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09/08/2006
-
12h34
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O relatório parcial da CPI dos Sanguessugas deve apontar o envolvimento de 75 parlamentares com a máfia das ambulâncias. A comissão investigou 91 nomes, mas encontrou provas contra 75.
O vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), defende que os nomes dos 75 parlamentares sobre os quais há provas ou indícios graves de envolvimento com o esquema sejam encaminhados para os Conselhos de Ética da Câmara e do Senado, para que sejam abertos processos de cassação de mandato.
Conforme Jungmann, o relatório da CPI --que será apresentado amanhã-- dividirá os parlamentares em três grupos. Do primeiro constam 50 nomes, sobre os quais há "provas expressivas" de participação no esquema. No segundo grupo estão listados outros 25 com provas e indícios graves. No terceiro grupo, estarão 15 parlamentares que a CPI não comprovou a participação.
"Entendo que todos os 75 devem ser enviados para o Conselho de Ética, mas a palavra final é do relator", afirmou Jungmann, se referindo ao senador Amir Lando (PMDB-RO).
O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), reiterou que pretende colocar o relatório parcial em votação amanhã. Se houver pedido de vista, Biscaia irá conceder apenas algumas horas para que o texto seja analisado pelos membros. O deputado admite, no entanto, adiar a votação somente se não houver quórum na reunião.
Novas denúncias
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPI, disse hoje que recebeu documentos que comprovariam a participação do PSB num esquema de aparelhamento do Ministério da Ciência e Tecnologia.
O material foi encaminhado pela Associação dos Funcionários da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). A Finep é vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e o órgão responsável pelo ônibus do programa de Inclusão Digital. Há suspeitas de que emendas foram liberadas para que prefeituras comprassem os veículos a preços superfaturados.
Gabeira disse que recebeu a informação de que a Finep foi inchada pelo PSB. De 38, os cargos comissionados passaram a 135, num órgão que tem 538 servidores. O deputado desconfia que se tratem de cabos eleitorais, já que muitos tinham salários altos, embora sem qualificação para o serviço.
O deputado disse que o próximo passo da CPI, após concluir a parte das ambulâncias, é investigar o esquema dos ônibus. Gabeira ironizou o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, que ontem rebateu as denúncias. "O Roberto Amaral veio aqui [no Congresso] para se distrair", disse. O PSB ingressou ontem no Conselho de Ética da Câmara pedindo a cassação de Gabeira.
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Relatório da CPI deve apontar envolvimento de 75 parlamentares
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da Folha Online, em Brasília
O relatório parcial da CPI dos Sanguessugas deve apontar o envolvimento de 75 parlamentares com a máfia das ambulâncias. A comissão investigou 91 nomes, mas encontrou provas contra 75.
O vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), defende que os nomes dos 75 parlamentares sobre os quais há provas ou indícios graves de envolvimento com o esquema sejam encaminhados para os Conselhos de Ética da Câmara e do Senado, para que sejam abertos processos de cassação de mandato.
Conforme Jungmann, o relatório da CPI --que será apresentado amanhã-- dividirá os parlamentares em três grupos. Do primeiro constam 50 nomes, sobre os quais há "provas expressivas" de participação no esquema. No segundo grupo estão listados outros 25 com provas e indícios graves. No terceiro grupo, estarão 15 parlamentares que a CPI não comprovou a participação.
"Entendo que todos os 75 devem ser enviados para o Conselho de Ética, mas a palavra final é do relator", afirmou Jungmann, se referindo ao senador Amir Lando (PMDB-RO).
O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), reiterou que pretende colocar o relatório parcial em votação amanhã. Se houver pedido de vista, Biscaia irá conceder apenas algumas horas para que o texto seja analisado pelos membros. O deputado admite, no entanto, adiar a votação somente se não houver quórum na reunião.
Novas denúncias
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPI, disse hoje que recebeu documentos que comprovariam a participação do PSB num esquema de aparelhamento do Ministério da Ciência e Tecnologia.
O material foi encaminhado pela Associação dos Funcionários da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). A Finep é vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e o órgão responsável pelo ônibus do programa de Inclusão Digital. Há suspeitas de que emendas foram liberadas para que prefeituras comprassem os veículos a preços superfaturados.
Gabeira disse que recebeu a informação de que a Finep foi inchada pelo PSB. De 38, os cargos comissionados passaram a 135, num órgão que tem 538 servidores. O deputado desconfia que se tratem de cabos eleitorais, já que muitos tinham salários altos, embora sem qualificação para o serviço.
O deputado disse que o próximo passo da CPI, após concluir a parte das ambulâncias, é investigar o esquema dos ônibus. Gabeira ironizou o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, que ontem rebateu as denúncias. "O Roberto Amaral veio aqui [no Congresso] para se distrair", disse. O PSB ingressou ontem no Conselho de Ética da Câmara pedindo a cassação de Gabeira.
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