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04/10/2000
-
03h44
ANTONIO CARLOS DE FARIA, da Folha de S.Paulo
O prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde (PFL), dispensou o apoio do presidente Fernando Henrique Cardoso na disputa pela reeleição. "Eu me dou bem com Fernando Henrique, o respeito muito, mas não sou o candidato do partido dele", afirmou Conde.
O prefeito alega não querer constranger o presidente a participar da eleição carioca. "E ele vota em São Paulo", disse o prefeito, tentando um argumento final.
Conde, que usa a boa avaliação de seu governo como trunfo na campanha, não quer ser caracterizado como candidato do governo federal. O Rio é o Estado onde o presidente tem a pior avaliação, segundo pesquisa do Datafolha realizada em junho, quando FHC alcançou 46% de ruim/péssimo.
Ontem, Conde havia previsto se encontrar com o presidente, durante cerimônia no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), mas acabou não comparecendo, alegando atraso em sua agenda de prefeito.
Ao mesmo tempo em que evita ter sua imagem associada à de FHC, Conde recebeu oficialmente ontem o apoio de Anthony Garotinho (PDT), gravando com o governador o primeiro programa do horário gratuito, no Palácio Guanabara.
"Tudo o que eu não quero é ter um prefeito que esteja o tempo inteiro criando casos e brigas desnecessárias", disse Garotinho para explicar o motivo de seu apoio a Conde contra Cesar Maia (PTB): "Cesar Maia é uma espécie de Brizola mais novo", disse Garotinho.
Garotinho e Brizola, que é o presidente do PDT, vivem uma disputa pelo controle do partido, depois que o governador se recusou a apoiar sua candidatura à Prefeitura do Rio. O governador criticou as declarações de Brizola, para quem "não é impossível" que o PDT possa vir a apoiar Cesar Maia, já que o palanque de Conde e Garotinho teria "mau cheiro".
"Brizola diz que Conde é um candidato da direita, mas quem deu entrevista se definindo como a nova direita foi Cesar Maia", afirmou Garotinho.
O candidato do PTB criticou a opção do governador, a quem havia pedido que ficasse neutro durante o segundo turno. "O carioca vai se rebelar contra o artificialismo dessa intervenção indevida do governador na eleição", disse.
A aliança entre Garotinho e Conde tem ainda a participação do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Cabral Filho (PMDB), que desistiu de disputar a atual eleição, preferindo se coligar com o prefeito.
"Conde é um candidato transgênico, fruto do DNA de Garotinho, de Cabral e do meu", afirmou Maia, lembrando que foi ele quem lançou o atual prefeito na carreira política ao nomeá-lo seu secretário de Urbanismo e depois escolhê-lo para seu sucessor na prefeitura.
A tríplice aliança entre Garotinho, Cabral e Conde serve aos interesses do governador, que não quer enfrentar resistências em seu próprio Estado, caso retome seu projeto de se candidatar à Presidência, em 2002.
"O Rio precisa dessa aliança, para melhorar sua posição no cenário nacional. É muito importante que estejamos unidos acima dos interesses partidários", afirmou Conde.
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Não sou candidato de FHC, diz Conde
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O prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde (PFL), dispensou o apoio do presidente Fernando Henrique Cardoso na disputa pela reeleição. "Eu me dou bem com Fernando Henrique, o respeito muito, mas não sou o candidato do partido dele", afirmou Conde.
O prefeito alega não querer constranger o presidente a participar da eleição carioca. "E ele vota em São Paulo", disse o prefeito, tentando um argumento final.
Conde, que usa a boa avaliação de seu governo como trunfo na campanha, não quer ser caracterizado como candidato do governo federal. O Rio é o Estado onde o presidente tem a pior avaliação, segundo pesquisa do Datafolha realizada em junho, quando FHC alcançou 46% de ruim/péssimo.
Ontem, Conde havia previsto se encontrar com o presidente, durante cerimônia no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), mas acabou não comparecendo, alegando atraso em sua agenda de prefeito.
Ao mesmo tempo em que evita ter sua imagem associada à de FHC, Conde recebeu oficialmente ontem o apoio de Anthony Garotinho (PDT), gravando com o governador o primeiro programa do horário gratuito, no Palácio Guanabara.
"Tudo o que eu não quero é ter um prefeito que esteja o tempo inteiro criando casos e brigas desnecessárias", disse Garotinho para explicar o motivo de seu apoio a Conde contra Cesar Maia (PTB): "Cesar Maia é uma espécie de Brizola mais novo", disse Garotinho.
Garotinho e Brizola, que é o presidente do PDT, vivem uma disputa pelo controle do partido, depois que o governador se recusou a apoiar sua candidatura à Prefeitura do Rio. O governador criticou as declarações de Brizola, para quem "não é impossível" que o PDT possa vir a apoiar Cesar Maia, já que o palanque de Conde e Garotinho teria "mau cheiro".
"Brizola diz que Conde é um candidato da direita, mas quem deu entrevista se definindo como a nova direita foi Cesar Maia", afirmou Garotinho.
O candidato do PTB criticou a opção do governador, a quem havia pedido que ficasse neutro durante o segundo turno. "O carioca vai se rebelar contra o artificialismo dessa intervenção indevida do governador na eleição", disse.
A aliança entre Garotinho e Conde tem ainda a participação do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Cabral Filho (PMDB), que desistiu de disputar a atual eleição, preferindo se coligar com o prefeito.
"Conde é um candidato transgênico, fruto do DNA de Garotinho, de Cabral e do meu", afirmou Maia, lembrando que foi ele quem lançou o atual prefeito na carreira política ao nomeá-lo seu secretário de Urbanismo e depois escolhê-lo para seu sucessor na prefeitura.
A tríplice aliança entre Garotinho, Cabral e Conde serve aos interesses do governador, que não quer enfrentar resistências em seu próprio Estado, caso retome seu projeto de se candidatar à Presidência, em 2002.
"O Rio precisa dessa aliança, para melhorar sua posição no cenário nacional. É muito importante que estejamos unidos acima dos interesses partidários", afirmou Conde.
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