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19/08/2006
-
09h16
SILVIO NAVARRO
Enviado da Folha de S.Paulo a Palmas (TO)
ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Antes mesmo de terminar a primeira semana de propaganda eleitoral na TV, o PFL intensificou as críticas à falta de ataques de Geraldo Alckmin (PSDB) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os pefelistas defendem um programa mais duro e crítico ao PT.
A direção do PSDB também decidiu intervir nos Estados para resolver problemas de "distanciamento" das campanhas estaduais com a nacional.
As reclamações dos pefelistas começaram na semana passada quando o partido aliado exigia uma declaração de Alckmin vinculando a série de ataques do PCC, em São Paulo, ao PT. Ontem, integrantes da cúpula pefelista decidiram verbalizar o descontentamento com o estilo do tucano depois que viram a ausência de ataques de Alckmin na propaganda na TV.
"Acho que o candidato tem todas as qualidades, mas quando fala à população é muito linear. Falta indignação. É preciso que se mostre mais indignado com a corrupção. Cada um tem seu estilo, mas acho que chegaria [a mensagem] mais fácil à população", disse o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). O pefelista Cesar Maia, prefeito do Rio, também critica o estilo de Alckmin.
"O programa de TV tem de ser feito seguindo o estilo do candidato. Tem alguns candidatos que são agressivos e outros não. É esse o estilo dele e vai ser este até o fim", disse o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE). "Não vou impor que Geraldo Alckmin fale como Antonio Carlos Magalhães. Ou que ACM fale como Alckmin", completou.
Questionado sobre a pressão do PFL sobre o programa, Alckmin disse que "sua primeira tarefa é mostrar quem é o candidato e que o contraditório virá."
Estados
Já o enquadramento dos aliados nos Estados, que têm se recusado a associar a candidatura a Alckmin, será o tema da próxima reunião do conselho político. "Estamos mandando um aviso verbal para que todos tenham [o nome de Alckmin]", disse Tasso, que admitiu a hipótese de intervenção.
Um exemplo da divisão nos Estados ocorreu ontem na visita de Alckmin a Tocantins, onde o PSDB concorre ao governo com uma chapa pura encabeçada por Siqueira Campos com seu filho Eduardo Siqueira ao Senado. O PFL apóia Marcelo Miranda (PMDB), com Kátia Abreu (PFL) ao Senado.
A previsão era que Alckmin fosse recepcionado no aeroporto por pefelistas. Ninguém apareceu. O senador Eduardo Siqueira diz ter sido convocado às pressas para socorrê-lo. Ao justificar a ausência dos pefelistas, Kátia Abreu disse: "Gostaria que o senhor relevasse e compreendesse a dificuldade com o PSDB regional. Nosso maior adversário é o 45 do Siqueira. Sabemos a diferença do 45 do Alckmin, mas é difícil passar isso para as pessoas."
À noite, em evento na Associação Tocantinense de Municípios, Alckmin subiu o tom das críticas a Lula. Disse que um segundo mandato seria "um desastre completo".
"O Lula prometeu 10 milhões de empregos, e o que ele fez? Aumentou imposto, os juros, atrapalhou o câmbio, temos a maior crise da agricultura dos últimos 40 anos, o mar de obras paradas, fomos para trás na questão ética. É uma lista telefônica de casos de corrupção."
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PFL critica campanha de Alckmin na TV
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Enviado da Folha de S.Paulo a Palmas (TO)
ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Antes mesmo de terminar a primeira semana de propaganda eleitoral na TV, o PFL intensificou as críticas à falta de ataques de Geraldo Alckmin (PSDB) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os pefelistas defendem um programa mais duro e crítico ao PT.
A direção do PSDB também decidiu intervir nos Estados para resolver problemas de "distanciamento" das campanhas estaduais com a nacional.
As reclamações dos pefelistas começaram na semana passada quando o partido aliado exigia uma declaração de Alckmin vinculando a série de ataques do PCC, em São Paulo, ao PT. Ontem, integrantes da cúpula pefelista decidiram verbalizar o descontentamento com o estilo do tucano depois que viram a ausência de ataques de Alckmin na propaganda na TV.
"Acho que o candidato tem todas as qualidades, mas quando fala à população é muito linear. Falta indignação. É preciso que se mostre mais indignado com a corrupção. Cada um tem seu estilo, mas acho que chegaria [a mensagem] mais fácil à população", disse o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). O pefelista Cesar Maia, prefeito do Rio, também critica o estilo de Alckmin.
"O programa de TV tem de ser feito seguindo o estilo do candidato. Tem alguns candidatos que são agressivos e outros não. É esse o estilo dele e vai ser este até o fim", disse o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE). "Não vou impor que Geraldo Alckmin fale como Antonio Carlos Magalhães. Ou que ACM fale como Alckmin", completou.
Questionado sobre a pressão do PFL sobre o programa, Alckmin disse que "sua primeira tarefa é mostrar quem é o candidato e que o contraditório virá."
Estados
Já o enquadramento dos aliados nos Estados, que têm se recusado a associar a candidatura a Alckmin, será o tema da próxima reunião do conselho político. "Estamos mandando um aviso verbal para que todos tenham [o nome de Alckmin]", disse Tasso, que admitiu a hipótese de intervenção.
Um exemplo da divisão nos Estados ocorreu ontem na visita de Alckmin a Tocantins, onde o PSDB concorre ao governo com uma chapa pura encabeçada por Siqueira Campos com seu filho Eduardo Siqueira ao Senado. O PFL apóia Marcelo Miranda (PMDB), com Kátia Abreu (PFL) ao Senado.
A previsão era que Alckmin fosse recepcionado no aeroporto por pefelistas. Ninguém apareceu. O senador Eduardo Siqueira diz ter sido convocado às pressas para socorrê-lo. Ao justificar a ausência dos pefelistas, Kátia Abreu disse: "Gostaria que o senhor relevasse e compreendesse a dificuldade com o PSDB regional. Nosso maior adversário é o 45 do Siqueira. Sabemos a diferença do 45 do Alckmin, mas é difícil passar isso para as pessoas."
À noite, em evento na Associação Tocantinense de Municípios, Alckmin subiu o tom das críticas a Lula. Disse que um segundo mandato seria "um desastre completo".
"O Lula prometeu 10 milhões de empregos, e o que ele fez? Aumentou imposto, os juros, atrapalhou o câmbio, temos a maior crise da agricultura dos últimos 40 anos, o mar de obras paradas, fomos para trás na questão ética. É uma lista telefônica de casos de corrupção."
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