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21/07/2006 - 09h45

Okamotto vai ao PT orientar tesoureiro, mas diz que só foi rever companheiros

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CATIA SEABRA
enviada especial da Folha de S.Paulo a Brasília

O presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, deixou às 10h30 de ontem a sede do PT nacional após uma reunião com o tesoureiro do partido, Paulo Ferreira.

Ferreira fará neste ano o papel cumprido por Okamotto há quatro anos --o da logística-- e, por isso, diz ter convocado o presidente do Sebrae para obter orientação sobre a organização da campanha.

"Okamotto foi coordenador de logística em 2002. Eu o convoquei para uma reunião sobre como organizar campanha, gráfica, material e depósito", disse Ferreira, segundo o qual Okamotto foi chamado ontem porque ficará 15 dias no Japão.

Segundo Ferreira, uma das recomendações foi a de confecção de pequeno volume de material gráfico na largada da campanha. Só para teste. Okamotto disse, por meio de sua assessoria, que foi "cumprimentar os companheiros". Segundo a assessoria do Sebrae, não houve reuniões.

Amigo de Lula, ele teve o indiciamento pedido pelo relator da CPI dos Bingos, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), sob acusação de lavagem de dinheiro e crime contra a ordem tributária. Em 2005, Okamotto se apresentou como responsável pelo pagamento de dívida de R$ 29,4 mil de Lula com o PT.

"Ele é filiado ao PT. Pode ter conversa com um ou outro. Essa demonização...", reagiu o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini.

Disputa interna

Com o início da campanha, a crise política volta à tona na disputa interna do PT. Integrantes de correntes do partido têm se queixado da concentração de poder nas mãos de petistas associados à figura do ex-ministro José Dirceu. Integrantes do extinto Campo Majoritário, Ferreira e Gleber Naime terão destaque no comando da campanha. Além deles, o coordenador da maioria (antigo Campo), Francisco Rocha, atuará no gabinete de Berzoini.

A composição foi objeto de reclamação dos secretários nacionais Valter Pomar, da Articulação de Esquerda, e Romênio Pereira, do Movimento PT, na segunda-feira, durante reunião da coordenação. Eles recomendaram a participação de um deles, ou de Joaquim Soriano, da Democracia Socialista, na equipe responsável pela agenda de Lula. Assim, haveria um equilíbrio de forças, até porque boa parte dos coordenadores estaduais é saída da tendência Unidade na Luta.

O escolhido foi Soriano. "Tem que haver uma composição ampla", disse ele.
Para neutralizar essa disputa, o próprio Lula está destacando assessores palacianos para que integrem formalmente o comando da campanha. Além de Marco Aurélio Garcia, Cesar Alvarez, assessor especial do presidente, deixou o Palácio do Planalto com a tarefa de intermediar a relação entre partido e presidente.

Na quarta, Lula pediu que o partido trate, nos Estados, os aliados "em pé de igualdade", abrindo espaço para outras siglas.

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