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11/09/2006 - 21h10

Alckmin chama Lula de "inoperante"; Tarso diz que PSDB vive crise sem precedentes

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da Agência Folha, em Salvador
da Folha Online, em Brasília

Tucanos e petistas voltaram a trocar farpas nesta segunda-feira. Em encontro com prefeitos do PFL na Bahia, o candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "inoperante e incapaz para governar".

Alckmin disse que o presidente Lula tem "muita coisa que esconder" em seu governo. "Governo corrupto é assim mesmo, tem de esconder. Nós não temos nada a esconder, temos de prestar conta aos eleitores, é isto que estamos fazendo todos os dias, mostrando que realmente somos a melhor alternativa para administrar o país."

O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais), por sua vez, disse que a carta aberta do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso indica que o "tucanato vive uma crise sem precedentes".

"No momento em que o presidente Fernando Henrique sai com uma carta já disputando quem é que vai falar pelo espólio é porque lá existe uma crise muito grande", disse. "Essa crise está relacionada não somente com a direção que a campanha tomou e uma insatisfação, inclusive, das bases tucanas e pefelistas nos Estados, como a impossibilidade, demonstrada até agora, de que o Alckmin pudesse apresentar um programa que tivesse seriedade, receptividade na população em relação ao futuro."

O ministro disse que o PSDB se negou a fazer nestas eleições um debate de comparações entre os governos FHC e Lula. "Quando dissemos no início da campanha que iríamos insistentemente comparar [os dois governos] e o fizemos, chamamos o tucanato para um debate. Eles não vieram para o debate, a postura deles foi de retrátil, de levantar acusações de baixo nível. Foi uma confusão entre uma campanha doce e violenta. Eles não conseguiram constituir uma linha", disse.

Nordeste

Na Bahia, Alckmin prometeu intensificar as visitas ao Nordeste durante os 20 dias que antecedem a realização do primeiro turno da eleição. "Os eleitores brasileiros têm demonstrado que querem no poder políticos que têm passado, íntegros, que não estejam vinculados ao mensalão, ao valerioduto e ao cuecão", disse o candidato do PSDB.

Em sua quinta visita como candidato à Bahia, Alckmin foi recepcionado por cerca de 320 prefeitos (250 Bahia e 70 de outros Estados do Nordeste), segundo estimativas do coordenador da campanha do tucano, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).

Organizado pelo senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), o encontro contou apenas com dois prefeitos do PSDB --na Bahia, o presidente regional da legenda, deputado Jutahy Magalhães Júnior, é inimigo de ACM.

Alckmin desembarcou em Salvador à tarde. Recepcionado pelo governador Paulo Souto (PFL) e por ACM, o candidato tucano à Presidência seguiu para um hotel da orla, onde os prefeitos e lideranças políticas o esperavam desde as 13h.

De acordo com o PFL, os prefeitos e lideranças políticas que participaram do encontro em Salvador pagaram as suas despesas com dinheiro do próprio bolso.

O senador ACM disse que as próximas pesquisas vão demonstrar o crescimento da candidatura Alckmin. "Quem compara Lula e Alckmin vota em Alckmin. Aliás, quem votou em Lula está arrependido, porque seu governo patrocinou casos e casos de corrupção. Nunca o Brasil foi tão generoso com a corrupção quanto nos quatro anos de governo Lula, ninguém o agüenta mais."

Plano de governo

A três semanas das eleições, Alckmin disse hoje em Salvador que ainda vai consolidar o seu programa de governo. Segundo a coordenação da campanha do tucano, o texto "Trabalho e Emprego" deverá ser divulgado nas próximas 72 horas.

Segundo o PSDB, o material estava pronto para ser divulgado quando Alckmin disse que pretendia fazer algumas alterações nos capítulos referentes a trabalho e habitação.

O documento promete as reformas sindical e trabalhista, mas ressalva que nenhum brasileiro perderá os direitos e as proteções que possui.

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