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26/08/2006
-
09h28
CATIA SEABRA
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), disse ontem, em entrevista ao portal da internet "Terra", que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá ser reeleito ainda no primeiro turno.
A declaração abriu nova crise na campanha do antecessor de Lembo no cargo, Geraldo Alckmin (PSDB), a presidente. PSDB e PFL formam a coligação "Por um Brasil Decente".
Ontem à noite, o site da campanha de Lula trazia como manchete "Até Lembo diz que Lula deve vencer no primeiro turno", reproduzindo trechos da entrevista do pefelista, na qual, questionado sobre a possibilidade de haver segundo turno, pois Lula está 24 pontos à frente de Alckmin segundo o Datafolha, Lembo afirmou:
"No dia de hoje não . Não vejo condições de haver segundo turno nesse momento. Principalmente em razão da popularidade do governo. Uma coisa incrível face a uma comparação com os governos anteriores".
A mesma pesquisa Datafolha mostrou que a avaliação positiva do governo Lula, de 52%, é a maior desde o governo Sarney. Lembo completou: "É um momento difícil hoje para a eleição. Acho que nós estamos indo para a definição num primeiro turno".
A afirmação foi recebida com espanto no núcleo próximo a Alckmin, de quem Lembo foi vice até abril deste ano. Ela ocorre no momento em que o candidato do PSDB tenta dar uma arrancada na campanha tentando levar a disputa para um novo round, o que forçaria uma polarização dele com Lula.
O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), reagiu com ironia à declaração: "Nunca vi o Lembo ter acertado uma previsão eleitoral. A notícia chega em boa hora".
Outro pefelista a reagir à declaração de Lembo foi o senador Antonio Carlos Magalhães (BA). Segundo ele, o governador paulista "é um mero vice que assumiu e errou ao não aceitar a ajuda federal na área de segurança.
Prejudicou o Geraldo Alckmin". Disse que não ficaria surpreso se Lembo "participasse de um próximo governo Lula se houver a reeleição".
O coordenador da campanha de Alckmin, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), foi mais sutil ao comentar o assunto, mas não deixou de ironizar o governador.
Segundo ele, nas questões eleitorais "é preciso ouvir apenas os especialistas no assunto", insinuando que Lembo está no cargo sem ter passado pelo teste das urnas.
Para o líder do governo Lembo na Assembléia Legislativa paulista, Edson Aparecido (PSDB), um dos homens de confiança de Alckmin, o episódio não chega a provocar uma crise, mas desgasta a relação entre os partidos.
O comando da campanha de Alckmin e até uma parte do PFL, que vinha criticando os programas do tucano no horário eleitoral de TV, ficaram satisfeitos com as pequenas mudanças implementadas na noite de anteontem pelo marqueteiro Luiz Gonzalez, com mais críticas ao presidente.
Uma nova fase da campanha de rua terá início e irá privilegiar a Grande São Paulo e seu entorno, onde o PSDB imagina que pode tirar votos de Lula.
Amanhã, Alckmin deverá estar em São Bernardo do Campo, ao lado do prefeito William Dibb (PSB). O próprio candidato tem manifestado reservadamente o temor de que as pesquisas desestimulem o PSDB.
Na segunda, a coordenação da campanha se reúne da capital paulista, a contragosto do senador Tasso Jereissati, presidente do PSDB, que queria realizar o encontro em Brasília.
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Leia cobertura completa das eleições 2006
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Lembo prevê a vitória de Lula e agrava crise com PFL
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JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), disse ontem, em entrevista ao portal da internet "Terra", que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá ser reeleito ainda no primeiro turno.
A declaração abriu nova crise na campanha do antecessor de Lembo no cargo, Geraldo Alckmin (PSDB), a presidente. PSDB e PFL formam a coligação "Por um Brasil Decente".
Ontem à noite, o site da campanha de Lula trazia como manchete "Até Lembo diz que Lula deve vencer no primeiro turno", reproduzindo trechos da entrevista do pefelista, na qual, questionado sobre a possibilidade de haver segundo turno, pois Lula está 24 pontos à frente de Alckmin segundo o Datafolha, Lembo afirmou:
"No dia de hoje não . Não vejo condições de haver segundo turno nesse momento. Principalmente em razão da popularidade do governo. Uma coisa incrível face a uma comparação com os governos anteriores".
A mesma pesquisa Datafolha mostrou que a avaliação positiva do governo Lula, de 52%, é a maior desde o governo Sarney. Lembo completou: "É um momento difícil hoje para a eleição. Acho que nós estamos indo para a definição num primeiro turno".
A afirmação foi recebida com espanto no núcleo próximo a Alckmin, de quem Lembo foi vice até abril deste ano. Ela ocorre no momento em que o candidato do PSDB tenta dar uma arrancada na campanha tentando levar a disputa para um novo round, o que forçaria uma polarização dele com Lula.
O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), reagiu com ironia à declaração: "Nunca vi o Lembo ter acertado uma previsão eleitoral. A notícia chega em boa hora".
Outro pefelista a reagir à declaração de Lembo foi o senador Antonio Carlos Magalhães (BA). Segundo ele, o governador paulista "é um mero vice que assumiu e errou ao não aceitar a ajuda federal na área de segurança.
Prejudicou o Geraldo Alckmin". Disse que não ficaria surpreso se Lembo "participasse de um próximo governo Lula se houver a reeleição".
O coordenador da campanha de Alckmin, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), foi mais sutil ao comentar o assunto, mas não deixou de ironizar o governador.
Segundo ele, nas questões eleitorais "é preciso ouvir apenas os especialistas no assunto", insinuando que Lembo está no cargo sem ter passado pelo teste das urnas.
Para o líder do governo Lembo na Assembléia Legislativa paulista, Edson Aparecido (PSDB), um dos homens de confiança de Alckmin, o episódio não chega a provocar uma crise, mas desgasta a relação entre os partidos.
O comando da campanha de Alckmin e até uma parte do PFL, que vinha criticando os programas do tucano no horário eleitoral de TV, ficaram satisfeitos com as pequenas mudanças implementadas na noite de anteontem pelo marqueteiro Luiz Gonzalez, com mais críticas ao presidente.
Uma nova fase da campanha de rua terá início e irá privilegiar a Grande São Paulo e seu entorno, onde o PSDB imagina que pode tirar votos de Lula.
Amanhã, Alckmin deverá estar em São Bernardo do Campo, ao lado do prefeito William Dibb (PSB). O próprio candidato tem manifestado reservadamente o temor de que as pesquisas desestimulem o PSDB.
Na segunda, a coordenação da campanha se reúne da capital paulista, a contragosto do senador Tasso Jereissati, presidente do PSDB, que queria realizar o encontro em Brasília.
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