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17/08/2006
-
16h06
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), acusada de envolvimento na máfia das ambulâncias, renunciou hoje à vaga de suplente no Conselho de Ética do Senado. Ela deixou o cargo com o argumento de que poderia constranger as investigações do Conselho, já que o relatório aprovado na semana passada pela CPI dos Sanguessugas recomenda a cassação da senadora. "Eu tinha que manter distância desse processo", afirmou.
No início da semana, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que era titular do Conselho, deixou o cargo por também estar sendo acusado de participação nas fraudes. O senador também renunciou ao cargo de líder do PMDB no Senado.
Além de Serys Slhessarenko e Ney Suassuna, o senador Magno Malta (PL-ES) teve o pedido de cassação recomendado pela CPI. Malta foi o primeiro dos três senadores a enviar sua defesa ao Conselho de Ética do Senado. Menos de 24 horas depois de ser notificado, ele encaminhou hoje a defesa ao presidente do Conselho, senador João Alberto (PMDB-MA).
Magno Malta é acusado de ter feito acordo com a Planam, principal empresa da máfia das ambulâncias, para receber propina se destinasse uma emenda de R$ 1 milhão para a empresa.
Como adiantamento, o senador teria recebido um carro. Malta não apresentou a emenda, mas admite que usou o carro do deputado licenciado Lino Rossi (PP-MT), também envolvido nas fraudes. Magno Malta argumenta, no entanto, que pegou o carro emprestado e que o devolveu ao deputado há mais de um ano.
A exemplo do que vem fazendo desde o início da semana, hoje o senador ocupou o plenário do Senado para se defender das acusações. "Eu nunca apresentei emenda, estou fora do fato apurado pela CPI dos Sanguessugas. As minhas mãos estão limpas. Por isso, estou todos os dias aqui no plenário para poder falar e me defendeu", disse.
A senadora Serys Slhessarenko, que é candidata ao governo do Mato Grosso, cumpriu agenda de senadora nesta quinta-feira e também rebateu as acusações. A senadora criticou a pressão da opinião pública para a cassação dos mandatos de parlamentares suspeitos de participação no esquema dos sanguessugas.
"Pizza, na política, é a expressão usada para criticar culpados que são inocentados. Mas inocentes serem punidos sem ao menos serem julgados, isso é crime", criticou. Serys Slhessarenko disse que vai cumprir o prazo determinado pelo Conselho de Ética para apresentar defesa. O prazo termina na próxima segunda-feira.
Já o senador Ney Suassuna cumpriu agenda de candidato na Paraíba. Suassuna esteve no Senado apenas na segunda-feira, para renunciar à liderança do PMDB e ao Conselho de Ética. O senador concorre à reeleição ao Senado Federal.
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Senadora acusada de participar da máfia renuncia à vaga no Conselho de Ética
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da Folha Online, em Brasília
A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), acusada de envolvimento na máfia das ambulâncias, renunciou hoje à vaga de suplente no Conselho de Ética do Senado. Ela deixou o cargo com o argumento de que poderia constranger as investigações do Conselho, já que o relatório aprovado na semana passada pela CPI dos Sanguessugas recomenda a cassação da senadora. "Eu tinha que manter distância desse processo", afirmou.
No início da semana, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que era titular do Conselho, deixou o cargo por também estar sendo acusado de participação nas fraudes. O senador também renunciou ao cargo de líder do PMDB no Senado.
Além de Serys Slhessarenko e Ney Suassuna, o senador Magno Malta (PL-ES) teve o pedido de cassação recomendado pela CPI. Malta foi o primeiro dos três senadores a enviar sua defesa ao Conselho de Ética do Senado. Menos de 24 horas depois de ser notificado, ele encaminhou hoje a defesa ao presidente do Conselho, senador João Alberto (PMDB-MA).
Magno Malta é acusado de ter feito acordo com a Planam, principal empresa da máfia das ambulâncias, para receber propina se destinasse uma emenda de R$ 1 milhão para a empresa.
Como adiantamento, o senador teria recebido um carro. Malta não apresentou a emenda, mas admite que usou o carro do deputado licenciado Lino Rossi (PP-MT), também envolvido nas fraudes. Magno Malta argumenta, no entanto, que pegou o carro emprestado e que o devolveu ao deputado há mais de um ano.
A exemplo do que vem fazendo desde o início da semana, hoje o senador ocupou o plenário do Senado para se defender das acusações. "Eu nunca apresentei emenda, estou fora do fato apurado pela CPI dos Sanguessugas. As minhas mãos estão limpas. Por isso, estou todos os dias aqui no plenário para poder falar e me defendeu", disse.
A senadora Serys Slhessarenko, que é candidata ao governo do Mato Grosso, cumpriu agenda de senadora nesta quinta-feira e também rebateu as acusações. A senadora criticou a pressão da opinião pública para a cassação dos mandatos de parlamentares suspeitos de participação no esquema dos sanguessugas.
"Pizza, na política, é a expressão usada para criticar culpados que são inocentados. Mas inocentes serem punidos sem ao menos serem julgados, isso é crime", criticou. Serys Slhessarenko disse que vai cumprir o prazo determinado pelo Conselho de Ética para apresentar defesa. O prazo termina na próxima segunda-feira.
Já o senador Ney Suassuna cumpriu agenda de candidato na Paraíba. Suassuna esteve no Senado apenas na segunda-feira, para renunciar à liderança do PMDB e ao Conselho de Ética. O senador concorre à reeleição ao Senado Federal.
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