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19/09/2006 - 20h08

Demissão de Lorenzetti eleva número de baixas na campanha de Lula

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O escândalo envolvendo o PT com a compra de um dossiê contra tucanos já provocou três baixas na campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição em menos de quatro dias. O último a cair foi Jorge Lorenzetti, um dos coordenadores da campanha de Lula, que pediu demissão hoje do cargo admitindo ter extrapolado os limites' de sua função.

Na última sexta-feira, outro funcionário da campanha, Gedimar Passos foi preso com R$ 1,7 milhão acusado de tentar comprar o dossiê que envolveria os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin com a máfia dos sanguessugas.

Ontem, Freud Godoy, assessor direto do presidente Lula, pediu demissão. A empresa de segurança dele trabalhava para a campanha do presidente na identificação de grampos telefônicos.

Em nota encaminhada ao presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, a quem era subordinado, Jorge Lorenzetti disse que ter "extrapolado os limites" de suas atribuições como assessor de risco e mídia da campanha.

Lorenzetti disse que "em momento algum" autorizou "o emprego de qualquer tipo de negociação financeira na busca de informações relacionadas a adversários políticos". E explicou que sua participação no episódio 'circunscreveu-se tão somente em solicitar que fosse averiguada a autenticidade dessas informações [relacionando José Serra e Geraldo Alckmin ao escândalo dos sanguessugas], visando exclusivamente para a correção de uma injustiça que vem sendo cometida contra o PT no escândalo conhecido como máfia dos sanguessugas'.

O agora ex-assessor da campanha de Lula disse que encaminhou petição ao Departamento da Policia Federal colocando-se à disposição para prestar esclarecimentos necessários a apuração dos fatos. Lorenzetti encerra a nota pedindo "desculpas" por não ter correspondido à confiança depositada nele pela campanha.

Ligado ao presidente Lula, Jorge Lorenzetti frequentava o Palácio do Planalto em festas promovidas pelo presidente. Era Lorenzetti o responsável pelos churrascos dados pelo presidente Lula. Ele foi envolvido nas denúncias do dossiê contra os tucanos por Gedimar Pereira Passos, que trabalha na campanha de Lula e foi preso com R$ 1,7 milhão. O dinheiro seria para comprar da família Vedoin o material contra os tucanos.

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