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28/08/2006
-
13h40
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
As recentes revelações do empresário Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam, envolvendo novos deputados como suspeitos de participação na máfia das ambulâncias, levaram integrantes da CPI dos Sanguessugas a defenderem hoje a reconvocação do empresário pela comissão. Tanto o presidente, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), quanto o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), defendem que o empresário seja novamente ouvido pela comissão.
"Temos que ouvi-lo, sim. E acredito que essa é a opinião dos principais dirigentes da Comissão", afirmou Jungmann.
O vice-presidente da CPI vai solicitar ao juiz substituto da Justiça Federal do Mato Grosso, César Augusto, para que ouça o empresário esta semana a respeito das novas denúncias. Amanhã, a cúpula da CPI se reúne para decidir sobre a convocação.
Chantagem
Raul Jungmanm acusou Vedoin de estar chantageando a CPI e o Congresso em troca da delação premiada [redução da pena em troca da revelação das denúncias]. "Delação premiada é a verdade toda, de uma só vez, e não a conta gotas", criticou.
O vice-presidente da CPI considerou "estranho" Vedoin ter incluído os nomes dos deputados Ricardo Izar (PTB-SP), presidente do conselho de Ética da Câmara, e Ciro Nogueira (PP-PI), corregedor da Casa, entre os suspeitos de participação nas fraudes. "Ele dirige a bateria contra os dois órgãos responsáveis pelas apurações. A gente não pode embarcar na primeira versão que aparece", disse Jungmann.
Em entrevista à revista Época, Vedoin também incluiu os deputados José Múcio (PE), líder do PTB na Câmara, e Luiz Piauhilino (PSB-PE), entre os suspeitos de participação no esquema de compra superfaturada de ambulâncias --além de Ricardo Izar e Ciro Nogueira.
O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), evitou comentar as suspeitas sobre os parlamentares. Disse apenas que "qualquer nova denúncia poderá ser investigada pela CPI".
Segundo Rebelo, a comissão tem condições de apurar todas as denúncias apresentadas por Vedoin.
Aldo Rebelo, no entanto, saiu em defesa da Corregedoria e do Conselho de Ética. "[Ele] pode levantar suspeitas contra pessoas, mas não sobre órgãos", encerrou.
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Após novas denúncias, CPI quer reconvocar Vedoin
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da Folha Online, em Brasília
As recentes revelações do empresário Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam, envolvendo novos deputados como suspeitos de participação na máfia das ambulâncias, levaram integrantes da CPI dos Sanguessugas a defenderem hoje a reconvocação do empresário pela comissão. Tanto o presidente, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), quanto o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), defendem que o empresário seja novamente ouvido pela comissão.
"Temos que ouvi-lo, sim. E acredito que essa é a opinião dos principais dirigentes da Comissão", afirmou Jungmann.
O vice-presidente da CPI vai solicitar ao juiz substituto da Justiça Federal do Mato Grosso, César Augusto, para que ouça o empresário esta semana a respeito das novas denúncias. Amanhã, a cúpula da CPI se reúne para decidir sobre a convocação.
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Raul Jungmanm acusou Vedoin de estar chantageando a CPI e o Congresso em troca da delação premiada [redução da pena em troca da revelação das denúncias]. "Delação premiada é a verdade toda, de uma só vez, e não a conta gotas", criticou.
O vice-presidente da CPI considerou "estranho" Vedoin ter incluído os nomes dos deputados Ricardo Izar (PTB-SP), presidente do conselho de Ética da Câmara, e Ciro Nogueira (PP-PI), corregedor da Casa, entre os suspeitos de participação nas fraudes. "Ele dirige a bateria contra os dois órgãos responsáveis pelas apurações. A gente não pode embarcar na primeira versão que aparece", disse Jungmann.
Em entrevista à revista Época, Vedoin também incluiu os deputados José Múcio (PE), líder do PTB na Câmara, e Luiz Piauhilino (PSB-PE), entre os suspeitos de participação no esquema de compra superfaturada de ambulâncias --além de Ricardo Izar e Ciro Nogueira.
O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), evitou comentar as suspeitas sobre os parlamentares. Disse apenas que "qualquer nova denúncia poderá ser investigada pela CPI".
Segundo Rebelo, a comissão tem condições de apurar todas as denúncias apresentadas por Vedoin.
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