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12/07/2006
-
12h48
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Três partidos ingressaram nesta quarta-feira com representação no Conselho de Ética da Câmara contra os deputados Nilton Capixaba (PTB-RO) e João Caldas (PL-AL), envolvidos com a máfia dos sanguessugas. PPS, PV e PSOL pedem o afastamento dos deputados da terceira e quarta-secretarias da Câmara e a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar. A punição prevista nesse caso é a cassação do mandato.
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) disse que na próxima semana mais nomes serão representados. Segundo ele, os próximos serão os deputados que tiveram envolvimento com o esquema do "mensalão" e escaparam da punição e que agora também foram flagrados atuando na máfia dos sanguessugas. Dessa forma, o Congresso tenta driblar a imposição da Justiça para que os nomes dos parlamentares denunciados sejam mantidos em sigilo.
Gabeira afirmou que os documentos em poder da CPI indicam que Capixaba e João Caldas apresentaram emendas para a compra de ambulâncias que foram vendidas a preços superfaturados pela quadrilha que comandava o esquema para prefeituras. Os dois também foram citados em conversas telefônicas grampeadas pela Justiça e aparecem no livro-caixa da Planam, empresa que conduzia o esquema.
O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), disse que o afastamento dos dois da Mesa Diretora não está previsto no Regimento Interno da Câmara nem no Código de Ética. "É um fato completamente novo, vamos estudar de que forma agir", disse.
Izar quer estender para os membros da Mesa a mesma regra prevista para os titulares do Conselho de Ética, que os obriga a se afastarem quando são investigados na Casa. O deputado já indicou Nelson Trad (PMDB-MS) para relatar o processo contra João Caldas.
Capixaba e João Caldas já se afastaram das reuniões da Mesa Diretora até que a CPI dos Sanguessugas seja encerrada. Para o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), essa decisão não muda nada, já que eles continuam à frente de cargos da Mesa Diretora. "Nós queremos é que eles se afastem das secretarias", disse.
Especial
Leia a cobertura completa sobre a máfia dos sanguessugas
PPS, PSOL e PV pedem cassação de João Caldas e Capixaba
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da Folha Online, em Brasília
Três partidos ingressaram nesta quarta-feira com representação no Conselho de Ética da Câmara contra os deputados Nilton Capixaba (PTB-RO) e João Caldas (PL-AL), envolvidos com a máfia dos sanguessugas. PPS, PV e PSOL pedem o afastamento dos deputados da terceira e quarta-secretarias da Câmara e a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar. A punição prevista nesse caso é a cassação do mandato.
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) disse que na próxima semana mais nomes serão representados. Segundo ele, os próximos serão os deputados que tiveram envolvimento com o esquema do "mensalão" e escaparam da punição e que agora também foram flagrados atuando na máfia dos sanguessugas. Dessa forma, o Congresso tenta driblar a imposição da Justiça para que os nomes dos parlamentares denunciados sejam mantidos em sigilo.
Gabeira afirmou que os documentos em poder da CPI indicam que Capixaba e João Caldas apresentaram emendas para a compra de ambulâncias que foram vendidas a preços superfaturados pela quadrilha que comandava o esquema para prefeituras. Os dois também foram citados em conversas telefônicas grampeadas pela Justiça e aparecem no livro-caixa da Planam, empresa que conduzia o esquema.
O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), disse que o afastamento dos dois da Mesa Diretora não está previsto no Regimento Interno da Câmara nem no Código de Ética. "É um fato completamente novo, vamos estudar de que forma agir", disse.
Izar quer estender para os membros da Mesa a mesma regra prevista para os titulares do Conselho de Ética, que os obriga a se afastarem quando são investigados na Casa. O deputado já indicou Nelson Trad (PMDB-MS) para relatar o processo contra João Caldas.
Capixaba e João Caldas já se afastaram das reuniões da Mesa Diretora até que a CPI dos Sanguessugas seja encerrada. Para o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), essa decisão não muda nada, já que eles continuam à frente de cargos da Mesa Diretora. "Nós queremos é que eles se afastem das secretarias", disse.
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