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19/07/2006
-
16h06
da Folha Online
O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), disse hoje que vai esperar a CPI dos Sanguessugas enviar a denúncia contra os parlamentares supostamente envolvidos com o esquema de compra superfaturada de ambulâncias para depois convocar o Conselho de Ética e os lideres partidários para discutir as providências a serem tomadas.
"Vou aguardar que a CPI envie formalmente à Mesa Diretora a denúncia com todos os indícios que conseguir reunir", disse Aldo.
A CPI divulgou ontem uma lista com os nomes de 57 parlamentares supostamente envolvidos com a máfia das ambulâncias. O PSDB já anunciou que irá expulsar os parlamentares que estiverem comprovadamente metidos com o esquema.
Aldo afirmou que as eleições deste ano não devem atrapalhar as investigações do caso. O PSDB e PFL, que possuem integrantes citados na lista, informaram que não aceitarão acusações generalizadas. Como contra-ataque, os dois partidos devem usar o escândalo do mensalão para atacar o governo federal.
Esquema
A peça acusatória do Ministério Público Federal aponta que o esquema fraudulento funcionava em três vertentes, com Maria da Penha Lino como assessora especial do Ministério da Saúde, o empresário Darci José Vedoin, na Planam, e Ronildo Medeiros, com a empresa Frontal, que vendia equipamentos.
O inquérito mostra que havia superfaturamento nos preços de ambulâncias e equipamentos, com o desdobramento da licitação, nos municípios, para que os valores não ultrapassassem a R$ 80 mil. Nos municípios, a Planam, com ambulâncias, e a Frontal, com equipamentos, disputavam as cartas convites com empresas fantasmas operadas por laranjas de Medeiros e Vedoin.
No período entre 2001 e 2005 foram vendidas mais de mil ambulâncias, ao preço médio de R$ 110 mil.
No inquérito, o Ministério Público Federal demonstra que as investigações da PF conseguiram identificar casos de superfaturamento de mais de 100%, com ambulâncias compradas por R$ 40 mil e revendidas às prefeituras por até R$ 82 mil. No inquérito, os procuradores federais mostram que 311 ambulâncias sofreram esse tipo de superfaturamento.
Depois de acertado o esquema nos municípios, o grupo acionava assessores parlamentares e deputados federais para apresentarem emendas ao Orçamento para liberar recursos do Fundo Nacional de Saúde.
Com Agência Câmara
Especial
Leia a cobertura completa sobre a máfia das ambulâncias
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Aldo diz que vai esperar denúncia contra sanguessugas
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O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), disse hoje que vai esperar a CPI dos Sanguessugas enviar a denúncia contra os parlamentares supostamente envolvidos com o esquema de compra superfaturada de ambulâncias para depois convocar o Conselho de Ética e os lideres partidários para discutir as providências a serem tomadas.
"Vou aguardar que a CPI envie formalmente à Mesa Diretora a denúncia com todos os indícios que conseguir reunir", disse Aldo.
A CPI divulgou ontem uma lista com os nomes de 57 parlamentares supostamente envolvidos com a máfia das ambulâncias. O PSDB já anunciou que irá expulsar os parlamentares que estiverem comprovadamente metidos com o esquema.
Aldo afirmou que as eleições deste ano não devem atrapalhar as investigações do caso. O PSDB e PFL, que possuem integrantes citados na lista, informaram que não aceitarão acusações generalizadas. Como contra-ataque, os dois partidos devem usar o escândalo do mensalão para atacar o governo federal.
Esquema
A peça acusatória do Ministério Público Federal aponta que o esquema fraudulento funcionava em três vertentes, com Maria da Penha Lino como assessora especial do Ministério da Saúde, o empresário Darci José Vedoin, na Planam, e Ronildo Medeiros, com a empresa Frontal, que vendia equipamentos.
O inquérito mostra que havia superfaturamento nos preços de ambulâncias e equipamentos, com o desdobramento da licitação, nos municípios, para que os valores não ultrapassassem a R$ 80 mil. Nos municípios, a Planam, com ambulâncias, e a Frontal, com equipamentos, disputavam as cartas convites com empresas fantasmas operadas por laranjas de Medeiros e Vedoin.
No período entre 2001 e 2005 foram vendidas mais de mil ambulâncias, ao preço médio de R$ 110 mil.
No inquérito, o Ministério Público Federal demonstra que as investigações da PF conseguiram identificar casos de superfaturamento de mais de 100%, com ambulâncias compradas por R$ 40 mil e revendidas às prefeituras por até R$ 82 mil. No inquérito, os procuradores federais mostram que 311 ambulâncias sofreram esse tipo de superfaturamento.
Depois de acertado o esquema nos municípios, o grupo acionava assessores parlamentares e deputados federais para apresentarem emendas ao Orçamento para liberar recursos do Fundo Nacional de Saúde.
Com Agência Câmara
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