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31/07/2006
-
09h48
CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo
Disposto a conquistar um setor associado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva --o sindicalismo--, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), prometeu manter os direitos trabalhistas durante reunião com filiados à Força Sindical. Em sua investida sobre as bases pedetistas, Alckmin reuniu ontem, em São Paulo, "uns 12, 15" dos 1.800 sindicatos filiados à central. Entre os sindicalistas presentes havia representantes dos padeiros e das costureiras.
Em resposta à mobilização da CUT (Central Única dos Trabalhadores) a favor da Lula, a idéia é reunir filiados da Força Sindical e de outras centrais em Brasília num ato pela candidatura de Alckmin no mês que vem, provavelmente no dia 9.
Secretário do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e organizador do encontro, Miguel Eduardo Torres disse que o tucano se comprometeu a não tocar em direitos trabalhistas, como décimo-terceiro salário, férias e o FGTS: "Ele disse que não vai mexer em direito trabalhista de jeito nenhum".
Na semana passada, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que vai propor ao presidente a redução da alíquota da multa rescisória do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de 50% para 40%: "Eu estou propondo que a gente discuta a redução da multa para retornar aos 40%. Não tem por que manter os 10%".
Reforma
Na conversa, Alckmin voltou a repetir que a reforma tributária e a política --apenas com a exigência de fidelidade partidária-- seriam as primeiras apresentadas caso fosse eleito. O tucano, porém, aboliu a discussão sobre o fim da reeleição de sua agenda de reforma política.
As reformas trabalhista e sindical dependeriam de negociação com trabalhadores, empresários e governo. A desoneração da folha de pagamento, com incidência de impostos sobre faturamento, é uma das promessas: "Vamos passar agenda para nos os Estados do Brasil, eles irem se incorporando", disse Alckmin, "Queremos apoio de todos os trabalhadores, de todos os setores", disse.
Na reunião, Torres disse a Alckmin que, apesar de presidir o PDT no Estado e apoiar oficialmente a candidatura de Cristovam Buarque, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, liberou os sindicatos da central na eleição.
Após o encontro, Alckmin prometeu rigor do PSDB para os parlamentares do partido acusados de envolvimento no escândalo dos sanguessugas.
"Aqueles que ficarem comprovado que têm participação em ato de corrupção não vão ficar nem no partido", disse ele, evitando falar pelo aliado, PFL.
Ele acusou Lula de tolerância com a corrução: "Achar que ninguém sabia de nada é ser muito inocente na história". Alckmin disse que ele faz uso eleitoral das verbas públicas, mas o eleitor não gosta: "Esperteza demais come o dono".
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Alckmin afirma que não fará mudanças nas leis trabalhistas
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da Folha de S.Paulo
Disposto a conquistar um setor associado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva --o sindicalismo--, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), prometeu manter os direitos trabalhistas durante reunião com filiados à Força Sindical. Em sua investida sobre as bases pedetistas, Alckmin reuniu ontem, em São Paulo, "uns 12, 15" dos 1.800 sindicatos filiados à central. Entre os sindicalistas presentes havia representantes dos padeiros e das costureiras.
Em resposta à mobilização da CUT (Central Única dos Trabalhadores) a favor da Lula, a idéia é reunir filiados da Força Sindical e de outras centrais em Brasília num ato pela candidatura de Alckmin no mês que vem, provavelmente no dia 9.
Secretário do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e organizador do encontro, Miguel Eduardo Torres disse que o tucano se comprometeu a não tocar em direitos trabalhistas, como décimo-terceiro salário, férias e o FGTS: "Ele disse que não vai mexer em direito trabalhista de jeito nenhum".
Na semana passada, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que vai propor ao presidente a redução da alíquota da multa rescisória do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de 50% para 40%: "Eu estou propondo que a gente discuta a redução da multa para retornar aos 40%. Não tem por que manter os 10%".
Reforma
Na conversa, Alckmin voltou a repetir que a reforma tributária e a política --apenas com a exigência de fidelidade partidária-- seriam as primeiras apresentadas caso fosse eleito. O tucano, porém, aboliu a discussão sobre o fim da reeleição de sua agenda de reforma política.
As reformas trabalhista e sindical dependeriam de negociação com trabalhadores, empresários e governo. A desoneração da folha de pagamento, com incidência de impostos sobre faturamento, é uma das promessas: "Vamos passar agenda para nos os Estados do Brasil, eles irem se incorporando", disse Alckmin, "Queremos apoio de todos os trabalhadores, de todos os setores", disse.
Na reunião, Torres disse a Alckmin que, apesar de presidir o PDT no Estado e apoiar oficialmente a candidatura de Cristovam Buarque, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, liberou os sindicatos da central na eleição.
Após o encontro, Alckmin prometeu rigor do PSDB para os parlamentares do partido acusados de envolvimento no escândalo dos sanguessugas.
"Aqueles que ficarem comprovado que têm participação em ato de corrupção não vão ficar nem no partido", disse ele, evitando falar pelo aliado, PFL.
Ele acusou Lula de tolerância com a corrução: "Achar que ninguém sabia de nada é ser muito inocente na história". Alckmin disse que ele faz uso eleitoral das verbas públicas, mas o eleitor não gosta: "Esperteza demais come o dono".
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