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21/08/2006 - 20h39

Cabral diz que é favorável à união civil entre homossexuais

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CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio

O senador Sérgio Cabral Filho (PMDB), candidato ao governo do Rio de Janeiro, disse que prefere se classificar em termos ideológicos como um social-democrata.

"Contra a política intervencionista e contra o laissez faire-laissez passer".

O candidato foi entrevistado por Paula Cesarino Costa (diretora da Sucursal do Rio), Plínio Fraga (coordenador da Sucursal), Eliane Cantanhêde e Danuza Leão (colunistas).

Ele defendeu a união civil entre casais do mesmo sexo, mas disse ser contra a legalização do aborto e a pena de morte.

Ele afirmou ainda que defende a política de cotas para estudantes de escolas públicas e de cor negra em universidades.

Cabral afirmou nesta segunda-feira que não vê nenhum problema em seu nome estar associado ao do casal Garotinho.

O senador Cabral é o candidato apoiado pela governadora Rosinha Matheus, e pelo marido dela, Anthony Garotinho.

"Temos uma relação extremamente respeitosa e pautada pela independência", disse Cabral, que participou de sabatina da Folha.

O senador, que está na dianteira da disputa o governo fluminense, perdeu seis pontos percentuais de acordo nas últimas pesquisas realizadas após o início do horário de propaganda eleitoral no rádio e na TV.

Ele afirmou que, se eleito, vai levar adiante os programas assistenciais do casal Garotinho como o Cheque Cidadão [programa de renda do governo do Rio] e o restaurante popular a R$ 1.

Entre os pontos positivos da gestão Garotinho, Cabral elogiou as delegacias legais, a atuação da Secretaria de Energia do Rio, mas disse que é preciso melhorar a Saúde e a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto).

Violência no Rio

Cabral afirmou não ter dúvidas que se houvesse no Rio onda de violência semelhante à ocorrida em São Paulo não hesitaria em pedir a intervenção do Exército.

Em termos de segurança, disse que pretende investir numa maior integração com a Polícia Federal, no policiamento ostensivo e na profissionalização da Polícia Militar, alargamento das ruas dentro das favelas.

Corrida presidencial

Cabral afirmou ainda ter preferido adotar uma posição de "neutralidade radical" em relação aos candidatos à Presidência da República.

Ele negou que o fato esteja relacionado ao lançamento da candidatura de Eduardo Paes (PSDB) ao governo do Estado.

"Da mesma maneira que Alckmin e Lula têm dois palanques, eu prefiro tomar a posição da neutralidade radical", disse Cabral. Segundo o senador, nenhum dos candidatos à Presidência subirá em seu palanque ao menos no primeiro turno.

Mesmo assim, Cabral citou diversas vezes Aécio Neves (PSDB), mas negou que o tucano seja seu candidato em 2010.

Corrupção

Sobre os candidatos envolvidos em denúncias de corrupção na bancada do PMDB, Cabral disse que não lideraria um processo contra os suspeitos, mas defendeu a não-candidatura dos envolvidos. 'Eu lamento, mas temos que deixar a Justiça decidir.'

Ao ser questionado sobre sua ausência em cerca de 52% das votações no Senado, ele disse: 'estive presente somente nas votações importantes', disse ao citar as votações do salário mínimo e a da Lei de Falências, entre outras.

Gastos públicos e educação

Cabral afirmou que pretende reverter o rombo nas contas do Estado de cerca de R$ 1,9 bilhão, com a redução dos gastos com custeio. Ao comentar sua plataforma sobre educação, o candidato disse que vai pôr fim ao programa Nova Escola, de gratificação a professores, aumentar o repasse para a Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e elevar os salários dos professores.

Aumento de patrimônio

Ele negou problemas com o aumento de seu patrimônio nos últimos quatro anos. Nesse período, o patrimônio de Cabral cresceu 66,92%.

Em 2002, quando candidatou-se ao Senado após três mandatos como deputado estadual, Cabral Filho listou bens que somam R$ 388.130,42. Agora, seus bens estão avaliados em R$ 647.875,61,

Sabatinas

Cabral iniciou hoje a rodada de sabatinas com os principais candidatos ao governo do Rio de Janeiro.

As sabatinas acontecem no Teatro das Artes (Shopping da Gávea, rua Marquês de São Vicente, 52, Gávea), das 15h às 17h. Inscrições podem ser feitas de segunda a sexta, das 14h às 20h, pelo tel. 0/xx/11/3224-3473, ou pelo e-mail eventofolha@folhasp.com.br. É preciso informar nome, RG e telefone.

Nesta terça-feira, será a vez do senador Marcelo Crivella (PRB) e, na quarta, a sabatinada será a deputada Denise Frossard (PPS).

São Paulo

Para encerrar a série com candidatos a governador, serão sabatinados os três principais candidatos em São Paulo.

O ex-governador Orestes Quércia (PMDB) abrirá a série em São Paulo, sendo sabatinado no dia 29. No dia 30, o entrevistado será o senador Aloizio Mercadante (PT). José Serra (PSDB), ex-prefeito de São Paulo, no dia 31, encerra o ciclo com candidatos a governador.

Os candidatos em São Paulo serão entrevistados por Vaguinaldo Marinheiro, secretário de Redação da Folha (mediador do debate), pelo editor de Brasil, Fernando de Barros e Silva, e pelos colunistas da Folha Mônica Bergamo e Gilberto Dimenstein.

Especial
  • Leia cobertura completa das sabatinas na Folha
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