado com os números, Lula lamentou que o ministro não tivesse levado mais dados relativos a outros setores da pasta. "Eu pensei que você iria fazer uma apresentação do conjunto do Ministério dos Transportes, da questão das ferrovias, o que está acontecendo com as ferrovias, com nossos portos. Se não fez dessa vez, faça da outra", orientou.
Porta para a corrupção
O presidente também voltou a fazer críticas de seus antecessores e saiu em defesa do Dnit, órgão frequentemente acusado de ser uma porta para a corrupção. O próprio presidente disse que, antes dele, o Dnit não tinha "boa imagem na praça".
"Tenho orgulho em ver o Dnit provar que é uma instituição que vale a pena apostar nela", afirmou, referindo-se ao "sucesso" da Operação Tapa-buracos.
E continuou: "No Brasil temos o hábito de quando uma coisa não dá certo, a primeira coisa que a gente faz é desacreditar a instituição. Já se fechou uma enormidade de coisas que se não funcionava bem, mas não era por causa da instituição, mas da pessoas que a comandava".
Lula lamentou o fato de os brasileiros terem, segundo ele, perdido o "hábito de agradecer, apenas cobram". E disse que estava na reunião porque queria agradecer pelo resultado da Operação Tapaburacos.
No final da reunião, o presidente esclareceu porque durante quase todo o tempo esteve com a mão no pescoço. O presidente disse que está com torcicolo e culpou a seleção brasileira por isso.
"Apesar de eu não ter jogado a Copa do Mundo, estou com o pescoço duro de olhar para o gol para ver se a gente marcava e não marcamos. Fiquei com o pescoço meio duro", revelou.
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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
Sem poder fazer campanha durante a semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem criado fatos políticos para divulgar números do seu governo.
Hoje, Lula participou de reunião do Ministério dos Transportes no Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes). No encontro, o ministro Paulo Sérgio Passos divulgou um balanço da Operação Tapa-burados nas estradas.
Desde que a operação foi implementada, em janeiro, o ministério vem divulgando balanços parciais. Apenas o de hoje contou com a presença do presidente Lula.
Empolgado com os números, Lula lamentou que o ministro não tivesse levado mais dados relativos a outros setores da pasta. "Eu pensei que você iria fazer uma apresentação do conjunto do Ministério dos Transportes, da questão das ferrovias, o que está acontecendo com as ferrovias, com nossos portos. Se não fez dessa vez, faça da outra", orientou.
Porta para a corrupção
O presidente também voltou a fazer críticas de seus antecessores e saiu em defesa do Dnit, órgão frequentemente acusado de ser uma porta para a corrupção. O próprio presidente disse que, antes dele, o Dnit não tinha "boa imagem na praça".
"Tenho orgulho em ver o Dnit provar que é uma instituição que vale a pena apostar nela", afirmou, referindo-se ao "sucesso" da Operação Tapa-buracos.
E continuou: "No Brasil temos o hábito de quando uma coisa não dá certo, a primeira coisa que a gente faz é desacreditar a instituição. Já se fechou uma enormidade de coisas que se não funcionava bem, mas não era por causa da instituição, mas da pessoas que a comandava".
Lula lamentou o fato de os brasileiros terem, segundo ele, perdido o "hábito de agradecer, apenas cobram". E disse que estava na reunião porque queria agradecer pelo resultado da Operação Tapaburacos.
No final da reunião, o presidente esclareceu porque durante quase todo o tempo esteve com a mão no pescoço. O presidente disse que está com torcicolo e culpou a seleção brasileira por isso.
"Apesar de eu não ter jogado a Copa do Mundo, estou com o pescoço duro de olhar para o gol para ver se a gente marcava e não marcamos. Fiquei com o pescoço meio duro", revelou.
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