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24/07/2006
-
09h16
CRISTIANO MACHADO
Colaboração para a Agência Folha, em Mirante do Paranapanema
Chamado de "grande guerreiro", "fiel companheiro" e "injustiçado" por líderes sem-terra, sindicalistas e políticos de esquerda do Pontal do Paranapanema (SP), o ex-ministro da Casa Civil e deputado federal cassado José Dirceu pediu votos para Luiz Inácio Lula da Silva e declarou ser um "soldado" na campanha à reeleição.
"Estamos na luta. Não tenho vergonha e sei combater na frente ou na retaguarda, como comandante ou soldado. Aliás, me sinto muito bem como soldado", disse, na 1ª Festa do Trabalhador Rural do Pontal, em Mirante do Paranapanema (530 km a oeste de SP), berço do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Organizado por José Rainha, afastado da direção do movimento, o evento também contou com a presença do ex-presidente do PT José Genoino, candidato a deputado federal.
Diferente de Dirceu, o petista que também foi acusado de envolvimento no mensalão não discursou. Questionado sobre a participação no ato, Genoino se limitou a dizer: "Hoje não estou em campanha, estou com meus companheiros".
Já o ex-ministro, aplaudido várias vezes, fez um discurso de 18 minutos e cantou o hino do MST com entusiasmo, segurando as bandeiras do movimento, da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e do PT, que acabara de ganhar numa homenagem por "sua ligação com os movimentos sociais".
"Vítima da direita"
Denunciado pelo Ministério Público Federal pela acusação de envolvimento no mensalão, Dirceu disse ontem ser "vítima da direita". "A pretexto do combate ao caixa dois e à corrupção, a direita burguesa, que sempre governou esse país, queria derrubar e inviabilizar o governo Lula. Para isso travaram uma guerra. E eu sou vítima dessa guerra", disse.
Segundo Dirceu, "nesta eleição o povo não pode titubear". "Há dois caminhos: voltar ao passado dos governos neoliberais ou continuar com o crescimento de emprego, renda, combate à miséria e a busca da integração e a soberania nacional que o presidente Lula está fazendo no Mercosul."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre José Dirceu
Dirceu diz ser soldado de Lula em ato do MST
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Colaboração para a Agência Folha, em Mirante do Paranapanema
Chamado de "grande guerreiro", "fiel companheiro" e "injustiçado" por líderes sem-terra, sindicalistas e políticos de esquerda do Pontal do Paranapanema (SP), o ex-ministro da Casa Civil e deputado federal cassado José Dirceu pediu votos para Luiz Inácio Lula da Silva e declarou ser um "soldado" na campanha à reeleição.
"Estamos na luta. Não tenho vergonha e sei combater na frente ou na retaguarda, como comandante ou soldado. Aliás, me sinto muito bem como soldado", disse, na 1ª Festa do Trabalhador Rural do Pontal, em Mirante do Paranapanema (530 km a oeste de SP), berço do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Organizado por José Rainha, afastado da direção do movimento, o evento também contou com a presença do ex-presidente do PT José Genoino, candidato a deputado federal.
Diferente de Dirceu, o petista que também foi acusado de envolvimento no mensalão não discursou. Questionado sobre a participação no ato, Genoino se limitou a dizer: "Hoje não estou em campanha, estou com meus companheiros".
Já o ex-ministro, aplaudido várias vezes, fez um discurso de 18 minutos e cantou o hino do MST com entusiasmo, segurando as bandeiras do movimento, da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e do PT, que acabara de ganhar numa homenagem por "sua ligação com os movimentos sociais".
"Vítima da direita"
Denunciado pelo Ministério Público Federal pela acusação de envolvimento no mensalão, Dirceu disse ontem ser "vítima da direita". "A pretexto do combate ao caixa dois e à corrupção, a direita burguesa, que sempre governou esse país, queria derrubar e inviabilizar o governo Lula. Para isso travaram uma guerra. E eu sou vítima dessa guerra", disse.
Segundo Dirceu, "nesta eleição o povo não pode titubear". "Há dois caminhos: voltar ao passado dos governos neoliberais ou continuar com o crescimento de emprego, renda, combate à miséria e a busca da integração e a soberania nacional que o presidente Lula está fazendo no Mercosul."
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