Publicidade
Publicidade
04/09/2006
-
21h10
KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza
Candidato à reeleição no Ceará, o governador Lúcio Alcântara (PSDB) passou a atacar hoje o principal líder de seu partido no Estado, o senador Tasso Jereissati. Para ele, Tasso demonstra apoiar seu maior opositor, Cid Gomes (PSB).
A fala foi ao ar no horário eleitoral de hoje à noite. "A verdade precisa ser dita para que os cearenses não se deixem iludir pelas aparências", disse o governador no discurso.
Lúcio começou dizendo que recebeu o Estado em situação financeira difícil, por estar com a "capacidade de investimento praticamente esgotada". Seu antecessor foi Tasso.
Logo em seguida, Lúcio disse que a "postura" do senador, ao não pedir votos para a candidatura do PSDB ao governo do Ceará, só reforça "a percepção de que ele apóia nosso principal adversário, dadas as relações históricas que ele mesmo mantém com o grupo opositor".
Nas duas últimas semanas, Tasso visitou 18 municípios no interior do Ceará, para fazer campanha exclusivamente a Geraldo Alckmin (PSDB). Ele tem se mantido afastado da disputa estadual desde a confirmação do nome de Lúcio à reeleição. O rompimento entre os dois aconteceu dias antes de ser anunciada a candidatura de Lúcio, quando o senador chegou a fazer um discurso, em Fortaleza, em que chamou o governador de "duas caras".
O motivo do rompimento foi a tentativa de Tasso e Ciro Gomes (PSB), aliados há 20 anos, de manter a união entre seus grupos no Estado. Para isso, os caciques propuseram a Lúcio que ele abrisse mão da reeleição e tentasse o Senado, para apoiar Cid, que é irmão de Ciro, ao governo. O governador, porém, não aceitou.
Atrás de Cid nas pesquisas eleitorais, Lúcio começou a usar, na propaganda eleitoral, sua proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), escondendo a candidatura tucana à Presidência, apesar de sempre falar, em entrevistas, que seu candidato é Alckmin.
Hoje, na TV, ele reafirmou que seu candidato é Alckmin, mas disse que faz questão de manter "um bom relacionamento com o presidente Lula, pelo bem do povo cearense".
Com os ataques a Tasso, Lúcio pode ter dado um sinal de que se sente desobrigado de apoiar Alckmin. Essa impressão é reforçada pela coincidência de datas: o discurso de Lúcio contra Tasso foi exibido poucos dias antes da próxima visita de Alckmin ao Ceará, marcada para o final de semana que vem.
Leia mais
Tasso ataca Lula e diz que Bolsa-Família é criação do PSDB
Lúcio usa imagens de encontro com Lula
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Lúcio Alcântara ataca presidente de seu partido no horário eleitoral
Publicidade
da Agência Folha, em Fortaleza
Candidato à reeleição no Ceará, o governador Lúcio Alcântara (PSDB) passou a atacar hoje o principal líder de seu partido no Estado, o senador Tasso Jereissati. Para ele, Tasso demonstra apoiar seu maior opositor, Cid Gomes (PSB).
A fala foi ao ar no horário eleitoral de hoje à noite. "A verdade precisa ser dita para que os cearenses não se deixem iludir pelas aparências", disse o governador no discurso.
Lúcio começou dizendo que recebeu o Estado em situação financeira difícil, por estar com a "capacidade de investimento praticamente esgotada". Seu antecessor foi Tasso.
Logo em seguida, Lúcio disse que a "postura" do senador, ao não pedir votos para a candidatura do PSDB ao governo do Ceará, só reforça "a percepção de que ele apóia nosso principal adversário, dadas as relações históricas que ele mesmo mantém com o grupo opositor".
Nas duas últimas semanas, Tasso visitou 18 municípios no interior do Ceará, para fazer campanha exclusivamente a Geraldo Alckmin (PSDB). Ele tem se mantido afastado da disputa estadual desde a confirmação do nome de Lúcio à reeleição. O rompimento entre os dois aconteceu dias antes de ser anunciada a candidatura de Lúcio, quando o senador chegou a fazer um discurso, em Fortaleza, em que chamou o governador de "duas caras".
O motivo do rompimento foi a tentativa de Tasso e Ciro Gomes (PSB), aliados há 20 anos, de manter a união entre seus grupos no Estado. Para isso, os caciques propuseram a Lúcio que ele abrisse mão da reeleição e tentasse o Senado, para apoiar Cid, que é irmão de Ciro, ao governo. O governador, porém, não aceitou.
Atrás de Cid nas pesquisas eleitorais, Lúcio começou a usar, na propaganda eleitoral, sua proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), escondendo a candidatura tucana à Presidência, apesar de sempre falar, em entrevistas, que seu candidato é Alckmin.
Hoje, na TV, ele reafirmou que seu candidato é Alckmin, mas disse que faz questão de manter "um bom relacionamento com o presidente Lula, pelo bem do povo cearense".
Com os ataques a Tasso, Lúcio pode ter dado um sinal de que se sente desobrigado de apoiar Alckmin. Essa impressão é reforçada pela coincidência de datas: o discurso de Lúcio contra Tasso foi exibido poucos dias antes da próxima visita de Alckmin ao Ceará, marcada para o final de semana que vem.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice