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19/09/2006
-
22h59
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio Mello, disse hoje que o tribunal vai investigar "sem atropelos" e de forma isenta o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, e os suspeitos de envolvimento no dossiê contra candidatos tucanos.
"Não cabe atuar com açodamento, temos que ter um julgamento, e não um justiciamento", afirmou. O presidente do TSE confirmou que, se as investigações comprovarem que houve abuso do poder econômico, de autoridade ou dos meios de comunicação de massa para a compra do dossiê, o presidente pode ter o mandato cassado caso seja reeleito.
"Com a procedência da representação por abuso, se chega à cassação do registro se julgada procedente a representação", disse.
Marco Aurélio disse que as instituições brasileiras funcionam "com absoluta segurança" para garantir neutralidade às investigações. "Os órgãos não estão engajados nesta ou naquela candidatura. Não cabe celeridade ou atropelo. Temos que viabilizar o direito de defesa e colher provas", afirmou.
O presidente do TSE rebateu as acusações de que já teria antecipado o seu julgamento contra o presidente Lula ao criticar a compra do dossiê. "Eu não disse que o presidente pode ser condenado ou ter o registro cassado. Será que com 28 anos de ofício jurídico eu me precipitaria quanto a uma conclusão sobre um processo que ainda está embrionário?", questionou.
O TSE decidiu nesta terça-feira abrir investigação judicial eleitoral contra o presidente Lula e os suspeitos de envolvimento no dossiê contra candidatos tucanos. O corregedor-geral do TSE, César Asfor Rocha, acatou o pedido protocolado no tribunal pela coligação PSDB-PFL para a apuração das denúncias de que o dossiê seria vendido ao PT como forma de prejudicar as candidaturas de José Serra e Geraldo Alckmin, candidatos tucanos ao governo de São Paulo e à Presidência da República, respectivamente.
Além do presidente Lula, o TSE vai investigar o envolvimento do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, na denúncia. A investigação também se estende aos dois envolvidos na compra do dossiê, Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha da Silva, além do assessor especial da Presidência, Freud Godoy --apontado por Gedimar como o mandante da compra do dossiê.
Valdebran e Gedimar foram detidos pela Polícia Federal na sexta-feira em um hotel em São Paulo sob a acusação de tentativa de compra de um dossiê com denúncias contra Serra e Alckmin. Com eles, a PF apreendeu R$ 1,7 milhão.
Na sexta-feira a PF também prendeu Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam, e Paulo Roberto Dalcol Trevisan, tio de Luiz Antônio. Vedoin é apontado como líder da máfia das ambulâncias, esquema de venda superfaturada de ambulâncias por meio de emendas apresentadas ao orçamento da União por parlamentares que receberiam propina por conta das indicações.
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da Folha Online, em Brasília
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio Mello, disse hoje que o tribunal vai investigar "sem atropelos" e de forma isenta o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, e os suspeitos de envolvimento no dossiê contra candidatos tucanos.
"Não cabe atuar com açodamento, temos que ter um julgamento, e não um justiciamento", afirmou. O presidente do TSE confirmou que, se as investigações comprovarem que houve abuso do poder econômico, de autoridade ou dos meios de comunicação de massa para a compra do dossiê, o presidente pode ter o mandato cassado caso seja reeleito.
"Com a procedência da representação por abuso, se chega à cassação do registro se julgada procedente a representação", disse.
Marco Aurélio disse que as instituições brasileiras funcionam "com absoluta segurança" para garantir neutralidade às investigações. "Os órgãos não estão engajados nesta ou naquela candidatura. Não cabe celeridade ou atropelo. Temos que viabilizar o direito de defesa e colher provas", afirmou.
O presidente do TSE rebateu as acusações de que já teria antecipado o seu julgamento contra o presidente Lula ao criticar a compra do dossiê. "Eu não disse que o presidente pode ser condenado ou ter o registro cassado. Será que com 28 anos de ofício jurídico eu me precipitaria quanto a uma conclusão sobre um processo que ainda está embrionário?", questionou.
O TSE decidiu nesta terça-feira abrir investigação judicial eleitoral contra o presidente Lula e os suspeitos de envolvimento no dossiê contra candidatos tucanos. O corregedor-geral do TSE, César Asfor Rocha, acatou o pedido protocolado no tribunal pela coligação PSDB-PFL para a apuração das denúncias de que o dossiê seria vendido ao PT como forma de prejudicar as candidaturas de José Serra e Geraldo Alckmin, candidatos tucanos ao governo de São Paulo e à Presidência da República, respectivamente.
Além do presidente Lula, o TSE vai investigar o envolvimento do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, na denúncia. A investigação também se estende aos dois envolvidos na compra do dossiê, Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha da Silva, além do assessor especial da Presidência, Freud Godoy --apontado por Gedimar como o mandante da compra do dossiê.
Valdebran e Gedimar foram detidos pela Polícia Federal na sexta-feira em um hotel em São Paulo sob a acusação de tentativa de compra de um dossiê com denúncias contra Serra e Alckmin. Com eles, a PF apreendeu R$ 1,7 milhão.
Na sexta-feira a PF também prendeu Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam, e Paulo Roberto Dalcol Trevisan, tio de Luiz Antônio. Vedoin é apontado como líder da máfia das ambulâncias, esquema de venda superfaturada de ambulâncias por meio de emendas apresentadas ao orçamento da União por parlamentares que receberiam propina por conta das indicações.
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