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18/08/2006
-
10h48
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Após anunciar uma ofensiva para tentar levar o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, para prestar depoimento no Senado, PSDB, PFL e PPS entraram ontem com uma representação no Ministério Público Federal pedindo abertura de inquérito contra ele por crime de perjúrio (falso testemunho) ao depor à CPI dos Bingos.
A oposição alega conflito de versões entre a explicação dada por Okamotto pelo pagamento de uma dívida de R$ 29,4 mil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao PT e o relato do caso feito pelo próprio presidente em entrevista ao "Jornal Nacional", na semana passada.
Como o depoimento à CPI é feito sob juramento, a oposição argumenta que ou ele ou o presidente mentiu. À CPI, Okamotto se responsabilizou pelo pagamento da dívida, mas disse que não informou o presidente do caso. Na entrevista ao "JN", Lula relatou uma suposta conversa com Okamotto na qual o autoriza a quitar a dívida. "Quer pagar você paga porque eu não vou pagar", disse Lula.
Após a entrevista, Okamotto não comenta mais o assunto.
A ação leva a assinatura dos presidentes dos três partidos, Tasso Jereissati (PSDB), Jorge Bornhausen (PFL) e Roberto Freire (PPS). Foram anexados ao texto cópia do depoimento à CPI e uma fita com a entrevista de Lula. A legislação prevê pena de um a três anos de reclusão para crime de perjúrio.
A oposição pretende também aprovar um "convite" --que não o obriga a comparecer-- para que ele se explique na Comissão de Constituição e Justiça do Senado em setembro.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Paulo Okamotto
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Oposição pede inquérito ao MPF contra Okamotto
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Após anunciar uma ofensiva para tentar levar o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, para prestar depoimento no Senado, PSDB, PFL e PPS entraram ontem com uma representação no Ministério Público Federal pedindo abertura de inquérito contra ele por crime de perjúrio (falso testemunho) ao depor à CPI dos Bingos.
A oposição alega conflito de versões entre a explicação dada por Okamotto pelo pagamento de uma dívida de R$ 29,4 mil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao PT e o relato do caso feito pelo próprio presidente em entrevista ao "Jornal Nacional", na semana passada.
Como o depoimento à CPI é feito sob juramento, a oposição argumenta que ou ele ou o presidente mentiu. À CPI, Okamotto se responsabilizou pelo pagamento da dívida, mas disse que não informou o presidente do caso. Na entrevista ao "JN", Lula relatou uma suposta conversa com Okamotto na qual o autoriza a quitar a dívida. "Quer pagar você paga porque eu não vou pagar", disse Lula.
Após a entrevista, Okamotto não comenta mais o assunto.
A ação leva a assinatura dos presidentes dos três partidos, Tasso Jereissati (PSDB), Jorge Bornhausen (PFL) e Roberto Freire (PPS). Foram anexados ao texto cópia do depoimento à CPI e uma fita com a entrevista de Lula. A legislação prevê pena de um a três anos de reclusão para crime de perjúrio.
A oposição pretende também aprovar um "convite" --que não o obriga a comparecer-- para que ele se explique na Comissão de Constituição e Justiça do Senado em setembro.
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