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03/09/2006 - 10h51

Sem TV, Severino pede votos de porta em porta

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da Agência Folha, em Recife

O ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE), 74, não vai aparecer no horário eleitoral: tentará o quarto mandato como deputado federal só na base do corpo-a-corpo com o eleitor. Severino alega que não precisa de TV para ser eleito. Diz que prefere buscar votos de porta em porta, como sempre fez em 40 anos de vida pública. Seu horário na TV foi rateado entre os aliados, com prioridade para a filha Ana (PP), deputada estadual e candidata à reeleição.

Oficialmente, ele diz que "abriu mão" da TV. A Folha apurou que integrantes de sua aliança, liderada pelo PSB, não queriam se ligar à imagem do ex-deputado. Severino renunciou em setembro de 2005, acusado de receber propina para manter ilegalmente em funcionamento um restaurante na Câmara. Ele nega a acusação e se diz vítima de preconceito só por ser nordestino.

Com esse argumento, ele faz campanha desde que renunciou. Sem alarde, circula pelos grotões do Estado. Em Recife, só aparece para dormir e visitar seu comitê central, que divide com a filha. Acompanhado de um motorista e no máximo dois assessores, ele começa cedo, mas nem sempre cumpre a agenda. Um convite para um almoço ou batizado pode mudar os planos de última hora.

Nas viagens longas, Severino dorme no carro. Ao chegar às cidades, circula nas ruas com a janela aberta para ser reconhecido. Depois, parte para o corpo-a-corpo. Ouve pedidos, entra nas casas, come com os moradores, pede votos, faz promessas. Sempre de camisa de manga comprida e sem gravata, promove reuniões nas cidades com políticos locais. Sua campanha quase solitária não prevê atos públicos. Só os materiais de campanha lembram seus aliados: Eduardo Campos ao governo estadual e Lula à Presidência.

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