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18/09/2006
-
19h48
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini (SP), levantou hoje a hipótese de o partido estar sendo vítima de uma armação para desestabilizar a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição. Ele negou que o dinheiro encontrado com o empreiteiro Valdebran Padilha e com Gedimar Pereira Passos em São Paulo tenha vindo dos cofres do partido. O montante ---R$ 1,7 milhão-- seria usado na compra de um dossiê com informações contra os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin.
"Esse dinheiro não pode ser do PT porque ninguém conhece. Não há qualquer informação sobre esse dinheiro. Consideramos, inclusive, a hipótese de uma armação contra o PT porque não há qualquer referencia de qualquer pessoa que tenha responsabilidade financeira sobre esses recursos", afirmou.
Berzoini se esquivou de comentar quem estaria por trás da "armação". "A nossa campanha está muito bem posicionada não haveria interesse de criar um fato político nessa reta final. Não haveria razão para a nossa candidatura se envolver em qualquer tipo de escândalo."
Sobre a participação de dois funcionários do comitê nacional da campanha de Lula no episódio, Berzoini disse que o partido ainda está averiguando, mas destacou que Gedimar Pereira Passos "não tem ligação orgânica com o partido".
Berzoini afirmou que só soube que Gedimar trabalhava na campanha no último sábado. "Esse cidadão fazia parte de um dispositivo que foi montado para sistematizar as informações, tudo o que sai na imprensa, na internet e informações que chegam à campanha e ao partido através de militantes e telefonemas. É a única função que ele deveria ter nessa campanha", disse.
O outro funcionário do comitê é Jorge Lorenzetti --citado por Freud Godoy como quem intermediou o contato dele com Gedimar. Berzoini disse que Gedimar é subordinado a Lorenzetti, que por sua vez se reportava a Berzoini. "O PT vai averiguar todas as informações e tomar medidas no plano jurídico, político e administrativo." Berzoini disse que não conseguiu falar com Lorenzetti hoje.
Freud
Berzoini procurou inocentar Freud --assessor particular da Presidência da República-- citado no depoimento de Gedimar à Justiça como a pessoa que teria operacionalizado o esquema. "Pelo o que tenho de informação de pessoas próximas a Freud, não houve qualquer relação dele com esse episódio. [O que ele fez] foi avaliar fora do seu horário de serviço uma varredura para evitar grampos telefônicos na sede do comitê e do PT."
A entrevista de Berzoini durou apenas oito minutos. O presidente do PT resistiu em conversar com a imprensa, mas diante do número de jornalistas que o aguardavam na sede da campanha e após quase três horas de espera, ele decidiu atender aos apelos para que se manifestasse.
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Berzoini diz que PT é vítima de armação no caso do dossiê
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da Folha Online, em Brasília
O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini (SP), levantou hoje a hipótese de o partido estar sendo vítima de uma armação para desestabilizar a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição. Ele negou que o dinheiro encontrado com o empreiteiro Valdebran Padilha e com Gedimar Pereira Passos em São Paulo tenha vindo dos cofres do partido. O montante ---R$ 1,7 milhão-- seria usado na compra de um dossiê com informações contra os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin.
"Esse dinheiro não pode ser do PT porque ninguém conhece. Não há qualquer informação sobre esse dinheiro. Consideramos, inclusive, a hipótese de uma armação contra o PT porque não há qualquer referencia de qualquer pessoa que tenha responsabilidade financeira sobre esses recursos", afirmou.
Berzoini se esquivou de comentar quem estaria por trás da "armação". "A nossa campanha está muito bem posicionada não haveria interesse de criar um fato político nessa reta final. Não haveria razão para a nossa candidatura se envolver em qualquer tipo de escândalo."
Sobre a participação de dois funcionários do comitê nacional da campanha de Lula no episódio, Berzoini disse que o partido ainda está averiguando, mas destacou que Gedimar Pereira Passos "não tem ligação orgânica com o partido".
Berzoini afirmou que só soube que Gedimar trabalhava na campanha no último sábado. "Esse cidadão fazia parte de um dispositivo que foi montado para sistematizar as informações, tudo o que sai na imprensa, na internet e informações que chegam à campanha e ao partido através de militantes e telefonemas. É a única função que ele deveria ter nessa campanha", disse.
O outro funcionário do comitê é Jorge Lorenzetti --citado por Freud Godoy como quem intermediou o contato dele com Gedimar. Berzoini disse que Gedimar é subordinado a Lorenzetti, que por sua vez se reportava a Berzoini. "O PT vai averiguar todas as informações e tomar medidas no plano jurídico, político e administrativo." Berzoini disse que não conseguiu falar com Lorenzetti hoje.
Freud
Berzoini procurou inocentar Freud --assessor particular da Presidência da República-- citado no depoimento de Gedimar à Justiça como a pessoa que teria operacionalizado o esquema. "Pelo o que tenho de informação de pessoas próximas a Freud, não houve qualquer relação dele com esse episódio. [O que ele fez] foi avaliar fora do seu horário de serviço uma varredura para evitar grampos telefônicos na sede do comitê e do PT."
A entrevista de Berzoini durou apenas oito minutos. O presidente do PT resistiu em conversar com a imprensa, mas diante do número de jornalistas que o aguardavam na sede da campanha e após quase três horas de espera, ele decidiu atender aos apelos para que se manifestasse.
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