Publicidade
Publicidade
22/08/2006
-
10h19
MALU DELGADO
da Folha de S.Paulo
O ex-ministro José Dirceu disse ontem que não existe nenhum constrangimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou do PT com a participação na campanha dos parlamentares da legenda que se envolveram no esquema do mensalão.
Como se fosse um dos coordenadores de campanha, Dirceu deu detalhes do que teria ocorrido no comício de Lula em Osasco (SP) domingo. No evento, Lula em momento nenhum apareceu ao lado do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha. "O Lula não teve constrangimento nenhum com o João Paulo. É uma mentira da imprensa. O Lula convidou o João Paulo para vir para a frente do palanque e ele é que não aceitou, como eu não aceitaria também", relatou Dirceu, que foi ontem ao lançamento do livro do ex-presidente do PT José Genoino.
Em seguida, o ex-ministro disse que "sabe o que aconteceu" em Osasco porque conversou "com pessoas da militância que estavam lá". Dirceu e João Paulo estão entre os 40 nomes da lista de pedidos de indiciamento enviada ao STF pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, que classificou o mensalão de "organização criminosa". Dirceu foi cassado; João Paulo absolvido no plenário da Câmara.
A Folha apurou que, antes do comício, houve uma reunião do diretório do PT em Osasco para avaliar o impacto da aparição de João Paulo ao lado de Lula. Para a maioria dos petistas, o melhor seria evitar a presença ostensiva de João Paulo no comício do presidente.
Um petista disse, sob reserva, que alguns dos militantes que gritavam no comício o nome de João Paulo eram aliados do ex-presidente da Câmara que não se conformaram com a decisão do diretório.
Coordenadores da campanha de Lula afirmam que, para o presidente, não é incômodo conviver na campanha com os parlamentares que se ligaram ao mensalão. Já o comando da campanha está dividido sobre os impactos no eleitorado. Parte acha que é inócuo aparecer ou não ao lado de mensaleiros. Outros não querem arriscar.
Ao ser questionado se aparecer ao lado dos parlamentares mensaleiros tiraria votos, Dirceu foi reticente: "Isso é um outro problema. Isso é o eleitorado que vai dizer". Segundo o ex-ministro, se conviver com os mensaleiros na campanha fosse motivo de constrangimento o PT deveria ter negado a eles a legenda para a eleição.
Para o ex-ministro, Lula vai se reeleger no primeiro turno, e o PT fará uma bancada praticamente igual à de 2002, de 92 parlamentares. "Eu faço campanha para o João Paulo com o maior prazer, para o Genoino, para o Palocci. Eu estou absolutamente tranqüilo. Fui absolvido na CPI dos Bingos, no caso Santo André e vou ser absolvido no STF", afirmou Dirceu.
Dirceu disse que Lula não está se desligando do PT, mas que a "política de comunicação" do programa eleitoral na TV avalia que é preciso ampliar a votação para além da legenda. "Lula é presidente do Brasil. Ele vai ser eleito com um eleitorado muito mais amplo que o do PT. É filiado ao PT, o Brasil inteiro sabe disso, e o PT é o principal partido que dá sustentação ao governo", disse.
O ex-ministro afirmou que sua prioridade é reeleger Lula e aguardar sua absolvição no Supremo. Só depois, afirmou Dirceu, pensará na tentativa de anular a cassação do mandato.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Enquete: qual candidato se saiu melhor no primeiro debate entre presidenciáveis?
Enquete: o horário eleitoral muda ou não o seu voto?
Lula não foi "constrangido" por mensaleiro, diz Dirceu
Publicidade
da Folha de S.Paulo
O ex-ministro José Dirceu disse ontem que não existe nenhum constrangimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou do PT com a participação na campanha dos parlamentares da legenda que se envolveram no esquema do mensalão.
Como se fosse um dos coordenadores de campanha, Dirceu deu detalhes do que teria ocorrido no comício de Lula em Osasco (SP) domingo. No evento, Lula em momento nenhum apareceu ao lado do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha. "O Lula não teve constrangimento nenhum com o João Paulo. É uma mentira da imprensa. O Lula convidou o João Paulo para vir para a frente do palanque e ele é que não aceitou, como eu não aceitaria também", relatou Dirceu, que foi ontem ao lançamento do livro do ex-presidente do PT José Genoino.
Em seguida, o ex-ministro disse que "sabe o que aconteceu" em Osasco porque conversou "com pessoas da militância que estavam lá". Dirceu e João Paulo estão entre os 40 nomes da lista de pedidos de indiciamento enviada ao STF pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, que classificou o mensalão de "organização criminosa". Dirceu foi cassado; João Paulo absolvido no plenário da Câmara.
A Folha apurou que, antes do comício, houve uma reunião do diretório do PT em Osasco para avaliar o impacto da aparição de João Paulo ao lado de Lula. Para a maioria dos petistas, o melhor seria evitar a presença ostensiva de João Paulo no comício do presidente.
Um petista disse, sob reserva, que alguns dos militantes que gritavam no comício o nome de João Paulo eram aliados do ex-presidente da Câmara que não se conformaram com a decisão do diretório.
Coordenadores da campanha de Lula afirmam que, para o presidente, não é incômodo conviver na campanha com os parlamentares que se ligaram ao mensalão. Já o comando da campanha está dividido sobre os impactos no eleitorado. Parte acha que é inócuo aparecer ou não ao lado de mensaleiros. Outros não querem arriscar.
Ao ser questionado se aparecer ao lado dos parlamentares mensaleiros tiraria votos, Dirceu foi reticente: "Isso é um outro problema. Isso é o eleitorado que vai dizer". Segundo o ex-ministro, se conviver com os mensaleiros na campanha fosse motivo de constrangimento o PT deveria ter negado a eles a legenda para a eleição.
Para o ex-ministro, Lula vai se reeleger no primeiro turno, e o PT fará uma bancada praticamente igual à de 2002, de 92 parlamentares. "Eu faço campanha para o João Paulo com o maior prazer, para o Genoino, para o Palocci. Eu estou absolutamente tranqüilo. Fui absolvido na CPI dos Bingos, no caso Santo André e vou ser absolvido no STF", afirmou Dirceu.
Dirceu disse que Lula não está se desligando do PT, mas que a "política de comunicação" do programa eleitoral na TV avalia que é preciso ampliar a votação para além da legenda. "Lula é presidente do Brasil. Ele vai ser eleito com um eleitorado muito mais amplo que o do PT. É filiado ao PT, o Brasil inteiro sabe disso, e o PT é o principal partido que dá sustentação ao governo", disse.
O ex-ministro afirmou que sua prioridade é reeleger Lula e aguardar sua absolvição no Supremo. Só depois, afirmou Dirceu, pensará na tentativa de anular a cassação do mandato.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice