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28/08/2006
-
23h48
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
Os intelectuais que participaram hoje do encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacaram os investimentos do governo na parte social como defesa para o voto no candidato à reeleição, sem polemizar a questão ética no governo federal. Um manifesto com 213 assinaturas de intelectuais pediu apoio à candidatura do presidente.
A filósofa Marilena Chauí chegou a dizer que as críticas ao presidente sinalizavam "preconceito de classe".
"Tem sido invejável a seriedade com que ele [o presidente Lula] tem enfrentado, tal o grau a que isso chegou, o preconceito de classe", afirmou ela. Segundo a filósofa, o fato do presidente Lula ter as maiores taxas de intenção de voto nas regiões mais pobres se explica que "ele quebrou privilégios e eliminou carências", afirmou a intelectual, em intervenção anterior ao discurso do presidente.
A filósofa também defendeu o PT e disse que o partido, por sua história, "sabe o que é ética na política e, por isso, pode enfrentar de cabeça erguida as acusações de corrupção".
A psicanalista Maria Rita Kehl afirmou que o governo teve um "diferencial ético" na atuação da Polícia Federal, que trabalha "no desmonte do crime organizado pela cabeça".
"Até hoje, não teve governo que investisse tanto na área social", afirmou o escritor Paulo Lins, do livro "Cidade de Deus", ao defender seu voto no presidente.
O escritor Ariano Suassuana disse que iria votar no candidato do PT pela 5ª vez e que "dentro do possível, o que o Lula tem feito é um milagre".
No manifesto dos 213 intelectuais, não se menciona especificamente o "escândalo do mensalão". Há uma condenação aos "recentes escândalos que têm despertado perplexidades" e se ressalta o trabalho da CGU (Controladoria Geral da União) e da Polícia Federal contra o crime organizado.
"As próximas eleições, que não se reduzem ao nível federal, poderão, através do voto, afastar políticos corruptos, tarefa difícil, porém indispensável", afirmam os intelectuais no manifesto, que conta com as assinaturas do cientista político Cândido Mendes, do teólogo Leonardo Boff, da economista Maria da Conceição Tavares, entre outros.
A nota isolada da noite veio do historiador Luiz Felipe de Alencastro, ao afirmar que os apoiadores do PT e do presidente Lula se sentiram "humilhados e ofendidos" durante a crise. Ele também questionou o presidente sobre as relações com o partido em um eventual segundo mandato.
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Intelectuais ressaltam parte social do governo Lula e evitam questionar ética
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Os intelectuais que participaram hoje do encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacaram os investimentos do governo na parte social como defesa para o voto no candidato à reeleição, sem polemizar a questão ética no governo federal. Um manifesto com 213 assinaturas de intelectuais pediu apoio à candidatura do presidente.
A filósofa Marilena Chauí chegou a dizer que as críticas ao presidente sinalizavam "preconceito de classe".
"Tem sido invejável a seriedade com que ele [o presidente Lula] tem enfrentado, tal o grau a que isso chegou, o preconceito de classe", afirmou ela. Segundo a filósofa, o fato do presidente Lula ter as maiores taxas de intenção de voto nas regiões mais pobres se explica que "ele quebrou privilégios e eliminou carências", afirmou a intelectual, em intervenção anterior ao discurso do presidente.
A filósofa também defendeu o PT e disse que o partido, por sua história, "sabe o que é ética na política e, por isso, pode enfrentar de cabeça erguida as acusações de corrupção".
A psicanalista Maria Rita Kehl afirmou que o governo teve um "diferencial ético" na atuação da Polícia Federal, que trabalha "no desmonte do crime organizado pela cabeça".
"Até hoje, não teve governo que investisse tanto na área social", afirmou o escritor Paulo Lins, do livro "Cidade de Deus", ao defender seu voto no presidente.
O escritor Ariano Suassuana disse que iria votar no candidato do PT pela 5ª vez e que "dentro do possível, o que o Lula tem feito é um milagre".
No manifesto dos 213 intelectuais, não se menciona especificamente o "escândalo do mensalão". Há uma condenação aos "recentes escândalos que têm despertado perplexidades" e se ressalta o trabalho da CGU (Controladoria Geral da União) e da Polícia Federal contra o crime organizado.
"As próximas eleições, que não se reduzem ao nível federal, poderão, através do voto, afastar políticos corruptos, tarefa difícil, porém indispensável", afirmam os intelectuais no manifesto, que conta com as assinaturas do cientista político Cândido Mendes, do teólogo Leonardo Boff, da economista Maria da Conceição Tavares, entre outros.
A nota isolada da noite veio do historiador Luiz Felipe de Alencastro, ao afirmar que os apoiadores do PT e do presidente Lula se sentiram "humilhados e ofendidos" durante a crise. Ele também questionou o presidente sobre as relações com o partido em um eventual segundo mandato.
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