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23/08/2006
-
18h16
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), Odilon Marcuzzo do Canto, acusou hoje o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) de ser "esquizofrênico" em resposta aos ataques que o parlamentar vem fazendo ao órgão.
Odilon disse que as denúncias de Gabeira não têm fundamento e considerou risível a interpretação do deputado ao registro "encomenda vertical" que aparece em vários projetos encaminhados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia para a análise dos técnicos.
Ontem, Gabeira disse que se tratava de uma senha para que os analistas aprovassem os projetos sem contestações, seguindo ordem "de gente de cima".
"Trata-se de uma leitura esquizofrênica, não existe nada com relação a isso, não existe orientação. A Finep tem um corpo de técnicos capazes e eles vão dizer para a diretoria se o projeto está bem feito ou não", criticou Odilon.
Segundo o presidente da Finep, o carimbo "encomenda vertical" indica aos técnicos que o projeto diz respeito a um único fundo setorial. Como são 15 os fundos setoriais que destinam recursos para a área de Ciência e Tecnologia, o código é para que os técnicos tenham conhecimento se os projetos estão relacionados a um ou mais fundos. Nesse último caso, o registro é de "encomenda transversal". "É um código de classificação, apenas isso", esclareceu.
O presidente da Finep disse que uma auditoria foi feita em todos os projetos aprovados pelo órgão e o resultado é que não foram encontradas irregularidades. Segundo ele, os problemas aconteceram nas instituições que receberam os recursos e não na Finep.
"A Finep analisou 12 projetos que receberiam recursos de emendas. Dos quais, 8 foram aprovados e 4 rejeitados. Dos aprovados, somente em três foram encontrados problemas, mas nas instituições e não da Finep", disse. Os 'problemas' são ônibus para o programa de Inclusão Digital vencidos a preços superfaturados e em estado lastimável.
Viagem
Sobre a viagem que um funcionário teria recebido de "presente" para não denunciar supostas irregularidades na Finep, o presidente do órgão disse que é mais uma acusação inverídica. Segundo Odilon, o funcionário André Pereira Nunes esteve em Las Vegas, em abril deste ano, para participar de uma conferência internacional que discutiu temas relacionados à área dele.
"O funcionário é um especialista nesta questão de TV digital. Na Finep, os técnicos sempre viajam para participar de conferências", disse.
O presidente da Finep disse que desde que Gabeira fez as primeiras denúncias, convidou o deputado a comparecer na instituição para esclarecer todos os fatos. Segundo ele, Gabeira esteve na Finep no último dia 16, mas com uma postura de "inquisidor". "Disse a ele que estava ali como meu convidado e não representando a CPI dos Sanguessugas e que não poderia ter se comportado como tal. Exigi que parece com as perguntas e encerrei a conversa", revelou.
Para Odilon, Gabeira está trabalhando com fatos distorcidos, repassados a ele por sindicalistas.
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Presidente da Finep rebate acusações de Gabeira
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da Folha Online, em Brasília
O presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), Odilon Marcuzzo do Canto, acusou hoje o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) de ser "esquizofrênico" em resposta aos ataques que o parlamentar vem fazendo ao órgão.
Odilon disse que as denúncias de Gabeira não têm fundamento e considerou risível a interpretação do deputado ao registro "encomenda vertical" que aparece em vários projetos encaminhados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia para a análise dos técnicos.
Ontem, Gabeira disse que se tratava de uma senha para que os analistas aprovassem os projetos sem contestações, seguindo ordem "de gente de cima".
"Trata-se de uma leitura esquizofrênica, não existe nada com relação a isso, não existe orientação. A Finep tem um corpo de técnicos capazes e eles vão dizer para a diretoria se o projeto está bem feito ou não", criticou Odilon.
Segundo o presidente da Finep, o carimbo "encomenda vertical" indica aos técnicos que o projeto diz respeito a um único fundo setorial. Como são 15 os fundos setoriais que destinam recursos para a área de Ciência e Tecnologia, o código é para que os técnicos tenham conhecimento se os projetos estão relacionados a um ou mais fundos. Nesse último caso, o registro é de "encomenda transversal". "É um código de classificação, apenas isso", esclareceu.
O presidente da Finep disse que uma auditoria foi feita em todos os projetos aprovados pelo órgão e o resultado é que não foram encontradas irregularidades. Segundo ele, os problemas aconteceram nas instituições que receberam os recursos e não na Finep.
"A Finep analisou 12 projetos que receberiam recursos de emendas. Dos quais, 8 foram aprovados e 4 rejeitados. Dos aprovados, somente em três foram encontrados problemas, mas nas instituições e não da Finep", disse. Os 'problemas' são ônibus para o programa de Inclusão Digital vencidos a preços superfaturados e em estado lastimável.
Viagem
Sobre a viagem que um funcionário teria recebido de "presente" para não denunciar supostas irregularidades na Finep, o presidente do órgão disse que é mais uma acusação inverídica. Segundo Odilon, o funcionário André Pereira Nunes esteve em Las Vegas, em abril deste ano, para participar de uma conferência internacional que discutiu temas relacionados à área dele.
"O funcionário é um especialista nesta questão de TV digital. Na Finep, os técnicos sempre viajam para participar de conferências", disse.
O presidente da Finep disse que desde que Gabeira fez as primeiras denúncias, convidou o deputado a comparecer na instituição para esclarecer todos os fatos. Segundo ele, Gabeira esteve na Finep no último dia 16, mas com uma postura de "inquisidor". "Disse a ele que estava ali como meu convidado e não representando a CPI dos Sanguessugas e que não poderia ter se comportado como tal. Exigi que parece com as perguntas e encerrei a conversa", revelou.
Para Odilon, Gabeira está trabalhando com fatos distorcidos, repassados a ele por sindicalistas.
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