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24/07/2006
-
20h28
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
No primeiro pleito eleitoral após a revelação do mensalão, a coligação que sustenta a campanha do petista Nilmário Miranda ao governo de Minas Gerais (PT, PMDB, PC do B e PRB) terá não apenas um, mas três coordenadores financeiros, um deles ligado ao ex-governador Newton Cardoso (PMDB) --candidato ao Senado e ex-rival histórico do petismo.
O tesoureiro petista é Luiz Octávio Pereira Cuiabano, servidor de carreira da Caixa Econômica Federal e filiado ao PT há 20 anos. Será ele o representante na Justiça Eleitoral, mas, na prática, vai dividir a função com os tesoureiros indicados por Newton e o PRB.
O do PMDB é Weber Americano (sem partido), que foi delegado-geral de Polícia e secretário-adjunto de Justiça na governo Itamar Franco (1999-2002), de quem Newton era o vice.
O do PRB é José Francisco Salles Lopes, ex-presidente da Belotur, empresa de Turismo de Belo Horizonte, cidade gerida pelo PT. Atualmente, ele é diretor de Projetos da Embratur.
Nilmário disse que a divisão do trabalho não é reflexo dos problemas descobertos no ano passado, entre eles o caixa dois nas campanhas eleitorais petistas. Ele disse que a escolha de um trio dará mais "transparência" ao trabalho de captação de recursos e de prestação de contas.
"Não é um fiscalizar o outro. É construir juntos, ser transparentes. Nunca tínhamos feito coligação com partido grande como o PMDB. Tudo é a primeira vez para nós. Disputamos seis eleições [contra o PMDB] e agora nos unimos para a causa maior que é a eleição do Lula e para abrir uma alternativa de centro-esquerda para Minas. Então, tudo é novo", afirmou.
Recursos de Lula
Nilmário estimou gastar R$ 10 milhões, mas diz que não significa que arrecadará e gastará o valor --em 2002, quando perdeu para Aécio Neves (PSDB), disputa que se repetirá agora, estimou R$ 5 milhões. Oficialmente, gastou R$ 545 mil.
Ele disse não ter "noção, ainda", se vai haver dificuldade para captar recursos, mas já sabe que terá ajuda do comitê da reeleição de Lula. Nilmário receberá, a princípio, R$ 339 mil, segundo o tesoureiro petista.
Esse valor foi acertado na quinta, em Brasília, onde Nilmário e Cuiabano se reuniram com o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, e com o tesoureiro da campanha de Lula, José de Filippi Júnior. Serão três repasses mensais de R$ 113 mil para os eventos conjuntos de Lula e Nilmário.
Minas receberá a segunda maior parte do bolo a ser distribuído pelo comitê de Lula aos aliados nos Estados. Minas tem o maior número de municípios (853) entre todos os 27 Estados e é o segundo maior colégio eleitoral do país, com 13,679 milhões de eleitores.
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Campanha de Nilmário terá 3 tesoureiros, um ligado a Newton
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
No primeiro pleito eleitoral após a revelação do mensalão, a coligação que sustenta a campanha do petista Nilmário Miranda ao governo de Minas Gerais (PT, PMDB, PC do B e PRB) terá não apenas um, mas três coordenadores financeiros, um deles ligado ao ex-governador Newton Cardoso (PMDB) --candidato ao Senado e ex-rival histórico do petismo.
O tesoureiro petista é Luiz Octávio Pereira Cuiabano, servidor de carreira da Caixa Econômica Federal e filiado ao PT há 20 anos. Será ele o representante na Justiça Eleitoral, mas, na prática, vai dividir a função com os tesoureiros indicados por Newton e o PRB.
O do PMDB é Weber Americano (sem partido), que foi delegado-geral de Polícia e secretário-adjunto de Justiça na governo Itamar Franco (1999-2002), de quem Newton era o vice.
O do PRB é José Francisco Salles Lopes, ex-presidente da Belotur, empresa de Turismo de Belo Horizonte, cidade gerida pelo PT. Atualmente, ele é diretor de Projetos da Embratur.
Nilmário disse que a divisão do trabalho não é reflexo dos problemas descobertos no ano passado, entre eles o caixa dois nas campanhas eleitorais petistas. Ele disse que a escolha de um trio dará mais "transparência" ao trabalho de captação de recursos e de prestação de contas.
"Não é um fiscalizar o outro. É construir juntos, ser transparentes. Nunca tínhamos feito coligação com partido grande como o PMDB. Tudo é a primeira vez para nós. Disputamos seis eleições [contra o PMDB] e agora nos unimos para a causa maior que é a eleição do Lula e para abrir uma alternativa de centro-esquerda para Minas. Então, tudo é novo", afirmou.
Recursos de Lula
Nilmário estimou gastar R$ 10 milhões, mas diz que não significa que arrecadará e gastará o valor --em 2002, quando perdeu para Aécio Neves (PSDB), disputa que se repetirá agora, estimou R$ 5 milhões. Oficialmente, gastou R$ 545 mil.
Ele disse não ter "noção, ainda", se vai haver dificuldade para captar recursos, mas já sabe que terá ajuda do comitê da reeleição de Lula. Nilmário receberá, a princípio, R$ 339 mil, segundo o tesoureiro petista.
Esse valor foi acertado na quinta, em Brasília, onde Nilmário e Cuiabano se reuniram com o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, e com o tesoureiro da campanha de Lula, José de Filippi Júnior. Serão três repasses mensais de R$ 113 mil para os eventos conjuntos de Lula e Nilmário.
Minas receberá a segunda maior parte do bolo a ser distribuído pelo comitê de Lula aos aliados nos Estados. Minas tem o maior número de municípios (853) entre todos os 27 Estados e é o segundo maior colégio eleitoral do país, com 13,679 milhões de eleitores.
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