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22/08/2006 - 19h36

Aécio e Serra minimizam Lula na campanha de Lúcio Alcântara

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FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em Resende

O governador Aécio Neves (PSDB-MG) disse hoje que a intenção do governador tucano do Ceará, Lúcio Alcântara, ao mostrar uma mensagem de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu programa eleitoral, foi dar uma resposta às "insinuações" da oposição de que poderia haver um "divórcio" entre governo cearense e o governo federal, caso Lula e Lúcio sejam reeleitos.

"Na verdade, houve por parte da oposição, segundo eu estou informado, insinuações sucessivas de que a reeleição do governador Lúcio Alcântara e a eventual reeleição do presidente Lula significaria um divórcio do Ceará com o governo federal. Ele apenas quis dizer que trabalha com Geraldo Alckmin, mas que, qualquer que seja o resultado [das eleições], não haverá esse tipo de perseguição", disse Aécio.

A declaração foi feita após uma cerimônia que lembrou os 30 anos da morte do presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), realizada no km 328 da Via Dutra, em Resende (RJ), local onde JK sofreu o acidente de carro que provocou a sua morte.

Participaram da homenagem os candidatos do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, ao governo de São Paulo, José Serra, e ao governo do Rio, Eduardo Paes, além de Maristela Kubitschek, filha de JK e candidata a vice de Paes.

Serra disse que não entendeu a propaganda de Lúcio como uma declaração de apoio do cearense à reeleição do presidente Lula. "Creio que ele [Lúcio] pôs a imagem do Lula por razões da política cearense. Mas confio que ele vai trabalhar pelo nosso candidato", disse.

Serra afirmou ainda que Alckmin não precisa aparecer nos programas eleitorais em todos os Estados para vencer. "A campanha [de Alckmin] já tem o apoio de Estados-chaves, como São Paulo", disse ele.

A veiculação da mensagem de Lula provocou mal-estar no PSDB. Alckmin ainda não foi citado por Lúcio em seu programa eleitoral.

Questionado, Alckmin disse apenas que não via "nenhum problema" na atitude de Lúcio e que falaria sobre o assunto em Resende, onde acompanhou Eduardo Paes em um corpo-a-corpo com eleitores. Porém, o candidato não concedeu entrevistas durante a caminhada e, depois, embarcou no avião que o levou ao Rio de Janeiro antes que a imprensa chegasse ao aeroporto.

Em Resende como na homenagem a JK, Alckmin disse que, se eleito, pretende juntar esforços com os governos de Minas, São Paulo e Rio para despoluir o rio Paraíba do Sul, que passa pelos três Estados. Disse ainda que pretende "reviver os sonhos de Juscelino."

"O nosso compromisso é reviver os sonhos de Juscelino, de um Brasil grande, de um Brasil forte, de um Brasil de oportunidades", disse.

Alckmin voltou a criticar a política econômica do governo Lula. "Se continuarmos com impostos tão altos, juros tão elevados e câmbio tão ruim, evidente que nós vamos desindustrializar o país. Você vai virar importador de peças."

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