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04/09/2006
-
16h24
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Cotado para assumir a presidência do PFL, o líder do partido na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), sinalizou hoje que esta deve ser a última eleição presidencial em que o PSDB e o PFL caminharão juntos. Hoje, PFL e PSDB se coligaram para apoiar a candidatura à Presidência do tucano Geraldo Alckmin.
Na avaliação de Maia, a relação entre os dois partidos está se "desgastando". Os próprios tucanos, segundo Rodrigo Maia, sinalizam que o casamento com o PFL só deve durar até esta eleição. "A gente vê poucos líderes do PSDB com vontade de ter o PFL como aliado", disse.
O líder pefelista comentou que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e candidato à reeleição já deixou esse desejo bastante claro em conversas políticas. "O Aécio deu entrevista recentemente pregando um pacto entre os partidos e não citou o PFL. Depois ele tentou voltar atrás, mas já tinha dito o que pensava. A relação entre PSDB e PFL vem se distanciando."
Maia considera um erro os dois partidos não terem se divorciado quando o PSDB impôs uma derrota ao PFL na disputa pela Presidência da Câmara em 2001. O candidato do PFL era o deputado Inocêncio Oliveira (PE), mas o PSDB quebrou um acordo que garantia aos pefelistas a vaga e indicou Aécio Neves. O tucano venceu a eleição.
O PFL também não concorda com a posição de alguns caciques do PSDB de que deve haver um pacto com o partido que vencer as eleições em outubro para garantir a governabilidade do país. "Se o Lula vencer as eleições esse é um caminho que não nos interessa. Um país com um sistema democrático não precisa de pacto", disse.
Presidência
Se assumir o comando do PFL em maio, quando o senador Jorge Bornhausen (SC) deixa a presidência da legenda, a principal tarefa de Rodrigo Maia deverá ser a de preparar o partido para lançar um candidato viável ao Palácio do Planalto em 2010. "O partido está se preparando para disputar as eleições presidenciais. Nós tentamos em 2006, mas em 2010 vamos ter candidato", disse.
Os nomes que serão apresentados na disputa presidencial devem nascer das eleições de 2006. A expectativa no PFL é que se o governador Paulo Souto (PFL) for reeleito governador da Bahia e José Roberto Arruda governador do Distrito Federal podem se tornar bons nomes para a sucessão de 2010. O partido aposta ainda no prefeito do Rio de Janeiro, César Maia.
Sobre quem vai conduzir esse processo, Rodrigo Maia adota a cautela para comentar. "Acho que o Bornhausen deveria continuar a frente do partido. Ele conduziu o PFL de forma espetacular, sempre deu espaço para que as pessoas crescessem no partido. A troca no comando ocorrerá só se for uma decisão dele", disse.
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da Folha Online, em Brasília
Cotado para assumir a presidência do PFL, o líder do partido na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), sinalizou hoje que esta deve ser a última eleição presidencial em que o PSDB e o PFL caminharão juntos. Hoje, PFL e PSDB se coligaram para apoiar a candidatura à Presidência do tucano Geraldo Alckmin.
Na avaliação de Maia, a relação entre os dois partidos está se "desgastando". Os próprios tucanos, segundo Rodrigo Maia, sinalizam que o casamento com o PFL só deve durar até esta eleição. "A gente vê poucos líderes do PSDB com vontade de ter o PFL como aliado", disse.
O líder pefelista comentou que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e candidato à reeleição já deixou esse desejo bastante claro em conversas políticas. "O Aécio deu entrevista recentemente pregando um pacto entre os partidos e não citou o PFL. Depois ele tentou voltar atrás, mas já tinha dito o que pensava. A relação entre PSDB e PFL vem se distanciando."
Maia considera um erro os dois partidos não terem se divorciado quando o PSDB impôs uma derrota ao PFL na disputa pela Presidência da Câmara em 2001. O candidato do PFL era o deputado Inocêncio Oliveira (PE), mas o PSDB quebrou um acordo que garantia aos pefelistas a vaga e indicou Aécio Neves. O tucano venceu a eleição.
O PFL também não concorda com a posição de alguns caciques do PSDB de que deve haver um pacto com o partido que vencer as eleições em outubro para garantir a governabilidade do país. "Se o Lula vencer as eleições esse é um caminho que não nos interessa. Um país com um sistema democrático não precisa de pacto", disse.
Presidência
Se assumir o comando do PFL em maio, quando o senador Jorge Bornhausen (SC) deixa a presidência da legenda, a principal tarefa de Rodrigo Maia deverá ser a de preparar o partido para lançar um candidato viável ao Palácio do Planalto em 2010. "O partido está se preparando para disputar as eleições presidenciais. Nós tentamos em 2006, mas em 2010 vamos ter candidato", disse.
Os nomes que serão apresentados na disputa presidencial devem nascer das eleições de 2006. A expectativa no PFL é que se o governador Paulo Souto (PFL) for reeleito governador da Bahia e José Roberto Arruda governador do Distrito Federal podem se tornar bons nomes para a sucessão de 2010. O partido aposta ainda no prefeito do Rio de Janeiro, César Maia.
Sobre quem vai conduzir esse processo, Rodrigo Maia adota a cautela para comentar. "Acho que o Bornhausen deveria continuar a frente do partido. Ele conduziu o PFL de forma espetacular, sempre deu espaço para que as pessoas crescessem no partido. A troca no comando ocorrerá só se for uma decisão dele", disse.
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