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15/08/2006
-
20h45
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande
O deputado Lino Rossi (PP-MT) afirmou hoje em Cuiabá (MT) que renunciou à sua candidatura à reeleição. Rossi foi apontado como campeão no recebimento de propina --cerca de R$ 3,1 milhões-- entre os 72 parlamentares supostamente integrantes da máfia dos sanguessugas.
A justificativa apresentada por Rossi para renunciar à candidatura é a falta de recursos na campanha eleitoral.
"Eu desisti. Não tenho dinheiro. Não adianta. Eu já vinha acumulando dívidas desde a campanha de 2000 para a Prefeitura de Várzea Grande. Perdi e não consegui pagar minhas dívidas", afirmou o deputado, que declarou à Justiça Eleitoral possuir R$ 146 mil em bens (um apartamento e um veículo reboque).
Na prestação de contas parcial de sua campanha, apresentada no início deste mês à Justiça Eleitoral, Rossi declarou não ter arrecadado um centavo. Seu companheiro de partido, o deputado Pedro Henry, também acusado pela CPI dos Sanguessugas, informou ter coletado R$ 29 mil.
"Estou na Serasa desde 2000. Eu não tenho dinheiro. Essa história de receber R$ 3 milhões não tem lógica. Um cara que recebe R$ 3 milhões e ainda está na Serasa há seis anos tem que pegar prisão perpétua porque é vagabundo", afirmou.
Os empresários Darci José, 61, e Luiz Antonio Vedoin, 31, apontados como líderes da máfia dos sanguessugas, apresentaram 152 páginas de documentos à Justiça Federal acusando Rossi de receber a propina, incluindo eletrodomésticos.
"Eu sou amigo dele [Darci]. Nesta centena de páginas que eles falam, se analisar, há cinco, seis cópias de um mesmo depósito. Não recebi tudo isso", afirmou o deputado.
"Mas ele me ajudou muito. Ele me deu muitas cadeiras de roda [para distribuir a eleitores], emprestou um ônibus e uma carreta, 75 mil salsichas, camisetas e colchões", afirmou o deputado, negando que tenha recebido propina em troca de emendas ao Orçamento para compra de ambulâncias.
Rossi disse ainda que vai voltar à Câmara, da qual estava licenciado, para se defender, pois não teria tido a oportunidade na CPI dos Sanguessugas. "Eu tenho uma honra para ser defendida. Não quero ser cassado", afirmou.
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da Agência Folha, em Campo Grande
O deputado Lino Rossi (PP-MT) afirmou hoje em Cuiabá (MT) que renunciou à sua candidatura à reeleição. Rossi foi apontado como campeão no recebimento de propina --cerca de R$ 3,1 milhões-- entre os 72 parlamentares supostamente integrantes da máfia dos sanguessugas.
A justificativa apresentada por Rossi para renunciar à candidatura é a falta de recursos na campanha eleitoral.
"Eu desisti. Não tenho dinheiro. Não adianta. Eu já vinha acumulando dívidas desde a campanha de 2000 para a Prefeitura de Várzea Grande. Perdi e não consegui pagar minhas dívidas", afirmou o deputado, que declarou à Justiça Eleitoral possuir R$ 146 mil em bens (um apartamento e um veículo reboque).
Na prestação de contas parcial de sua campanha, apresentada no início deste mês à Justiça Eleitoral, Rossi declarou não ter arrecadado um centavo. Seu companheiro de partido, o deputado Pedro Henry, também acusado pela CPI dos Sanguessugas, informou ter coletado R$ 29 mil.
"Estou na Serasa desde 2000. Eu não tenho dinheiro. Essa história de receber R$ 3 milhões não tem lógica. Um cara que recebe R$ 3 milhões e ainda está na Serasa há seis anos tem que pegar prisão perpétua porque é vagabundo", afirmou.
Os empresários Darci José, 61, e Luiz Antonio Vedoin, 31, apontados como líderes da máfia dos sanguessugas, apresentaram 152 páginas de documentos à Justiça Federal acusando Rossi de receber a propina, incluindo eletrodomésticos.
"Eu sou amigo dele [Darci]. Nesta centena de páginas que eles falam, se analisar, há cinco, seis cópias de um mesmo depósito. Não recebi tudo isso", afirmou o deputado.
"Mas ele me ajudou muito. Ele me deu muitas cadeiras de roda [para distribuir a eleitores], emprestou um ônibus e uma carreta, 75 mil salsichas, camisetas e colchões", afirmou o deputado, negando que tenha recebido propina em troca de emendas ao Orçamento para compra de ambulâncias.
Rossi disse ainda que vai voltar à Câmara, da qual estava licenciado, para se defender, pois não teria tido a oportunidade na CPI dos Sanguessugas. "Eu tenho uma honra para ser defendida. Não quero ser cassado", afirmou.
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