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19/09/2006
-
21h01
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Cuiabá
LEONARDO SOUZA
Enviado especial da Folha a Cuiabá
O empresário petista Valdebran Carlos Padilha da Silva afirmou nesta terça-feira --à Polícia Federal, em Cuiabá-- ter recebido R$ 1 milhão de Gedimar Pereira Passos, que trabalhava na campanha do presidente Lula.
A quantia era uma garantia de pagamento pelos documentos que seriam enviados ao PT por Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas.
A informação foi repassada pelo advogado Luiz Antônio Lourenço da Silva, que defende Valdebran. O advogado, porém, apresentou anteriormente outras duas versões. O depoimento está em sigilo, disse a PF.
Entre os documentos que seriam vendidos por Vedoin está um dossiê contra o candidato tucano a governador de São Paulo, José Serra. Trata-se de um vídeo, um DVD e fotos que mostram Serra na entrega de ambulâncias da máfia dos sanguessugas em 2001, quando ele era ministro da Saúde.
O dossiê foi apreendido no aeroporto de Cuiabá na quinta-feira passada com Paulo Roberto Trevisan, tio de Vedoin. Trevisan embarcava para São Paulo e seria recebido por Gedimar e Valdebran.
A PF apreendeu cerca de R$ 1,7 milhão com os dois. Desse total, ao menos R$ 1 milhão já estava em poder de Valdebran.
"[A quantia de ] R$ 1 milhão passou pelas mãos do meu cliente [Valdebran] como certeza de que o resto do dinheiro viria para entrega de documentos futuros", disse o advogado.
"Ele [Valdebran] foi lá em São Paulo para se certificar", disse o advogado, "de que havia dinheiro para ser entregue ao portador dos documentos. Era Paulo [Trevisan] que iria receber o dinheiro".
Em uma versão anterior, o advogado disse que Vedoin pediu a Valdebran "para buscar o dinheiro".
Depois, corrigiu a informação: "Ele não iria pegar dinheiro; iria acompanhar a análise de documentos que primeiro seriam protocolados na Justiça e depois seriam entregues a uma pessoa do PT".
Na última versão, o advogado confirmou que Valdebran recebeu R$ 1 milhão, porém como garantia. Disse que os documentos realmente iriam para o PT, mas que seu cliente não soube informar para qual diretório, se nacional ou estadual.
Ainda conforme o advogado, Valdebran, filiado ao PT de Mato Grosso, é amigo de Vedoin e foi a São Paulo a pedido dele, e não por solicitação do partido.
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Valdebran confirma que documentos iriam para o PT
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da Agência Folha, em Cuiabá
LEONARDO SOUZA
Enviado especial da Folha a Cuiabá
O empresário petista Valdebran Carlos Padilha da Silva afirmou nesta terça-feira --à Polícia Federal, em Cuiabá-- ter recebido R$ 1 milhão de Gedimar Pereira Passos, que trabalhava na campanha do presidente Lula.
A quantia era uma garantia de pagamento pelos documentos que seriam enviados ao PT por Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas.
A informação foi repassada pelo advogado Luiz Antônio Lourenço da Silva, que defende Valdebran. O advogado, porém, apresentou anteriormente outras duas versões. O depoimento está em sigilo, disse a PF.
Entre os documentos que seriam vendidos por Vedoin está um dossiê contra o candidato tucano a governador de São Paulo, José Serra. Trata-se de um vídeo, um DVD e fotos que mostram Serra na entrega de ambulâncias da máfia dos sanguessugas em 2001, quando ele era ministro da Saúde.
O dossiê foi apreendido no aeroporto de Cuiabá na quinta-feira passada com Paulo Roberto Trevisan, tio de Vedoin. Trevisan embarcava para São Paulo e seria recebido por Gedimar e Valdebran.
A PF apreendeu cerca de R$ 1,7 milhão com os dois. Desse total, ao menos R$ 1 milhão já estava em poder de Valdebran.
"[A quantia de ] R$ 1 milhão passou pelas mãos do meu cliente [Valdebran] como certeza de que o resto do dinheiro viria para entrega de documentos futuros", disse o advogado.
"Ele [Valdebran] foi lá em São Paulo para se certificar", disse o advogado, "de que havia dinheiro para ser entregue ao portador dos documentos. Era Paulo [Trevisan] que iria receber o dinheiro".
Em uma versão anterior, o advogado disse que Vedoin pediu a Valdebran "para buscar o dinheiro".
Depois, corrigiu a informação: "Ele não iria pegar dinheiro; iria acompanhar a análise de documentos que primeiro seriam protocolados na Justiça e depois seriam entregues a uma pessoa do PT".
Na última versão, o advogado confirmou que Valdebran recebeu R$ 1 milhão, porém como garantia. Disse que os documentos realmente iriam para o PT, mas que seu cliente não soube informar para qual diretório, se nacional ou estadual.
Ainda conforme o advogado, Valdebran, filiado ao PT de Mato Grosso, é amigo de Vedoin e foi a São Paulo a pedido dele, e não por solicitação do partido.
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