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16/09/2006 - 11h34

Mercadante repudia tentativa de compra de dossiê; Serra chama de "baixaria"

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RAIMUNDO DE OLIVEIRA
da Folha Online

O candidato ao governo de São Paulo do PT, Aloizio Mercadante, repudiou hoje a suposta tentativa de compra de um dossiê contra tucanos. A Polícia Federal prendeu ontem Valdebran Padilha e Gedimar Pereira Passos, suspeitos de intermediar a compra de documentos que mostrariam o suposto envolvimento de José Serra, candidato tucano ao governo de São Paulo, e Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência, com a máfia dos sanguessugas.

Padilha e Passos --que devem permanecer presos por cinco dias-- se apresentaram para a PF como tesoureiro e advogado do PT em Mato Grosso, respectivamente.

"Sobre prisões de pessoas tentando comprar dossiês, eu quero repudiar esse tipo de atitude. Acho que isso não condiz com a vida democrática. Minha campanha é que mais está crescendo. Vou continuar fazendo a campanha com propostas porque esse é o melhor caminho para vencer as eleições", afirmou ele após fazer campanha na zona leste de São Paulo.

Ele também evitou usar as acusações contra Serra publicadas na revista "IstoÉ" para atacar o tucano. "Acho que esse caminho nunca é bom para a política. Nós temos que divergir, fazer a questão política, apresentar propostas, ganhar a eleição no debate, apresentando alternativas para eleitores", disse Mercadante neste sábado após fazer campanha na zona leste de São Paulo."

Reportagem da revista "IstoÉ", que chega neste final de semana às bancas, traz entrevista de Vedoin, onde afirma que o esquema de compra superfaturada de ambulâncias teria começado quando Serra era ministro da Saúde do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

"Naquela época, a bancada do PSDB conseguia aprovar tudo e, no ministério, o dinheiro era rapidamente aprovado", disse Vedoin para a revista.

Conforme os Vedoin, do total de 891 ambulâncias comercializadas pela Planam entre 2000 e 2004, 681 tiveram verba liberada até 2002, durante a gestão de Serra e Barjas Negri.

Mercadante, entretanto, disse que vai dar a Serra o direito de se defender. "Como esquema começou no governo anterior, tem que ser apurado, mas continuo achando que tem que ser dado direito de defesa ao meu adversário. Espero que ele tenha explicações."

O petista voltou a dizer que o esquema de compra superfaturada de ambulâncias começou na gestão de FHC. "Toda minha vida nunca aceitei acusação pessoal, esse tipo de procedimento, esse tipo de atitude. Acho que as acusações da revista "IstoÉ" são graves porque são semelhantes às dezenas de acusações contra deputados e alguns senadores. "

Reações

Serra não divulgou hoje agenda pública de campanha. Ontem, o tucano chamou de "baixaria" a suposta tentativa do sócio da Planam, Luiz Antônio Vedoin, de vender denúncias de que o esquema da máfia dos sanguessugas foi beneficiado durante a gestão do tucano como ministro da Saúde. "O que eu sei é que a Polícia Federal deteve gente transportando R$ 1,7 milhões destinados a pagar uma baixaria de campanha que estão fazendo contra a minha candidatura", afirmou ele, em uma rápida declaração concedida ao 'Jornal Nacional', da Rede Globo.

Alckmin disse que a prisão de Vedoin é "mais um caso de corrupção, estelionato e chantagem ligado ao PT". "O fato grave que precisa ser investigado é o crime, o vale-tudo que nós estamos vendo por parte do PT", afirmou Alckmin.

O candidato tucano disse não temer que possa aparecer foto sua com alguém da Planam. "Isso não vai acontecer, não tem foto nenhuma. Aliás, é dever mostrar o que tiver, mostrar foto, mostrar documentos. A sociedade exige isso, nós exigimos isso: apresentem, mostrem', disse. Segundo Alckmin, o caso revela chantagem e corrupção. "O fato é que são criminosos fazendo chantagem, querendo confundir a opinião pública, corrompendo pessoas", afirmou.

Especial
  • Leia cobertura completa das eleições 2006
  • Leia a cobertura completa sobre a máfia das ambulâncias
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