Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/09/2006 - 11h21

Bornhausen já vê Rodrigo Maia como seu sucessor à frente do PFL

Publicidade

da Folha de S.Paulo, em Brasília

Após 13 anos à frente do PFL, Jorge Bornhausen, articula, nos bastidores, a própria sucessão. Seu quarto mandato expira em maio de 2007, data em que, se tudo correr segundo o roteiro traçado por ele, "um dos meninos" vai assumir o comando.

O nome mais cotado, hoje, para herdar a direção do partido é o atual líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), apontado como de extrema confiança de Bornhausen e peça central de um tabuleiro que tem de acomodar os outros caciques.

Caso a transição se confirme, a vaga de Maia passaria para Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), que deve voltar à Casa, segundo as projeções internas, como o deputado mais votado da legenda nas eleições. Nesse cenário, a ascensão do neto do senador Antonio Carlos Magalhães (BA) poderia ser a chave para uma conciliação com o grupo "carlista". Há anos, ACM e Bornhausen disputam poder na sigla.

"Está na hora de passarmos o partido aos jovens", disse Bornhausen à Folha.

O comando do PFL não é a única incumbência que o catarinense se prepara para deixar: ele não disputa a renovação de seu mandato de senador. Em seu lugar, tenta emplacar o ex-prefeito de Lages (SC), Raimundo Colombo.

Ao longo dos quatro períodos em que foi reconduzido ao comando do PFL, Bornhausen montou uma tropa fiel, o que lhe deu a vitória em todos os embates importantes com o grupo de ACM. Nesse grupo pontificam, além de Rodrigo Maia, o ex-vice-presidente da República Marco Maciel (PE), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (BA). A sucessão no partido passa, necessariamente, pela acomodação de todos eles.

Por lealdade ao presidente da sigla, todos evitam falar publicamente na sucessão. Mas as conversas para a assunção da dupla Maia/ACM Neto estão bem adiantadas. O que facilita o consenso hoje em torno do nome do deputado baiano é o fato de que muitos parlamentares experientes --como Roberto Brant (MG), Pauderney Avelino (AM) e Moroni Torgan (CE)-- não renovarão seus mandatos.

Nesse caso, o cargo de líder poderia ser pleiteado só por Aleluia, que já o ocupou. Por isso, a solução do xadrez pefelista passa, necessariamente, pela necessidade de acomodá-lo na próxima Mesa Diretora da Câmara. Para isso, Rodrigo Maia costura um acordo com o presidente da Casa, Aldo Rebelo (PC do B-SP), que quer ter no PFL o aliado preferencial para seguir no cargo.

A saída do Senado, entretanto, não significa o fim da influência de Bornhausen sobre o partido. Para manter as rédeas sobre os "meninos", ele se refugiará numa espécie de "think tank" pefelista, que será criado em dezembro próximo com a transformação do Instituto Tancredo Neves numa fundação. De lá, Bornhausen, Maciel, e o prefeito do Rio, Cesar Maia, iniciarão a preparação para tentar o vôo mais alto: tornar viável a candidatura de Maia à Presidência em 2010.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Jorge Bornhausen
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página