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16/08/2006
-
09h37
SILVIO NAVARRO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Um dia após o início da campanha eleitoral na TV, PSDB e PFL pretendem iniciar hoje uma ofensiva para resgatar um dos temas mais polêmicos da crise política: o pagamento da dívida de R$ 29,4 mil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o PT feito pelo presidente do Sebrae, Paulo Okamotto.
O argumento dos tucanos é que Okamotto deve explicações sobre as versões conflitantes do pagamento da dívida, dadas por ele à CPI dos Bingos, e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao "Jornal Nacional".
A estratégia da oposição é anunciar hoje que apresentará um requerimento cobrando a ida de Okamotto à CCJ (Comissão e Constituição de Justiça) do Senado na primeira semana de setembro, conforme o calendário de "esforço concentrado" do Congresso para votações e funcionamento de comissões.
Como a CPI dos Bingos foi encerrada, a CCJ seria o foro apropriado para argumentar que Okamotto cometeu crime de perjúrio (falso testemunho) ao afirmar à CPI que o presidente Lula não teve conhecimento do pagamento da dívida. Antes de prestar depoimento à CPI, o depoente é obrigado a assinar um termo no qual se compromete a dizer a verdade.
"Ou ele cometeu perjúrio, e vamos pedir a sua prisão, ou ele vem desmentir o presidente", disse o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).
Em entrevista ao "JN", na semana passada, o presidente Lula relatou uma suposta conversa entre ele e Okamotto antes do pagamento da dívida. "Quer pagar, você paga, porque eu não vou pagar, porque não devo ao PT", disse Lula.
No entanto, sempre que se pronunciou sobre o caso, Okamotto se responsabilizou pelo pagamento dos R$ 29,4 mil de Lula com o PT, registrados na prestação de contas do partido, mas disse que não informou o presidente sobre o caso. Antes da entrevista, o Palácio do Planalto sempre negou que Lula soubesse da dívida. Depois da entrevista de Lula ao "JN", Okamotto informou que não falaria sobre o assunto.
No ano passado, a CPI dos Correios suspeitava que o dinheiro usado para quitar a dívida era oriundo do "valerioduto". Okamotto conseguiu impedir a quebra de seu sigilo no Supremo Tribunal Federal.
Pelo regimento da CCJ, Okamotto seria "convidado", o que não o obriga a comparecer. A oposição analisa uma brecha jurídica para exigir sua vinda, mas avalia que reacender o tema já causará turbulências.
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Um dia após o início da campanha eleitoral na TV, PSDB e PFL pretendem iniciar hoje uma ofensiva para resgatar um dos temas mais polêmicos da crise política: o pagamento da dívida de R$ 29,4 mil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o PT feito pelo presidente do Sebrae, Paulo Okamotto.
O argumento dos tucanos é que Okamotto deve explicações sobre as versões conflitantes do pagamento da dívida, dadas por ele à CPI dos Bingos, e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao "Jornal Nacional".
A estratégia da oposição é anunciar hoje que apresentará um requerimento cobrando a ida de Okamotto à CCJ (Comissão e Constituição de Justiça) do Senado na primeira semana de setembro, conforme o calendário de "esforço concentrado" do Congresso para votações e funcionamento de comissões.
Como a CPI dos Bingos foi encerrada, a CCJ seria o foro apropriado para argumentar que Okamotto cometeu crime de perjúrio (falso testemunho) ao afirmar à CPI que o presidente Lula não teve conhecimento do pagamento da dívida. Antes de prestar depoimento à CPI, o depoente é obrigado a assinar um termo no qual se compromete a dizer a verdade.
"Ou ele cometeu perjúrio, e vamos pedir a sua prisão, ou ele vem desmentir o presidente", disse o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).
Em entrevista ao "JN", na semana passada, o presidente Lula relatou uma suposta conversa entre ele e Okamotto antes do pagamento da dívida. "Quer pagar, você paga, porque eu não vou pagar, porque não devo ao PT", disse Lula.
No entanto, sempre que se pronunciou sobre o caso, Okamotto se responsabilizou pelo pagamento dos R$ 29,4 mil de Lula com o PT, registrados na prestação de contas do partido, mas disse que não informou o presidente sobre o caso. Antes da entrevista, o Palácio do Planalto sempre negou que Lula soubesse da dívida. Depois da entrevista de Lula ao "JN", Okamotto informou que não falaria sobre o assunto.
No ano passado, a CPI dos Correios suspeitava que o dinheiro usado para quitar a dívida era oriundo do "valerioduto". Okamotto conseguiu impedir a quebra de seu sigilo no Supremo Tribunal Federal.
Pelo regimento da CCJ, Okamotto seria "convidado", o que não o obriga a comparecer. A oposição analisa uma brecha jurídica para exigir sua vinda, mas avalia que reacender o tema já causará turbulências.
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