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16/08/2006 - 15h14

Lula defende lucro do BB e alto salário dos funcionários

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira o lucro do Banco do Brasil e os altos salários dos funcionários da instituição. Em visita à sede do BB, em Brasília, o presidente disse que se depender da sua vontade, o banco terá lucro todos os anos.

O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) negou que o PT tenha mudado o discurso e prometeu comer "com sal e azeite" qualquer documento do partido que mostre uma posição contrária. "Se alguém encontrar qualquer papel do PT assinado dizendo isso [contra o altos lucros dos bancos públicos], terei o prazer de comê-lo com azeite e sal, porque eu duvido. Não existe isso", disse. E complementou: "O que sempre dissemos é que o BB tem obrigação de disputar de igual para igual com os bancos, mas tem que ter missão de governo".

Questionado se comeria uma fita de vídeo com Lula discursando contra os lucros dos bancos, Paulo Bernardo disse que "a fita não conseguiria engolir".

O Banco do Brasil alcançou lucro recorde, no semestre, de R$ 3,9 bilhões. O valor é maior do que o atingido por instituições privadas, como o Bradesco. O presidente Lula disse tem "orgulho" do resultado e acusou governos passados de não almejarem o crescimento da instituição para levar o banco à privatização.

"Não foram poucas as vezes em que as manchetes, sobretudo na época da sanha das privatizações, falavam dos prejuízos. Isso para dizer que o Banco do Brasil não interessa ser público, que tem que privatizar. É com muito orgulho que recebo a notícia de que o BB está tendo lucro todos os anos", disse.

Salários

O presidente também defendeu os altos salários dos funcionários do BB. Segundo Lula, ninguém mais acusa os funcionários de serem "marajás" porque se aprendeu que "bons funcionários precisam ser bem pagos".

O discurso animou os funcionários da instituição que estavam presentes. No final da fala do presidente, um servidor gritou: Olê olá Lula, Lula. Foi contido pelo próprio Lula que fez um sinal para que ele silenciasse.

Indicações

O presidente comentou ainda, no discurso, que não fez nenhuma indicação para o Banco do Brasil, respondendo indiretamente às críticas de que o seu governo aparelhou o banco. "Nunca pedi para que colocasse um faxineiro, um assessor. Todas as minhas reuniões com a direção do banco eram para perguntar sobre a baixa dos juros", disse.

A visita do presidente segue um cronograma iniciado há duas semanas, quando ele esteve na CEF (Caixa Econômica Federal). Seguindo recomendação da campanha à reeleição, Lula tem feito o máximo de eventos públicos, já que não pode fazer campanha durante o expediente.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o presidente Lula
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