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13/07/2006
-
09h45
ELIANE CANTANHÊDE
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), lançou ontem a suspeita de envolvimento do PT nas ações comandadas pelo PCC contra policiais civis, prédios e veículos em São Paulo. "O PT pode estar manuseando, manipulando essas ações."
Ainda segundo o senador, um dos principais articuladores da candidatura do tucano Geraldo Alckmin à Presidência, "o PT vive no submundo e nada mais me espanta nesse partido".
E continuou: "O PT vive no submundo de Santo André [onde o prefeito petista Celso Daniel foi assassinado], vive no submundo do mensalão [acusação de pagamento de votos no Congresso] e vive no submundo do MSLT [o movimento de sem-terra que invadiu e depredou o Congresso e cujos líderes estão sendo denunciados]. Então, tudo é possível, nada seria surpresa".
Só depois das declarações tão contundentes o presidente do PFL fez ressalvas. "Não estou acusando, mas mantenho minhas desconfianças", disse primeiro. "São dúvidas, não afirmativas", acrescentou em seguida.
Ele já foi o centro de uma polêmica nacional, ao dizer que queria se ver livre "dessa raça", referindo-se ao PT.
Como comparou, os ataques do PCC recrudesceram justamente na terça-feira, mesmo dia em que uma pesquisa CNT-Sensus foi divulgada, confirmando a subida de intenções de votos de Alckmin. O tucano passou para 27,2%, ante 44,1% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
Procurados, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, e o líder partido na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), não foram localizados ontem.
Bornhausen é do mesmo partido do governador do Estado de São Paulo, Cláudio Lembo, mas disse que não tinha conversado com ele até ontem à tarde a respeito da nova onda de atentados, muito menos sobre efeitos políticos.
Apesar das acusações mútuas entre as campanhas e entre os governos estadual e federal, Lembo e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, articulavam um encontro, possivelmente hoje, em São Paulo.
O ministro quer discutir com o governador a situação da segurança em São Paulo, além de lhe entregar um sofisticado equipamento de inteligência para interceptar as conversas dos chefes do PCC.
Maranhão
Bornhausen vai acompanhar o tucano Alckmin em visita ao Maranhão, no próximo dia 25, onde será recebido pela senadora pefelista Roseana Sarney (MA), que apóia extra-oficialmente a reeleição de Lula.
Pressionada por Bornhausen, numa conversa anteontem, no Congresso, Roseana decidiu que não irá ao aeroporto recepcionar Alckmin, mas patrocinará uma reunião dele com a cúpula pefelista na sua casa, a portas fechadas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre eleições de 2006
Bornhausen diz que desconfia de elo entre PT e PCC
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), lançou ontem a suspeita de envolvimento do PT nas ações comandadas pelo PCC contra policiais civis, prédios e veículos em São Paulo. "O PT pode estar manuseando, manipulando essas ações."
Ainda segundo o senador, um dos principais articuladores da candidatura do tucano Geraldo Alckmin à Presidência, "o PT vive no submundo e nada mais me espanta nesse partido".
E continuou: "O PT vive no submundo de Santo André [onde o prefeito petista Celso Daniel foi assassinado], vive no submundo do mensalão [acusação de pagamento de votos no Congresso] e vive no submundo do MSLT [o movimento de sem-terra que invadiu e depredou o Congresso e cujos líderes estão sendo denunciados]. Então, tudo é possível, nada seria surpresa".
Só depois das declarações tão contundentes o presidente do PFL fez ressalvas. "Não estou acusando, mas mantenho minhas desconfianças", disse primeiro. "São dúvidas, não afirmativas", acrescentou em seguida.
Ele já foi o centro de uma polêmica nacional, ao dizer que queria se ver livre "dessa raça", referindo-se ao PT.
Como comparou, os ataques do PCC recrudesceram justamente na terça-feira, mesmo dia em que uma pesquisa CNT-Sensus foi divulgada, confirmando a subida de intenções de votos de Alckmin. O tucano passou para 27,2%, ante 44,1% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
Procurados, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, e o líder partido na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), não foram localizados ontem.
Bornhausen é do mesmo partido do governador do Estado de São Paulo, Cláudio Lembo, mas disse que não tinha conversado com ele até ontem à tarde a respeito da nova onda de atentados, muito menos sobre efeitos políticos.
Apesar das acusações mútuas entre as campanhas e entre os governos estadual e federal, Lembo e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, articulavam um encontro, possivelmente hoje, em São Paulo.
O ministro quer discutir com o governador a situação da segurança em São Paulo, além de lhe entregar um sofisticado equipamento de inteligência para interceptar as conversas dos chefes do PCC.
Maranhão
Bornhausen vai acompanhar o tucano Alckmin em visita ao Maranhão, no próximo dia 25, onde será recebido pela senadora pefelista Roseana Sarney (MA), que apóia extra-oficialmente a reeleição de Lula.
Pressionada por Bornhausen, numa conversa anteontem, no Congresso, Roseana decidiu que não irá ao aeroporto recepcionar Alckmin, mas patrocinará uma reunião dele com a cúpula pefelista na sua casa, a portas fechadas.
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