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03/08/2006
-
13h17
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Marcelo Cardoso de Carvalho, ex-assessor do líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), complicou nesta quinta-feira a situação do senador em depoimento à Corregedoria do Senado.
Carvalho disse que ele não recebeu propina da máfia das ambulâncias, mas que não pode confirmar se outra pessoa do gabinete, inclusive o senador, foi subornada. "Se o senador recebeu eu não sei. Eu não recebi", disse ao corregedor, senador Romeu Tuma (PFL-SP).
O ex-assessor contou que o único valor que recebeu de Darci Vedoin, dono da Planam, foi referente à venda de um barco. O empresário teria intermediado o negócio. "Isso demonstra que os dois tinham uma relação próxima", afirmou Tuma.
Carvalho também afirmou que Suassuna tinha conhecimento de tudo o que ele fazia no gabinete. "Ele deixou claro que nunca fez nada sem o conhecimento do senador, que seria deslealdade. Que nunca deixou de comunicar qualquer emenda que tenha feito, mesmo quando o senador estava fora do Brasil", disse Tuma.
Para o corregedor, a afirmação é importante porque Suassuna não pode dizer que não sabia do que se passava.
No livro-caixa da Planam constam pagamentos que somam R$ 425 mil, dos quais R$ 200 mil teriam sido de propina para uma emenda de R$ 2 milhões e o restante de adiantamento por uma emenda que ainda seria apresentada. Os valores foram pagos em 14 transações. Segundo Tuma, no livro-caixa há referências dos pagamentos para "Ney" e "Marcelo/Ney".
O ex-assessor de Suassuna também demonstrou que tinha uma relação de confiança com o peemedebista. Ele contou que trabalhou com Suassuna no Ministério da Integração Nacional e que foi convidado pelo senador a acompanhá-lo no gabinete quando ele deixou a pasta. Carvalho confirmou que sua tarefa no gabinete era elaborar as emendas.
Tuma disse que considerou o depoimento de Carvalho muito "vazio" e que pretende chamar outros funcionários do gabinete de Suassuna para tentar esclarecer se houve mesmo participação do senador no esquema.
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Depoimento de assessor complica Suassuna
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Marcelo Cardoso de Carvalho, ex-assessor do líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), complicou nesta quinta-feira a situação do senador em depoimento à Corregedoria do Senado.
Carvalho disse que ele não recebeu propina da máfia das ambulâncias, mas que não pode confirmar se outra pessoa do gabinete, inclusive o senador, foi subornada. "Se o senador recebeu eu não sei. Eu não recebi", disse ao corregedor, senador Romeu Tuma (PFL-SP).
O ex-assessor contou que o único valor que recebeu de Darci Vedoin, dono da Planam, foi referente à venda de um barco. O empresário teria intermediado o negócio. "Isso demonstra que os dois tinham uma relação próxima", afirmou Tuma.
Carvalho também afirmou que Suassuna tinha conhecimento de tudo o que ele fazia no gabinete. "Ele deixou claro que nunca fez nada sem o conhecimento do senador, que seria deslealdade. Que nunca deixou de comunicar qualquer emenda que tenha feito, mesmo quando o senador estava fora do Brasil", disse Tuma.
Para o corregedor, a afirmação é importante porque Suassuna não pode dizer que não sabia do que se passava.
No livro-caixa da Planam constam pagamentos que somam R$ 425 mil, dos quais R$ 200 mil teriam sido de propina para uma emenda de R$ 2 milhões e o restante de adiantamento por uma emenda que ainda seria apresentada. Os valores foram pagos em 14 transações. Segundo Tuma, no livro-caixa há referências dos pagamentos para "Ney" e "Marcelo/Ney".
O ex-assessor de Suassuna também demonstrou que tinha uma relação de confiança com o peemedebista. Ele contou que trabalhou com Suassuna no Ministério da Integração Nacional e que foi convidado pelo senador a acompanhá-lo no gabinete quando ele deixou a pasta. Carvalho confirmou que sua tarefa no gabinete era elaborar as emendas.
Tuma disse que considerou o depoimento de Carvalho muito "vazio" e que pretende chamar outros funcionários do gabinete de Suassuna para tentar esclarecer se houve mesmo participação do senador no esquema.
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