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17/09/2006
-
18h15
DEISE DE OLIVEIRA
da Folha Online
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, defendeu na tarde deste domingo a independência das investigações da Polícia Federal no caso que desmontou suposta venda de material contra a candidatura de tucanos às próximas eleições e que envolveria petistas. Disse que as denúncias são de responsabilidade individual, independente de partidos.
"De parte do governo, há total independência da Polícia Federal, que a deixe trabalhar de forma independente e republicana. As denúncias são de responsabilidade individual, independentemente de partidos", disse Genro.
Segundo o ministro, a PF tem duas duas vertentes de investigação. Uma delas é descobrir a origem do dinheiro para a negociação do material, o tipo de dossiê elaborado e quais suas intenções; a outra é investigar as denúncias apresentadas pelo dossiê e que envolvem o PSDB.
O material a ser negociado --a mando do empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, apontado como chefe da máfia dos sanguessugas-- traz imagens dos candidatos do PSDB José Serra, ao governo do Estado de São Paulo, e Geraldo Alckmin, à Presidência, em cerimônia de entrega de ambulâncias vendidas a municípios pela máfia dos sanguessugas.
Embora tenha considerado que a iniciativa do dossiê possa ser uma armação, com a finalidade de proteger ou prejudicar as candidaturas tucanas, Genro disse que "há fortes denúncias contra o PSDB, que envolvem o partido na máfia dos sanguessugas e que precisam ser investigadas".
"Sabe-se que o esquema do Marcos Valério começou em Minas Gerais, mas a origem do dinheiro não foi esclarecida até agora. Nenhuma das CPIs apurou a origem do dinheiro e dos atos ilegais, inclusive a dos sanguessugas", disse Genro, em referência ao valerioduto.
Genro ponderou, no entanto, que as denúncias não sejam levadas em consideração no contexto eleitoral antes de serem provadas. Classificou o dossiê como "jogo sujo", "do qual o PT já foi alvo muitas vezes", lembrou o ministro.
"É fácil fazer armações próximo ao processo eleitoral com a certeza que não serão provadas até lá", disse Genro.
O ministro não descartou a possibilidade de o dossiê ter como objetivo atacar o PT. Mas não quis comentar as acusações do advogado Gedimar Pereira Passos -- preso ontem em São Paulo, onde receberia e pagaria pelo dossiê -- de que o dinheiro para a compra do material foi fornecido por um integrante do PT. Limitou-se a dizer que sua relação com o PT de São Paulo é, sabidamente, longínqua e que se posicionaria como membro do governo.
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Genro diz que denúncias sobre dossiê são de responsabilidade individual, não de partidos
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O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, defendeu na tarde deste domingo a independência das investigações da Polícia Federal no caso que desmontou suposta venda de material contra a candidatura de tucanos às próximas eleições e que envolveria petistas. Disse que as denúncias são de responsabilidade individual, independente de partidos.
"De parte do governo, há total independência da Polícia Federal, que a deixe trabalhar de forma independente e republicana. As denúncias são de responsabilidade individual, independentemente de partidos", disse Genro.
Segundo o ministro, a PF tem duas duas vertentes de investigação. Uma delas é descobrir a origem do dinheiro para a negociação do material, o tipo de dossiê elaborado e quais suas intenções; a outra é investigar as denúncias apresentadas pelo dossiê e que envolvem o PSDB.
O material a ser negociado --a mando do empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, apontado como chefe da máfia dos sanguessugas-- traz imagens dos candidatos do PSDB José Serra, ao governo do Estado de São Paulo, e Geraldo Alckmin, à Presidência, em cerimônia de entrega de ambulâncias vendidas a municípios pela máfia dos sanguessugas.
Embora tenha considerado que a iniciativa do dossiê possa ser uma armação, com a finalidade de proteger ou prejudicar as candidaturas tucanas, Genro disse que "há fortes denúncias contra o PSDB, que envolvem o partido na máfia dos sanguessugas e que precisam ser investigadas".
"Sabe-se que o esquema do Marcos Valério começou em Minas Gerais, mas a origem do dinheiro não foi esclarecida até agora. Nenhuma das CPIs apurou a origem do dinheiro e dos atos ilegais, inclusive a dos sanguessugas", disse Genro, em referência ao valerioduto.
Genro ponderou, no entanto, que as denúncias não sejam levadas em consideração no contexto eleitoral antes de serem provadas. Classificou o dossiê como "jogo sujo", "do qual o PT já foi alvo muitas vezes", lembrou o ministro.
"É fácil fazer armações próximo ao processo eleitoral com a certeza que não serão provadas até lá", disse Genro.
O ministro não descartou a possibilidade de o dossiê ter como objetivo atacar o PT. Mas não quis comentar as acusações do advogado Gedimar Pereira Passos -- preso ontem em São Paulo, onde receberia e pagaria pelo dossiê -- de que o dinheiro para a compra do material foi fornecido por um integrante do PT. Limitou-se a dizer que sua relação com o PT de São Paulo é, sabidamente, longínqua e que se posicionaria como membro do governo.
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